Três capelas mortuárias são finalizadas em Irati

Espaço na Vila São João foi reformado. Já nas localidades do Guamirim e Gonçalves Junior…

01 de novembro de 2024 às 22h50m

Espaço na Vila São João foi reformado. Já nas localidades do Guamirim e Gonçalves Junior foram construídos dois locais para essa finalidade/Texto de Edilson Kernicki, com entrevista de Rodrigo Zub e Juarez Oliveira

Imagem da Capela mortuária de Gonçalves Junior. Foto: Prefeitura de Irati

Em entrevista no programa “Meio Dia em Notícias” da Super Najuá, o prefeito de Irati, Jorge Derbli, e a secretária municipal de Arquitetura, Engenharia e Urbanismo, Jéssica Custódio, apresentaram detalhes sobre todas as obras em andamento, as que estão prontas para serem inauguradas e aquelas cujas ordens de serviço ocorrem agora e as que devem ter suas ordens de serviço até 2025, com investimentos somados na ordem dos R$ 60 milhões.

Entre as obras prontas executadas constam três capelas mortuárias: duas no interior e uma na área urbana, na Vila São João. De acordo com a secretária, o bairro mais populoso de Irati já possuía uma capela mortuária, mas em estado precário. Portanto, foi construída uma nova estrutura, orçada em quase R$ 600 mil. Em Gonçalves Júnior e no Guamirim, distritos da zona rural, foram erguidas duas novas capelas mortuárias. “Os projetos das capelas são padrão do Governo do Estado, muito bacanas, bem completas, com banheiros com acessibilidade. É uma capela só [em cada localidade], mas com espaço para dois velórios simultâneos, caso seja necessário. É um projeto muito bonito, esteticamente também, moderno o arquitetônico dele”, explica.

Segundo Jéssica, a capela mortuária do Guamirim está concluída, mas ainda depende de uma vistoria final, pelo Governo do Estado, para ser entregue, o que ainda não foi possível devido à agenda dos fiscais. Essa liberação para ser utilizada deve ocorrer nos próximos dias.

O prefeito Jorge Derbli complementa que a construção das capelas mortuárias é uma demanda que vinha sendo frequentemente apresentada pela população dos bairros e do interior. “É uma necessidade, uma demanda sempre, o pessoal solicitando para construir algumas capelas, como essa da Vila São João. É muito pequena, não tem espaço mais para ampliar. O Cemitério Municipal da Vila São João precisava de uma capela à altura, pela dimensão do bairro e [do número] de habitantes”, frisa.

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Derbli pontua que a Capela Mortuária da Vila São João era uma indicação do ex-presidente da Câmara de Irati, José Ronaldo Ferreira, o Ronaldão, que faleceu em junho deste ano, vítima de um câncer. Em setembro, os vereadores aprovaram o Projeto de Lei do Legislativo 032/2024, de autoria do vereador Hélio de Mello, que denomina a capela mortuária da Vila São João com o nome de Vereador José Ronaldo Ferreira. Os recursos, segundo Derbli, foram obtidos com apoio do deputado estadual Artagão Júnior (PSD), via emenda parlamentar.

Já a capela mortuária do Guamirim foi uma solicitação do vereador Nei Cabral, que faleceu em 2022, também vítima de câncer; enquanto a de Gonçalves Júnior foi uma indicação do vereador Nego Jacumasso (PSDB). Os recursos foram oriundos de emendas parlamentares do deputado estadual Hussein Bakri (PSD). Derbli cita que foi, também, construída uma capela no bairro Lagoa e existem pedidos para a construção de várias outras, em localidades como Itapará, Cerro da Ponte Alta e Pinho. “Ninguém escapa da morte. É uma situação difícil, mas temos de enfrentar. Como temos capela no Riozinho, em Engenheiro Gutierrez e a do Cemitério Municipal, a Santa Rita, mas é um espaço para onde, às vezes, tem que deslocar [de longe] quando acontece o óbito de uma pessoa; a família sai da localidade e tem que vir aqui para a cidade ou para um lugar distante. As comunidades estão pedindo muito que tenha um local específico para velar os corpos das pessoas quando elas morrem. É necessário. É um momento de dor, de dificuldade, ainda mais esse deslocamento. Acredito que deve ser construído muito mais ainda. Nós não temos tempo mais, mas se tivéssemos, construiríamos, com certeza, mais algumas”, justifica o prefeito.

