Unicentro terá curso de Direito

Universidade será a primeira instituição pública a implantar o curso de forma gratuita na região….

26 de abril de 2022 às 18h23m

Universidade será a primeira instituição pública a implantar o curso de forma gratuita na região. Graduação poderá ser oferecida a partir de 2023/Paulo Henrique Sava, com reportagem de Rodrigo Zub


Unicentro poderá ter curso de Direito a partir de 2023. Foto: Unicentro/AEN

O Governo do Paraná autorizou ontem, 25, a implantação do curso de Direito na UNICENTRO, que poderá oferecer a graduação a partir de 2023. A universidade será a primeira instituição pública a implantar o curso de forma gratuita na região. Inicialmente, a graduação será oferecida no campus Santa Cruz, em Guarapuava, no período da manhã, com 40 vagas a serem disponibilizadas no primeiro vestibular.

Em entrevista à Najuá, o reitor da Unicentro, professor Fábio Hernandez, relatou que se trata de uma demanda histórica da Unicentro, uma vez que a luta pela implantação do curso na universidade começou em 2014.

“Em 2014, o nosso Conselho Universitário aprovou internamente o curso e submetemos os trâmites burocráticos ao Estado. Ontem, tivemos esta grata surpresa, que foi a autorização do funcionamento do curso, que é o primeiro gratuito da nossa região. A nossa batalha continua, queremos outros cursos para nossa universidade, mas estamos muito felizes porque era um sonho da Unicentro e da nossa comunidade o curso de direito. Vamos nos esforçar para que, a partir de 2023, tenhamos em funcionamento nossa primeira turma”, frisou.

O apoio do superintendente de Ciência e Tecnologia, Aldo Nelson Bona, foi fundamental neste processo. Para que a primeira turma inicie o curso em 2023, o projeto pedagógico precisa ser revisado internamente pela instituição, uma vez que o Ministério da Educação (MEC) estabeleceu novas normas para os cursos universitário, segundo o reitor.

“Nós temos algumas normativas do MEC, por exemplo, com a curricularização da Extensão. Então, precisamos rever o projeto pedagógico internamente e também os nossos regulamentos dos processos seletivos do PAC e do Vestibular, que devem contemplar o curso. Agora os trâmites são internos. Hoje pela manhã tivemos algumas conversas para adaptação do projeto pedagógico conforme as diretrizes do MEC para que consigamos aprovar estas alterações até outubro ou no início de novembro para que o curso comece a funcionar no ano letivo de 2023”, comentou.

Caso o projeto pedagógico seja aprovado até o final do ano, o curso poderá ter sua primeira oferta no Vestibular para 2023, que deve ser realizado entre os meses de outubro e novembro pela Unicentro.

Para que o curso possa ter início, a universidade conta com alguns professores da área de direito, lotados no Departamento de Ciências Contábeis do campus Santa Cruz. Além disso, será contratado mais um professor. A instituição também possui alguns livros da área e irá complementar a bibliografia para o 1º e o 2º ano. “Vamos antecipar o material para 2024. Neste primeiro momento, teremos um investimento de, no máximo, R$ 100 mil. Precisamos da contratação de um docente, haja vista que também temos disciplinas de outros departamentos”, ressaltou Fábio.

Além disso, a Lei Geral das Universidades proporciona um número de vagas de professores para a Unicentro. “Nós vamos discutir internamente como serão as vagas e, à medida que os anos forem correndo, vamos contratando os docentes. Eu digo que, ao todo, o curso contempla na faixa de 15 docentes para os cinco anos do curso, e também precisamos do Laboratório de Práticas Jurídicas, que ocorre nas séries finais do curso. Acreditamos que, ao longo dos próximos cinco anos, precisaremos de um investimento de, no máximo, R$ 500 mil, talvez menos, porque o campus Santa Cruz já dispõe de uma estrutura mínima necessária”, comentou Fábio.

O reitor acredita que, com o orçamento crescendo cerca de 25% ao longo dos próximos anos, a universidade conseguirá suprir a demanda do curso. No futuro, conforme a demanda, a graduação em Direito poderá ser estendida para outras unidades da instituição. “Vamos entender a demanda a partir deste primeiro processo vestibular. Vimos que, em muitos cursos, a procura pelo vestibular caiu, e temos a certeza de que o curso de Direito vai ter uma procura bastante significativa. Entendemos que o custo é bastante pequeno se comparado ao retorno que este curso dará para a nossa sociedade. Temos a certeza de que o curso de Direito vai ser um dos mais concorridos da nossa universidade”, comentou. O reitor disse que ficou surpreso com a rapidez do Estado na publicação do decreto.

Outras demandas – Em relação a outras demandas da universidade, o reitor contou que a instituição está trabalhando para a implantação dos cursos de Engenharia Civil e de Artes Cênicas no campus de Irati. “São estes dois cursos aqui no campus de Irati que nós estamos trabalhando. O curso de direito foi encaminhado em 2014 para o Governo do Estado, e hoje conseguimos o curso em função da Lei Geral das Universidades, publicada no final do ano passado. Hoje, temos, no nosso plano de desenvolvimento institucional, aqui para Irati os cursos de Artes Cênicas e Engenharia Civil e são os próximos para os quais vamos em busca de um decreto que os implante na universidade. Vamos trabalhar para conseguirmos a implantação dos cursos para o campus de Irati”, frisou.

O projeto do curso de Artes Cênicas já está em Curitiba para ser analisado pela SETI. “Vamos buscar os trâmites para as Artes Cênicas e queremos que ele avance”.

Engenharia Civil em Irati – Já a implantação do curso de Engenharia Civil chegou a ser anunciada pela então governadora do Paraná, Cida Borghetti, em 2018, durante evento na Câmara de Irati, porém ela não foi concretizada. O reitor destacou os motivos disto não ter ocorrido até agora. “Houve um decreto que autorizava (a implantação), mas depois não se deu continuidade porque o próprio decreto venceu à época. Ele foi feito sem ter o projeto do curso, que não estava pronto. Quando pedimos a autorização para implantar o curso, o decreto venceu porque foi autorizado para implantação momentânea, mas não tinha como fazer porque não tínhamos o projeto e não havia perspectiva, naquele momento, da implantação imediata. Pedimos que o decreto fosse republicado, mas isso não aconteceu. Por isto, estamos buscando esta aprovação através de um novo decreto”, pontuou. Além disso, segundo o reitor, a universidade não tinha tempo hábil para fazer os processos seletivos e colocar o curso em funcionamento imediato naquele momento.

Mesmo com todas estas dificuldades, de acordo com Fábio, a universidade continua lutando para implantar os cursos de Engenharia Civil e Artes Cênicas em Irati. “É neste sentido que estamos trabalhando, para conseguirmos estes dois novos cursos”, finalizou.

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