Vice-prefeita eleita defende construção de uma UPA central em Irati

Dois locais que já funcionaram como Pronto Atendimento em Irati são sondados pela futura gestão…

11 de outubro de 2024 às 22h54m

Dois locais que já funcionaram como Pronto Atendimento em Irati são sondados pela futura gestão para cumprir essa demanda. Um deles é a unidade Ildefonso Zanetti e outro o posto ao lado do estádio Municipal/Texto de Edilson Kernicki, com entrevista de Rodrigo Zub e Paulo Sava

Imagem da Unidade de Pronto Atendimento da Vila São João. Foto: Prefeitura de Irati/Arquivo

Uma demanda bastante debatida ao longo da campanha eleitoral é a construção de uma nova Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na região central de Irati, além da necessidade de mais médicos para dar conta de atender a demanda.

Em entrevista à Najuá, a vice-prefeita eleita, Larissa Mazepa, que é médica e chefiou a 4ª Regional de Saúde de Irati, aponta que, desde o início, já tinha sido discutido com o corpo técnico, da área da Saúde, a necessidade de uma UPA, de fato, em Irati. “Nós só temos um Pronto Atendimento Municipal. Precisamos de mais um, para a área central. E precisamos ter uma UPA, verdadeiramente falando, uma Unidade de Pronto Atendimento que seja do governo federal. Enquanto essa UPA não é construída, não podemos deixar que a UPA da Vila São João se vire sozinha”, afirma.

Dois locais que já funcionaram como Pronto Atendimento em Irati são sondados pela futura gestão para cumprir essa demanda. Um deles deve voltar a funcionar como uma segunda Unidade de Pronto Atendimento no município. “Manter o Pronto Atendimento da Vila São João, como ele está funcionando e fazer mais um Pronto Atendimento na área central. Ainda vamos ter que ver como está a estrutura, mas será ou o Ildefonso Zanetti ou vai ser onde estava funcionando a segunda Unidade de Pronto Atendimento que era do lado do Municipal [unidade Ademar Neves]. Tudo depende de como está a estrutura e do que conseguiremos de profissionais para trabalhar. A princípio, um desses dois locais vamos criar como um Pronto Atendimento Municipal II e, assim, já vamos desafogar o Pronto Atendimento da Vila São João e dividir os munícipes em dois locais de atendimento. Não sei se 24 horas, a princípio, mas pelo menos que possamos ter uma divisão desses atendimentos, para que diminua o tempo de espera e para que as pessoas sejam atendidas com maior eficiência”, diz.

Larissa Mazepa afirma que mais uma unidade de saúde deverá auxiliar nos atendimentos na área central para que o PA da Vila São João não atenda toda a demanda. Foto: João Geraldo Mitz (Magoo)

As Unidades Básicas de Saúde (UBS) também devem passar por reformulação, a fim de que a atenção primária funcione melhor, o que deve contribuir para desafogar os atendimentos de emergência. Outra iniciativa será a articulação para contratar mais agentes comunitários de saúde (ACS) que, na avaliação de Larissa, correspondem ao maior déficit quando se trata de atenção primária. “Não temos catalogada toda a nossa população e, principalmente, a população de pacientes. São ações que temos que fazer com a maior urgência possível, para que possamos começar a dar qualidade na saúde de nossos munícipes”, observa Larissa.

Quanto à demanda do município por médicos especialistas, a vice-prefeita eleita salienta que a atenção secundária é feita pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS/Amcespar). “Para que nós possamos trazer esses profissionais, temos que remunerá-los bem, porque eles têm que ter um atrativo para vir para cá. O município de Irati, hoje, com relação ao número de habitantes, é o que menos investe no CIS/Amcespar, de todos os nove municípios da 4ª Regional. Se conseguirmos fazer uma economia suficiente para injetarmos mais subsídios dentro do CIS/Amcespar, acredito que daí, sim, conseguimos atrair mais profissionais para essa área, que hoje não só Irati sofre, mas todos os municípios do CIS/Amcespar. Neuropediatra, que é quem faz, por exemplo, o diagnóstico dos pacientes autistas e com TDAH, não temos nem na região. É muito difícil para nós os pais terem que ir para Curitiba, Ponta Grossa, Cascavel, com uma criança autista, para que possam fazer esse diagnóstico. Investir mais no CIS/Amcespar, não só em neuropediatria, mas em várias outras especialidades que precisamos atrair, não beneficiará somente um município e, sim, toda a região”, afirma.

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