Evento, realizado no último sábado, 04, no Centro de Eventos Italiano, teve palestras sobre metas, oportunidades de crédito e a comunicação do poder/Paulo Sava

O 1º Congresso Empresarial da Associação Comercial e Empresarial de Irati (ACIAI) reuniu mais de 500 pessoas no Centro de Eventos Italiano no último sábado, 06. O evento contou com palestras sobre como tirar as metas do papel em 2024, oportunidades de crédito e a comunicação do poder.

Em seu discurso, o presidente da ACIAI, Renato Hora, destacou que o evento teve como principal objetivo levar conhecimento aos associados e aos jovens acadêmicos que participaram do congresso. “Fizemos algumas parcerias com as entidades de ensino, com as universidades, formulamos convites especiais aos acadêmicos, universitários, para que pudessem estar conosco, aprendendo, tomando mais conhecimento acerca do empreendedorismo, do que é ser empresário. Que possamos lançar esta semente, de modo que, em breve, possamos colher frutos vistosos para que a nossa cidade e a nossa região possam se promover no sentido de sempre estar fomentando mais empregos, a indústria, o comércio e a prestação de serviços”, frisou.

Em entrevista à Najuá, o prefeito Jorge Derbli ressaltou que Irati vem vivendo um tempo de crescimento, progresso e inovação. Ele destacou que os palestrantes trazidos pela ACIAI ajudaram a abrir a mente dos empreendedores iratienses para as inovações no mundo dos negócios.

“Irati vive um momento especial de crescimento e inovação. Este empreendedorismo que está acontecendo no comércio realmente traz a cidade em um destaque muito especial, não só da região da Amcespar por ser uma cidade polo, mas a nível estadual. Irati está num crescimento constante e, às vezes, nós, que moramos e vivemos aqui diariamente, não vemos este crescimento, mas vemos algumas pessoas que levam alguns meses ou um ano para voltar a Irati e que veem este crescimento. A ACIAI tem um papel importante nisto, com esta dinâmica do presidente Renato Hora, trazendo o café da manhã e este primeiro congresso, que vai se tornar anual pela expectativa da ACIAI. Com certeza, a partir de segunda-feira, quem assistiu estas palestras vai ter uma cabeça renovada com novas ideias, a inovação, a tecnologia digital e a inteligência artificial, tudo que vai ser dado como uma aula para estes empresários aumentarem o rendimento e o crescimento das empresas”, afirmou.

O empresário Virgílio Moreira Filho, representante da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), afirmou que o congresso foi importante para reciclar o pensamento dos empresários e colaboradores em relação ao futuro. “As empresas precisam se reciclar, se modernizar, elas e seus produtos e colaboradores. Estes palestrantes, que na verdade são consultores, estão mostrando como se deve fazer e as ferramentas para como se modernizar. Existem tecnologias, inovações e inteligência artificial para coisas operacionais feitas por máquinas. Vamos deixar as mentes das pessoas para questões estratégicas de arrumar novos clientes e criar um novo negócio”, pontuou.

Case de sucesso – Durante o evento, o diretor comercial e de marketing da Moageira de Irati, André Machado, apresentou o projeto “À procura do trigo de origem: uma jornada de ousadia e inovação”. Em entrevista durante o programa Meio Dia em Notícias no último sábado, André comentou sobre o projeto.
“Nós temos uma operação muito forte junto a produtores na compra de milho, de soja, de milho para as operações da área de cereais e, evidentemente, pelo moinho de trigo que está aqui em Irati e neste ano completa 75 anos de atuação. O nosso grande mundo sempre foi o atendimento a clientes industriais e à farinha tradicional, de supermercado. Há cerca de cinco anos, começamos a ser desafiados por alguns amigos, que diziam que o Brasil não faz farinha boa, de qualidade. Tem um mercado novo que está crescendo e em efervescência no país, que é o de pães artesanais, o mundo de fermentação natural, que requer uma farinha de perfil tecnológico mais alto, mais importante que uma farinha convencional, e isto era muito difícil de ser feito no Brasil. O pessoal acabava buscando estas farinhas no mercado francês ou italiano. Então, o Brasil importava um monte de farinha e nós aqui com alta tecnologia no produtor, no moageiro, mas faltava integrar e conectar tudo isto. Este foi um dos motes principais do projeto, e esta foi a “dor” que fomos buscar. Dizer que não tem mais farinha boa não pode mais, agora tem sim”, afirmou.

