Depredação ocorreu no domingo (14) em Ponta Grossa.
Vândalos fizeram rasgos na estufa e quebraram vasos com plantas.
Alana Fonseca Do G1 PR, em Ponta Grossa
Rasgos feitos em uma das estufas externas do curso de Agronomia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), revoltaram estudantes. Além dos buracos no plástico, vasos com plantas também foram quebrados. A terra que estava nos recipientes ficou espalhada pelo chão. “Tivemos nossos experimentos destruídos e, assim, nossas pesquisas tiveram que ser interrompidas”, lamenta a estudante Camila Freitas, que está no 2º ano do curso. Segundo ela, os vândalos agiram no domingo (14).
A estufa danificada abrigava, principalmente, dois experimentos. O projeto mais antigo, que estava sendo acompanhado há quase dois anos, testava as adubações mineral e orgânica em vasos com rúcula. A outra pesquisa, que teve início em 2014, experimentava diferentes doses de fertilizante orgânico na alface. Ainda havia outras plantas no local que estavam sendo testadas para uso medicinal. “O objetivo das estufas é acumular e manter o calor no seu interior. Elas só funcionam se estiverem bem fechadas. Com os rasgos, perdemos praticamente tudo o que já tínhamos acompanhado”, explica.
Camila afirma ainda que os estudantes se esforçam para poder colaborar, principalmente, com o agricultor. “Na universidade, pesquisamos para saber qual a melhor maneira de orientar um produtor rural e também qual o melhor jeito de contribuir com a agricultura familiar. Se o nosso trabalho é destruído, fica difícil desempenhar nosso papel”, diz. Jasmine Jurich Pillati também está no 2º ano do curso e ficou decepcionada com a situação. “As pessoas deveriam dar mais valor para o nosso esforço. Não são todas as universidades que podem oferecer a estrutura que a UEPG oferece”, acredita.
Por meio da assessoria da imprensa, a UEPG informou que as câmeras de segurança do local registraram a movimentação, mas que não foi possível reconhecer os autores. A UEPG acrescentou ainda que está prevista uma obra ao redor das estufas. Entretanto, por enquanto, não há uma data estipulada para o início da construção. Por fim, a instituição afirmou que, nos próximos dias, deve ser feita uma reunião com a Polícia Militar (PM) para verificar o que pode ser realizado para evitar que a situação se repita. Ainda não há previsão de conserto das estufas.