Na Vila Nova, a Capela Mortuária foi instalada com a adaptação do prédio que abrigava o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Anjo da Guarda. Um novo prédio, mais amplo, foi construído para receber os alunos do CMEI, que está prestes a ser inaugurado.

A soma dos recursos aplicados na construção das capelas mortuárias da Vila São João, do Guamirim e de Gonçalves Júnior chega à ordem de R$ 1,5 milhão, de acordo com Jéssica. “Como são projetos-padrão, são basicamente em torno de R$ 500 mil. Uma dá um pouco a mais, devido ao terreno, que precisa de terraplanagem, tem algum tipo de modificação para a implantação da capela. Mas estão na ordem de mais de R$ 1,5 milhão as três capelas mortuárias”, diz.

A administração das capelas mortuárias é uma incumbência da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Em cada comunidade onde elas estão presentes, há um responsável, que fica com as chaves e, depois de cada velório, organiza a limpeza e manutenção do espaço.

Confira abaixo mais fotos da capela construída em Gonçalves Junior

Outras obras: Também estão prontas para inauguração as reformas da unidade de saúde Adhemar Vieira de Araújo; do CMEI Dona Candinha, em Engenheiro Gutierrez; a Escola Municipal Tancredo Martins, no Rio Bonito; um barracão na Vila São João, da Associação Mulheres que Lutam e o CMEI Anjo da Guarda. Os investimentos somados nessas obras chegam a R$ 6,5 milhões, conforme Derbli.

Conforme Jéssica, a população que olhava a estrutura do Posto Adhemar, do lado de fora, achava que a obra havia sido concluída e voltaria a funcionar. No entanto, o prédio ainda não estava pronto, porque faltava a infraestrutura elétrica interna, o que demandou cerca de duas semanas. “Na semana passada, já entreguei a chave para a secretária de Saúde, Ismary [Llañes]. Eles estão comprando o mobiliário que estava faltando e as persianas. Acredito que, nos próximos dias, já estarão se mudando e fazendo a abertura para as pessoas usufruírem do espaço. Ficou bem bonito, bem arejado”, afirma a secretária.

Canal Hídrico – Fase III: A terceira fase do Canal Hídrico terá investimentos de R$ 6 milhões de aporte do Governo do Estado. Segundo Derbli, as negociações para a obtenção do recurso estadual tiveram o apoio do empresário iratiense Antoninho Kominitski e do deputado estadual Alexandre Curi (PSD), que assume a presidência da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa em 2025.

Em fase de projeto, a terceira fase do Canal Hídrico vai se estender da esquina entre as Ruas Munhoz da Rocha e Carlos Thoms, segue pela Rua Carlos Thoms em frente à empresa Thoms & Benato e cruza as quadras até chegar ao bairro Gomes, onde já está sendo feita uma quarta etapa. “Aí nós concluímos o Canal Hídrico em Irati, que realmente vai resolver, de vez, a questão das enchentes na cidade. Uma das obras mais importantes da nossa gestão, com esses R$ 6 milhões. Estamos trabalhando em um projeto complexo, porque temos que fazer no leito da rua; aí tem esgoto, tem cano de água da Sanepar e o licenciamento ambiental. A pior coisa que tem hoje na Prefeitura hoje é conseguirmos a licença ambiental. Não estou culpando o IAT (Instituto Água e Terra), mas a burocracia, porque, sem a licença ambiental, nada anda”, afirma Derbli. O objetivo do prefeito é que, até o final de seu mandato, que se encerra em 31 de dezembro, a obra esteja, pelo menos, licitada.

