Derek Kubaski, especial para a Gazeta do Povo
Os comados de greve das universidades estaduais de Ponta Grossa (UEPG) e do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro) não têm previsão para o fim da paralisação das atividades.
Segundo as entidades que representam os grevistas nas duas instituições, não houve negociações significativas em relação à pauta de reivindicações.
De acordo com o professor universitário Manoel Moabis, representante do comando de greve da UEPG, a agenda da mobilização tem atividades programadas pelo menos até a próxima quarta-feira (25). “Diante da falta de diálogo com o governo do estado, não temos data marcada para uma próxima assembleia e o fim do movimento só pode ser decidido por meio de assembleia. Portanto, ainda não há como prever quando greve vai ser encerrada”, afirma. Ele destaca que na última quinta-feira (19), o sindicato dos servidores técnicos da instituição – Sintespo – aderiu à greve iniciada pelos docentes no último dia 10.
O professor Denny William da Silva, secretário geral do Sindicato dos Docentes da Unicentro (Adunicentro) também afirma que o governo estadual não tem se mostrado disposto a discutir as reivindicações dos grevistas. “Em hipótese alguma as aulas serão retomadas na semana que vem e, talvez, nem na outra. Não há condições mínimas de iniciarmos o ano letivo por enquanto”. Além das demandas da pauta geral das universidades estaduais, o professor destaca que a Unicentro também sofre uma defasagem em seu quadro de pessoal. Segundo ele, existem cerca de 240 funcionários técnicos para um total de aproximadamente 800 docentes.