Trecho da BR-153 deverá ser municipalizado

Nota técnica do DNIT considera pertinência de municipalização da rodovia, no perímetro urbano de Irati…

14 de março de 2017 às 12h56m

Nota técnica do DNIT considera pertinência de municipalização da rodovia, no perímetro urbano de Irati

Da Redação, com reportagem de Rodrigo Zub
A Superintendência Regional no Paraná do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) emitiu, na semana passada, uma nota técnica (001/2017) em que considera a pertinência da municipalização do trecho da BR-153 que passa pelo perímetro urbano de Irati. O trecho compreende o segmento entre a BR-277 e a PR-364, ou seja, do km 329 ao km 339.
O prefeito Jorge Derbli (PSDB) solicitou ao deputado federal Sandro Alex (PSD-PR) o auxílio para intervir junto ao DNIT para solicitar a municipalização do trecho da rodovia, diante da necessidade de obras de infraestrutura para tornar o trânsito mais seguro nos bairros que a BR contorna ou corta.
Entre as obras planejadas estão uma rotatória próximo à entrada do campus iratiense da Unicentro e melhorias no trecho que passa pela Vila São João, para melhorar a segurança para motoristas e pedestres. Sem a municipalização da via,  a competência para esse tipo de obra sobre a rodovia é da União. Uma vez confirmada a municipalização, o prefeito Derbli já estuda a possibilidade de executar melhorias como ciclovias, redutores de velocidade e rotatórias, a fim de tornar o trecho urbano da rodovia uma avenida.
Sandro Alex sustenta que, com a municipalização do trecho urbano da BR-153, ela terá condições de auxiliar ao município de Irati com a destinação de verbas para a aplicação nessas melhorias, como radares, por exemplo.

CREMA 2

[publicidade id=”39″ align=”right” ]Ainda no que diz respeito à BR-153, nos últimos anos, o deputado Sandro Alex contribuiu para intermediar, junto ao DNIT, a conquista de R$ 174 milhões para a manutenção do trecho entre os municípios de Imbituva e de Paulo Frontin, através do consórcio CREMA 2, de recuperação e manutenção da rodovia ao longo de cinco anos – nos dois primeiros anos, a recuperação e, nos três anos seguintes, a manutenção do que foi recuperado.
Sandro compara que o trecho de 27km entre Imbituva e Irati apresenta, hoje, condições muito mais seguras do que há cinco anos, quando a estrada estava cheia de buracos, alguns de grande extensão, que exigiam atenção redobrada. O tempo para percorrer o trecho, com as melhorias, reduziu consideravelmente.
“O trecho de Mallet até Paulo Frontin era impraticável. Tínhamos, próximo a Rebouças, a comunidade fechando a rodovia. Cruzes eram colocadas na rodovia, alertando para essas dificuldades. Foi um momento de transição [da gestão da rodovia] do DER para o DNIT [quando a rodovia foi federalizada] e ficou sem orçamento para a manutenção. Graças a uma ação da Najuá, apadrinhei a causa, e acho que isso foi muito importante, pois a rodovia hoje é muito melhor sinalizada”, pontua.

Acostamentos

A municipalização do trecho urbano da BR-153 que corta Irati indica a possibilidade de construção de acostamentos na rodovia; algo que falta ao longo da extensão da BR também fora do trecho urbano, salienta o deputado. “Sou autor do projeto para que não se construa mais nenhuma rodovia sem a previsão do acostamento. É impraticável hoje pensar em se fazer uma rodovia sem acostamento, e nossa 153 ainda não tem”, acrescenta Sandro.
O deputado sugere que o ideal seria a construção de um contorno, para que a BR-153 passasse ao redor e não por dentro de Irati. “Mas enquanto isso não acontece, vamos ter a possibilidade de adequá-lo [o trecho urbano da BR-153] junto ao poder público municipal”, diz.

Outros municípios

Cumpre ressaltar que a BR-153 passa pelo perímetro urbano de outros municípios da região. Sandro Alex afirma que ainda não foi procurado por outros prefeitos para intermediar conversas junto ao DNIT para municipalizar outros trechos da rodovia. No entanto, menciona que citou o caso de Irati ao prefeito de Paulo Frontin, Sebastião Elias da Silva Neto (PSDB).
“É possível que alguns municípios pleiteiem, mas nem todos têm a mesma condição de Irati, onde a rodovia praticamente corta a cidade. Em alguns outros municípios, a rodovia é paralela à cidade. Mas o caso de Irati é crônico e é muito difícil. As pessoas precisam de uma sinalização adequada e de uma interferência do poder público municipal, porque a vida delas – a ida para o trabalho, a volta para casa, a ida e vinda da escola – tem uma rodovia no meio. Não são só os viajantes, os motoristas, é o cidadão iratiense que está convivendo com a estrada”, considera.

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