A Fase II, com investimentos de quase R$ 2 milhões, está em andamento. Ela se estende por um trecho de 252 metros, entre a Rua da Liberdade até o prolongamento da Rua General Carneiro, no encontro com o Rio das Antas. São investidos R$ 955 mil, provenientes do Ministério do Desenvolvimento Social, obtidos por meio de emenda da deputada federal Leandre Dal Ponte (PSD-PR), que atualmente está licenciada do cargo, pois comanda a secretária de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa. A contrapartida municipal é de R$ 946 mil.

Complexo Gari – Vila São João: Uma série de obras está em andamento no Complexo Gari (Gestão Ambiental de Resíduos de Irati), na Vila São João, com investimento de cerca de R$ 1,3 milhão, que se somam aos mais de R$ 10 milhões já aplicados nas obras já entregues. “Estamos trabalhando com um refeitório, promessa da nossa gestão para o pessoal que está trabalhando lá ter uma dignidade em relação à alimentação. Estamos fazendo, também, um Centro de Especialidades, que vai ser um local para poder trabalhar com o material utilizado ali mesmo, como por exemplo, reciclar o óleo usado para fazer sabão. Só aí já são R$ 600 mil. E mais R$ 400 mil para o fechamento de um barracão já existente, que vai ser como se fosse uma incubadora, com três boxes para três empresas se instalarem, para incentivar a trabalhar com esse material que chega ali, tanto reciclável quanto orgânico”, observa a secretária. Esse barracão possui área de 720m².

O barracão que sofreu um incêndio já passou por reformas e recebeu melhorias. Conforme Jéssica, não houve muitas perdas, além de telhas Eternit que foram quebradas, parte da instalação elétrica e de saneamento. A esteira, porém, foi totalmente danificada e a Secretaria de Meio Ambiente já providenciou sua reposição.

O prefeito convida a população a comparar imagens do Google Street View da área, de oito anos atrás, com as de agora, para observar a transformação ocorrida no local: de um terreno vazio para “uma nova cidade”, onde trabalham 60 pessoas na separação do lixo orgânico do reciclável, onde é feito o transbordo e tem uma balança. Derbli destaca que o novo refeitório oferecerá café da manhã, almoço e café da tarde para quem trabalha no Complexo e que o Centro de Especialidades servirá para que os trabalhadores elaborem produtos a partir do reaproveitamento de material e obtenham uma fonte a mais de renda.

Derbli também anunciou que assinou, na terça-feira (22), o edital de licitação para que se instale, num terreno de 5 mil metros quadrados anexo ao Complexo Gari, uma empresa para transformar plástico reciclável, que hoje é compactado em fardos e levados até Curitiba para esse beneficiamento, principalmente, de garrafas pet, que são transformadas em cadeiras e em madeira plástica, por exemplo.
As ruas ao redor do Complexo Gari, no Condomínio Industrial, estão recebendo pavimentação. Parte delas, a partir de recursos obtidos junto ao secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, com os quais foram pavimentadas duas ruas e o acesso ao Complexo. Uma emenda parlamentar do deputado estadual Hussein Bakri (PSD), de R$ 3 milhões, deve ser aplicada na pavimentação de três ruas que faltam para completar o Condomínio Industrial.

Estádio Municipal: A cobertura do Estádio Municipal Abraham Nagib Nejm foi possível graças a um recurso obtido há um ano e meio, conforme a secretária de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Durante todo esse intervalo, houve a aprovação do projeto, a elaboração do convênio e do plano de trabalho, que é um processo burocrático e moroso, segundo Jéssica. As obras já iniciaram, com o levantamento de colunas e das estruturas metálicas. A cobertura em si já está em processo de instalação. “Na semana passada, tivemos que cancelar um jogo lá porque o pessoal estava içando as coberturas, com o Munck. Está bem bonito e já está dando outra cara ao Estádio Municipal”, ressalta.

