Mostra vai até a próxima sexta-feira, 29, na Casa da Cultura, das 09h às 11h30…
Mostra vai até a próxima sexta-feira, 29, na Casa da Cultura, das 09h às 11h30 e das 14h às 16h30min/Paulo Henrique Sava, com reportagem de Juarez Oliveira
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Exposição “Aventuras do Imaginário” continua aberta até sexta-feira, 29, na Casa da Cultura de Irati. Foto: Leonardo Barroso/Secretaria de Cultura e Turismo |
Continua aberta até a próxima sexta-feira, 29, na Casa da Cultura de Irati, a exposição “Aventuras do Imaginário”, de César Wescher. O evento integra a programação dos 115 anos de Irati. A exposição está aberta todos os dias, das 09h às 11h30 e das 14h às 16h30min.
Em entrevista à Najuá, o artista, que atualmente reside em Curitiba e trabalhou em diversas cidades brasileiras, disse que seu gosto pela arte começou ainda na escola, quando ele era criança. “O meu universo era a mão: onde ela ia, dava para eu fazer desenho. Não era nada que eu pensasse ou que vinha. Eu aprendi a fazer desenhos e fui guardando, tanto é que o meu primeiro com caneta é de 1966, que está na exposição. Eu tive um aprendizado em escrever com os desenhos e os desenvolvendo”
Quando a pandemia de Covid-19 o obrigou a ficar em casa, César começou a levar seus desenhos para as telas. “É um desafio, vou começar a pintar. Peguei os rascunhos melhores e transportei para a tela. Comprei tinta acrílica e pinceis acrílicos. Eu gosto de coisas firmes, e o pincel normal dobra e não consigo dar a qualidade que eu quero no desenho”, pontuou.
César não utiliza nenhuma técnica específica em seus trabalhos. Ele contou que deixa o imaginário fluir para suas obras e que a pandemia o impediu de apresentar seus trabalhos em 2021.
“Com os conhecimentos, eu queria fazer (a exposição) no ano passado, mas a pandemia me atrapalhou, e aquilo começou a me moer. Como eu já estava preparando os quadros, não fiz antes porque eu não sabia como ampliar e passar para a tela, até que algum dia alguém me ensinou como fazer bem barato. Se for fazer caro, eu fiz um que me custou R$ 435, então eu achei um sistema de papel carbono. Você vai aumentando (o desenho) até o tamanho da tela que você tem, nas gráficas. Depois, imprime em um papel bom e coloco o papel simples em cima da tela, prendo bem e risco só os contornos. Quando eu tiro o papel que estava em cima e tiro o papel carbono, estão todos os contornos dos desenhos. Aí, eu passo para a caneta e a tinta”, comentou.
O artista ressaltou que tinha desejo de expor seus quadros em Irati. “É como se fosse uma massagem de ego porque é minha terra, são meus amigos. Recebi o abraço de 61 pessoas que foram na inauguração, que eu não via há 50 anos, e dos filhos dos filhos dos meus amigos”, frisou.
Até o início do mês, o artista havia vendido 7 quadros. César relatou que não expôs antes seus trabalhos por não se considerar um artista. “Eu não tinha a noção de que poderia (ser um artista), mas como tive tempo durante a pandemia, acabei me vendo como um artista”, finalizou.
Fotos: Juarez Oliveira e Leonardo Barroso/Secretaria de Cultura e Turismo de Irati
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O artista aparece ao lado de um de seus quadros, acompanhado do prefeito Jorge Derbli e da vice, Ieda Waydzik |
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César participou do programa Espaço Cidadão, da Super Najuá FM 92,5 |