Decisão foi tomada após decisão unânime do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT)
Da Redação, com reportagem das RPC/TV
A vereadora Ana Maria Branco de Holleben foi expulsa do Partido dos Trabalhadores (PT). Segundo o presidente do PT no PR, o deputado Enio Verri, o caso foi considerado inedito porque a decisão foi aprovada por unanimidade.
A decisão saiu durante uma reunião na manhã de sábado, 8, em Curitiba.
O encontro reuniu o diretório estadual do partido. A vereadora foi convidada para participar da reunião, mas não compareceu. Seu primo, o deputado estadual Péricles Holleben de Mello, também não participou da reunião.
Na segunda-feira, 10, Ana Maria foi notificada oficialmente. A partir de agora, o PT poderá reivindicar o mandato da vereadora. O advogado de Ana Maria diz que não vai recorrer da decisão da expulsão do PT. Mesmo assim, ele enaltece que vai brigar na justiça para manter o mandato da vereadora.
© Diário dos Campos
Advogado de Ana Maria diz que vai brigar na justiça para manter mandato da vereadora
Suplente
O vigilante, Nilson Ribeiro, irá assumir a vaga de Ana Maria caso ela seja condenada com a perda do mandato. Primeiro suplente do PT, Nilson obteve 1.065 votos nas eleições 2012. Já Ana Maria foi eleita para o seu terceiro mandato consecutivo por coeficiente partidário com 2.084 votos.
Acordo com a justiça
A expulsão de Ana Maria do PT aconteceu na mesma semana que a vereadora fez um acordo na justiça para não responder aos crimes de falsa comunicação de sequestro e fraude processual. Para não ser punida e outras cinco pessoas envolvidas no processo devem cumprir algumas exigências durante dois anos. A possibilidade de suspender o processo na justiça ocorreu porque os crimes que Ana Maria foi denunciada não totalizaram um ano de prisão.
O acordo com o Ministério Público prevê quatro condições que a vereadora e os demais envolvidos devem cumprir durante os próximos dois anos. Os suspeitos devem se apresentar todo mês no fórum e não podem frequentar bares e casas noturnas; viajar por mais de oito dias sem autorização prévia; e cometer outro crime neste período. Todas essas condições estão previstas em lei. Se eles cumprirem as exigências, o processo por falsa comunicação de crime e fraude processual será suspenso.
Perda de mandato
A vereadora ainda tem um prazo de cinco dias para apresentar recurso a Comissão Parlamentar Processante (CPP) na Câmara de Ponta Grossa. A CPP irá analisar se Ana Maria perde o mandato ou se o caso será arquivado.
Ainda não está definido se a vereadora irá se filiar a outro partido ou vai permanecer cumprindo o mandato sem legenda.
Caso
Ana Maria de Holleben (PT) é acusada de ter forjado o próprio sequestro no dia 1º de janeiro logo após a cerimônia de posse no Cine Teatro Ópera. A vereadora deveria ter comparecido à Câmara, participar da sessão para a escolha do presidente da Casa de Leis. O sumiço da vereadora provocou o cancelamento da sessão extraordinária. Dois dias depois, um dos assessores de Ana Maria teria confessado à polícia, que forjou o sequestro da vereadora.