Banheiro Coletivo: O CT Willy Laars está recebendo a estrutura de um banheiro coletivo, com recurso de emenda parlamentar do ex-deputado estadual Michele Caputo Neto (PSDB). O banheiro coletivo está sendo construído próximo ao Barracão de Laço, de acordo com a secretária, pensando no benefício dos frequentadores do CT, por ser uma área de grande circulação de pessoas durante eventos e o banheiro já existente fica longe. Esse novo banheiro também terá infraestrutura de acessibilidade para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. O investimento é de quase R$ 500 mil, segundo Derbli, e deve ser concluído ainda em 2024.

Marco Zero: O Marco Zero de Irati será erguido no Parque da Vila São João, com recursos oriundos de emenda parlamentar da deputada federal Leandre Dal Ponte (PSD-PR). O projeto é do engenheiro Dagoberto Waydzik e o monumento destaca o ponto onde se iniciou a história de Irati, no chamado “Irati Velho”. Está na lista de obras com ordem de serviço a ser assinada ainda em 2025.

Placas Fotovoltaicas: As placas fotovoltaicas para o fornecimento de energia elétrica da sede da Prefeitura Municipal de Irati também devem ter sua ordem de serviço assinada em 2025. Segundo Jéssica, a fase de licitação está sendo concluída; logo vem a contratação da empresa responsável. “É um recurso da Itaipu [Binacional]. Conseguimos R$ 240 mil, mais ou menos, e vai ser feito no telhado da Prefeitura. Nossa ideia é aproveitar a energia tanto para a Prefeitura e, caso haja sobra, em outros prédios públicos. As placas solares não precisam estar [instaladas] nos prédios que vão utilizar a energia. Nossa ideia, na verdade, fizemos, junto com o prefeito Jorge [Derbli] e a Dra. Ieda [Waydzik, vice-prefeita], um projeto gigantesco de uma usina [fotovoltaica] lá no CTG, que custaria em torno de R$ 6 milhões”, diz.

Até a conclusão do mandato, o prefeito Jorge Derbli segue pleiteando esses recursos. A intenção é instalar as placas fotovoltaicas (solares) nos telhados dos barracões do CT Willy Laars, com o objetivo de que a energia gerada lá abasteça os prédios públicos do município. A opção sustentável zeraria as despesas da Prefeitura com energia elétrica.

Novos CMEIs e Postos de Saúde: Dois novos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) estão com recursos garantidos, de acordo com Derbli. Um deles, em fase de projeto, será construído no bairro Lagoa, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC). Outro será na Perimetral João Stoklos, próximo ao Centro da Juventude.

Nessa mesma região do Centro Cívico, será construído mais um Posto de Saúde próximo à Escola Municipal Matilde Araújo do Nascimento e outro no Nhapindazal.

PPP de Iluminação Pública: Sobre o pregão da concessionária para administrar a iluminação pública de Irati pelos próximos 13 anos – uma parceria público-privada que vai contemplar também outros municípios do Conder, como Fernandes Pinheiro, Inácio Martins, Mallet, Rebouças e Teixeira Soares, Derbli afirma que a empresa vencedora ofereceu um desconto de quase 15%. No momento, o processo está em fase de análise da documentação da empresa vencedora. Se houver algum problema, a segunda colocada no pregão assumirá a licitação, que foi realizada na Bolsa de Valores, em São Paulo.

Nesse projeto, todas as lâmpadas da iluminação pública serão substituídas por LED. O prazo de 13 anos da concessão corresponde ao tempo de vida útil dessas lâmpadas e a estimativa é de economia de 50% na taxa de iluminação pública.

Ordem de serviço: Entre as obras em fase de ordem de serviço, consta uma rede de água no Monjolo, com investimento da ordem de pouco mais de R$ 400 mil. Outra obra nessa fase é o sistema contra incêndios do barracão do Parque Aquático: “Uma importante obra, que os bombeiros têm nos cobrado há muito tempo”, destaca Derbli. A Praça da Vila São Pedro consta na lista de obras em andamento.

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