Ana Maria de Holleben enviou defesa à CPP nesta terça-feira (27). Comissão tem até quinta-feira (29) para entregar relatório final sobre o caso.
Do G1 PR, com informações da RPC TV Ponta Grossa
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Vereadora Ana Maria de Holleben, de Ponta Grossa
A vereadora Ana Maria de Holleben (sem partido) enviou por escrito o documento de defesa à Comissão Parlamentar Processante (CPP) da Câmara de Vereadores de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná, nesta terça-feira (27). O documento foi entregue de última hora. Segundo a Polícia Civil, a vereadora forjou o próprio sequestro após a cerimônia de posse no dia 1º de janeiro.
Após oito meses de investigação, a CPP deve entregar na quinta-feira (29) o relatório sobre o caso, encerrando as investigações contra Ana Maria. O documento irá definir se recomenda ou não a cassação do mandato da vereadora ou se arquivam o caso. O texto deve ser levado ao Plenário, que decidirá se aceita ou não as conclusões dos membros da CPP, podendo culminar, inclusive, na cassação do mandato da parlamentar.
Segundo o presidente da Câmara de Vereadores de Ponta Grossa, Aliel Machado, os integrantes da Comissão devem passar a madrugada e a quarta-feira (28) inteira finalizando o relatório. A expectativa é que o documento seja protocolado durante a sessão de quinta-feira.
“O relatório vai nortear o plenário e irá dizer se a vereadora cometeu ou não uma falta de decoro parlamentar. para que os vereadores possam votar a matéria de forma mais contundente e mais tranquila possível”, declarou o presidente da CPP, Márcio Schirllo.
Holleben já entrou na Justiça pedindo que os trabalhos da CPP fossem anulados, mas o juiz negou o pedido da vereadora.
A votação
No dia 14 de agosto, o presidente da câmara, Aliel Machado (PC do B), junto ao departamento jurídico da Casa, anunciou que a votação que pode definir a cassação da vereadora será aberta.
O caso já foi investigado por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O relatório final apontou a quebra de decoro parlamentar. Para continuar com as investigações, os vereadores decidiram criar a CPP. Desde 3 de junho, o caso está sendo avaliado pela nova comissão.
Após análises dos parlamentares da CPP, três membros da comissão, Marcio Schirlo (PSB), Rogério Mioduski (PPS) e Julio Küller (PSD), pediram o arquivamento do relatório, que foi derrubado em votação em 24 de junho, em sessão extraordinária. Neste dia, eleitores compareceram à Câmara pedindo para que os vereadores votassem a favor da continuidade das investigações. Foram 17 votos favoráveis contra três contrários.