Homem foi preso logo depois de prestar depoimento na Delegacia de Polícia Civil de Irati. O corpo de Marcos ficou desaparecido por quase um mês, entre maio e junho
Da Redação, com reportagem de Tadeu Stefaniak
O homem acusado de causar a morte de Marcos Aurélio Laroca está detido, depois que foi decretada a prisão preventiva. De acordo com a Polícia Civil, a investigação do crime, ocorrido em maio, é sigilosa e, por isso, limita as informações a serem divulgadas, para que não haja interferência nas tarefas dos investigadores.
A polícia teria chegado ao suspeito a partir de imagens do circuito interno de vigilância do posto de combustíveis onde Marcos fora visto pela última vez antes de desaparecer. O suspeito, que não teve o nome divulgado, está recolhido na carceragem da 41ª Delegacia de Polícia Civil de Irati, que ainda aguarda o recebimento de laudos periciais do IML para avançar nas investigações.
A prisão temporária do suspeito deve prosseguir enquanto não é expedida uma determinação judicial pela sua soltura. O homem está preso há cerca de 40 dias, desde que se apresentou na delegacia para prestar depoimento, depois de intimado.
Relembre o caso
O corpo de Marcos Aurélio Laroca, de 35 anos, foi encontrado a 800 metros de uma das margens da BR-153, em Imbituva, 26 dias depois de ele ter sido visto pela última vez, num posto de combustíveis, na Alameda Virgílio Moreira. O cadáver já estava em avançado estado de decomposição.
De acordo com informações, Marcos estava com a mandíbula e o pescoço quebrado. Informações divulgadas nas redes sociais indicam que Marcos sofreu uma fratura na espinha. O pai da vítima, Osmar Laroca, reconheceu as roupas do filho, mas somente um exame de DNA feito no IML confirmou a identidade da vítima.
Marcos desapareceu no dia 19 de maio e foi visto pela última vez num posto de gasolina. As imagens do circuito interno de segurança do local indicam que ele compareceu ao estabelecimento às 15h54 daquele dia, a bordo de um Fiat Strada. Marcos foi visto conversando por cerca de um minuto com o motorista de um Palio branco e deixou o posto com ele. Uma hora e meia depois, o motorista do Palio retorna ao posto. A família, ao analisar as imagens, apontava que um homem teria descido desse Palio e se dirigido ao carro de Marcos.
No mesmo dia, as chaves do carro e o celular de Marcos foram encontrados por um funcionário da concessionária Caminhos do Paraná na cabeceira da ponte sobre o Rio Imbituvão, na BR-277, em Fernandes Pinheiro. Já o carro de Marcos foi encontrado a 4 km, com as portas abertas e vazio.
Aflita com o desaparecimento, a família chegou a oferecer R$ 3 mil em recompensa a quem apresentasse informações consistentes sobre o paradeiro do rapaz. As buscas duraram quatro semanas, após denúncias que indicavam que o corpo poderia ter sido “desovado” no leito do Rio Tibagi, no limite entre o distrito de Uvaia, em Ponta Grossa, e o município de Ipiranga.
Rumores também davam conta de que o corpo teria sido avistado numa mata próximo à Colina Nossa Senhora das Graças, o que levou os bombeiros a fazer uma vista de reconhecimento no local.