O trigo utilizado no projeto é todo produzido no Paraná, segundo André. Um dos principais objetivos do projeto é de mostrar que é possível o Brasil produzir farinhas de alta performance. O próximo passo, depois de o projeto atingir 23 estados brasileiros, é leva-lo para o exterior. “Esta seria a nossa próxima vontade. Nós estamos neste momento em 23 estados brasileiros, é um recorde de operação, pois geralmente as farinhas operam muito mais regionalmente, no sul, centro ou sudeste. Este é o nosso primeiro caminho: fazer bem feito no país e, quem sabe, no futuro, exportar farinha também. Está dentro do nosso plano diretor chegar a este objetivo”, comentou André.

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ACIAI e FACIAP Mulher – A ACIAI e a FACIAP Mulher também participaram do evento no último sábado. A presidente do braço feminino da ACIAI, Samara Coelho, destacou que existe um apoio grande das instituições para as empreendedoras iratienses. “A Faciap traz para nós um aporte, e isto trouxemos na ACIAI Mulher. Ela faz este aporte acolhendo estas empreendedoras ou aquelas que querem empreender, não estão oficialmente, mas querem e estão em algumas empresas. Elas aproveitam o gancho e começam a fazer os próprios negócios”, frisou.

A ACIAI Mulher tem 36 integrantes de ramos diversos. Para Samara, a entidade vai ajudar as empresárias a melhorarem os próprios negócios. “Esta é a intenção, tanto no que vem do pessoal, como o empreendedorismo, para depois ir para o profissional, você estando bem, empreende bem. Se você não é bem-sucedido pessoalmente, não vai ser profissionalmente”, comentou.

Marisol Chiesa e Paola Battistela, representantes da FACIAP Mulher, também estiveram presentes. Paola destacou que o evento vai ficar marcado na história do empresariado iratiense.

“Eu sempre costumo dizer que as reuniões, os núcleos de mulheres, são muito importantes. Quando saímos desta caixa e vamos em busca de conhecimento, de conversa com mais pessoas, é ali que crescemos e ganhamos. Estando em um evento como este, promovemos a nossa empresa e nos promovemos enquanto pessoas. As mulheres estão aqui em peso, temos um público bem bacana no evento. Tenho certeza de que elas fazem diferença dentro da Associação Comercial quanto na sociedade, no município, e quem sabe até mulheres líderes que vão para decisões estaduais. Cada dia mais queremos estar juntos, promovendo conhecimento e integração. Este é o nosso intuito enquanto Faciap Mulher, promover o empreendedorismo feminino”, ressaltou.

A prefeita de Fernandes Pinheiro e presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS/Amcespar), Cleonice Schuck, afirmou que a integração entre os empresários em busca de conhecimento facilita o desenvolvimento da região. “Este associativismo, esta união de forças é que realmente faz a diferença no crescimento e no desenvolvimento dos nossos municípios e da região. Eu acho que tudo vem para agregar e fazer com que tanto os gestores das empresas como os colaboradores se sintam mais valorizados e empoderados a estar fazendo a gestão das empresas no dia a dia”, comentou.

Palestra – Durante a tarde, o palestrante Caio José Brito de Paula, da Dale Carnegie Training, sobre o tema “Acelerando os seus negócios 2024/2025”. Ele afirmou que a mentalidade dos empresários e colaboradores faz a diferença no resultado da empresa.

“Antigamente, as pessoas estavam preocupadas com o comportamento, como as pessoas iriam se comportar. Hoje, o empresário está mais focado em resultado e percebe que ele só vem quando há uma mudança de mentalidade, da forma de pensar. Junto a isto, ajustar também na nossa equipe esta mentalidade, para que tenha um sentimento de pertencimento, uma entrega, alinhado com as perspectivas da empresa. É preciso mostrar para o empresário que isto não irá acontecer se ele não estiver ciente sobre quais problemas reduzir e quais oportunidades aproveitar. Quando nós fazemos este mapeamento, ele nos dá condições de entender o que precisa mudar em nós, como líderes, e também ajudar nossa equipe a ter mudanças significativas, pensando no impacto financeiro que já está sendo causado aos nossos negócios se não fizermos estes ajustes”, finalizou.