Vereadora de PG é expulsa do PT

Decisão foi tomada após decisão unânime do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT)Da Redação,…

11 de junho de 2013 às 09h13m

Decisão foi tomada após decisão unânime do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT)
Da Redação, com reportagem das RPC/TV

A vereadora Ana Maria Branco de Holleben foi expulsa do Partido dos Trabalhadores (PT). Segundo o presidente do PT no PR, o deputado Enio Verri, o caso foi considerado inedito porque a decisão foi aprovada por unanimidade.
A decisão saiu durante uma reunião na manhã de sábado, 8, em Curitiba.

O encontro reuniu o diretório estadual do partido. A vereadora foi convidada para participar da reunião, mas não compareceu. Seu primo, o deputado estadual Péricles Holleben de Mello, também não participou da reunião.

Na segunda-feira, 10, Ana Maria foi notificada oficialmente. A partir de agora, o PT poderá reivindicar o mandato da vereadora. O advogado de Ana Maria diz que não vai recorrer da decisão da expulsão do PT. Mesmo assim, ele enaltece que vai brigar na justiça para manter o mandato da vereadora.

© Diário dos Campos

Advogado de Ana Maria diz que vai brigar na justiça para manter mandato da vereadora

Suplente

O vigilante, Nilson Ribeiro, irá assumir a vaga de Ana Maria caso ela seja condenada com a perda do mandato. Primeiro suplente do PT, Nilson obteve 1.065 votos nas eleições 2012. Já Ana Maria foi eleita para o seu terceiro mandato consecutivo por coeficiente partidário com 2.084 votos.

Acordo com a justiça

A expulsão de Ana Maria do PT aconteceu na mesma semana que a vereadora fez um acordo na justiça para não responder aos crimes de falsa comunicação de sequestro e fraude processual. Para não ser punida e outras cinco pessoas envolvidas no processo devem cumprir algumas exigências durante dois anos. A possibilidade de suspender o processo na justiça ocorreu porque os crimes que Ana Maria foi denunciada não totalizaram um ano de prisão.

O acordo com o Ministério Público prevê quatro condições que a vereadora e os demais envolvidos devem cumprir durante os próximos dois anos. Os suspeitos devem se apresentar todo mês no fórum e não podem frequentar bares e casas noturnas; viajar por mais de oito dias sem autorização prévia; e cometer outro crime neste período. Todas essas condições estão previstas em lei. Se eles cumprirem as exigências, o processo por falsa comunicação de crime e fraude processual será suspenso.

Perda de mandato

A vereadora ainda tem um prazo de cinco dias para apresentar recurso a Comissão Parlamentar Processante (CPP) na Câmara de Ponta Grossa. A CPP irá analisar se Ana Maria perde o mandato ou se o caso será arquivado.

Ainda não está definido se a vereadora irá se filiar a outro partido ou vai permanecer cumprindo o mandato sem legenda.

Caso

Ana Maria de Holleben (PT) é acusada de ter forjado o próprio sequestro no dia 1º de janeiro logo após a cerimônia de posse no Cine Teatro Ópera.  A vereadora deveria ter comparecido à Câmara, participar da sessão para a escolha do presidente da Casa de Leis. O sumiço da vereadora provocou o cancelamento da sessão extraordinária. Dois dias depois, um dos assessores de Ana Maria teria confessado à polícia, que forjou o sequestro da vereadora.

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