Supervisor da Sanepar fala sobre a falta de abastecimento de água, em Irati

Segundo Edison Moro Rios, investimentos para melhorar o sistema de capitação de água já foram…

10 de fevereiro de 2011 às 18h59m

Segundo Edison Moro Rios, investimentos para melhorar o sistema de capitação de água já foram solicitados, mas as obras acabaram atrasando e comprometendo o serviço
Rodrigo Zub – atualizado dia 11 às 15h44

O supervisor da Sanepar em Irati, Edison Moro Rios conversou com a reportagem da Rádio Najuá, na manhã de hoje e falou sobre os problemas relatados por nossos ouvintes sobre a constante falta de água em algumas localidades da cidade, em determinados dias.

Segundo Rios, a Sanepar já está investindo em adequações para melhorar o sistema de abastecimento de água da cidade de Irati. O projeto está pronto desde maio do ano passado, mas como as obras atrasaram não foi possível solucionar o problema até o início do verão, considerado um período crítico para o sistema. “ Já poderíamos ter solucionado esse problema durante o verão. Mas as obras atrasaram. Então, agora a previsão é que essas obras se iniciem ainda neste mês. Estivemos na prefeitura nesta semana e o empreiteiro responsável já nos certificou que irá dar início ao trabalho o mais rápido possível”, diz o supervisor. O projeto prevê readequação da estação de bombeamento na parte alta do Rio Bonito, antiga Rua Pedra Preta, na Vila São João e imediações e vários outros pontos, segundo informa. A licitação foi feita em maio do ano passado e as obras já eram eram para ter começado em setembro 2010.

De acordo com ele, os lugares mais críticos e que tem surgido maiores problemas são aqueles que não possuem captação interna de água, ou seja, não possuem caixa d’ água em suas residências. “Existem bairros que 70% das casas não têm reservatório domiciliar. Então a gente insiste, para que as pessoas procurem colocar caixa d’águas, para que em horários de picos não tenhamos esse problema”, afirma Rios.

Ele conta ainda, que os locais mais prejudicados na cidade são os bairros do Rio Bonito, Vila São João, Vila Raquel e outros pontos que recebem captação do Rio Imbituvão. “Lembrando que nesses locais, temos inclusive feito rodízio para evitar que só uma comunidade seja prejudicada. Mas lembramos a todos que qualquer problema deve ser comunicado a Sanepar por meio do número 115, para maiores esclarecimentos”, afirma Rios.

Irati gasta entre 200 e 300 mil litros de água por hora. As captações de Irati são feitas de poços artesanais superficiais e de rios – duas do arroio Nhapindazal  que contribui em 25% da distribuição e uma do Imbituvão com 75%. Estas captações estão suscetíveis à falta de energia que rompe o processo produtor, e também a chuva/enxurrada que altera a qualidade da água deixando-a com a turbidez elevada, o que também obriga parar o processo produção.

Em virtude da grande demanda na região de Irati, Rios indica que um dos projetos essenciais que deve ser colocado em prática, será a diminuição da captação de água através da bacia do Nhapindazal (responsável por 70 mil litros por hora). “Esse rio, tem turbidez elevada. Por isso, entendo que parte da captação de água deva ser feita também no rio Imbituvão. Outra ideia seria transportar água do poço artesiano da Vila Nova para a área central da cidade”, explica.

Quando questionado sobre o problema que algumas pessoas estão enfrentando em relação a conta de água com valor elevado (mesmo com o serviço apresentando falhas e interrupções durante determinados dias), Rios disse que caso a pessoa se sinta lesada ela deve comparecer na sede da Sanepar e notificar o problema para que ele seja analisado. “Se constatado o problema fazemos um parecer técnico, mas cada caso é um caso. Em alguns deles, pode ocorrer que a própria residência tenha problemas internos, como por exemplo, do próprio medidor do relógio. Então, caso a pessoa entenda que o valor cobrado é abusivo  ele deve comparecer a Sanepar para que possamos solucioná-lo”, revela.

Reclamação de Gonçalves JR.

Outro ponto bastante polêmico abordado durante a entrevista foi a reclamação de algumas pessoas da comunidade de Gonçalves Junior, sobre as obras de instalação de 12 km de rede de água tratada interligando a cidade de Irati ao distrito.

Para muitos moradores daquela região, apesar do sistema trazer inúmeros benefícios como água clorada e fluoretada, abandonar o atual sistema de captação de água realizado por meio de um poço artesiano, em detrimento a outro vulnerável pode gerar muitos prejuízos a população.

“A reclamação é que as pessoas não querem deixar de usar o sistema atual, que será desativado, com medo de possíveis interrupções. Nós já tivemos inclusive na comunidade debatendo o assunto, até para explicar à população que existe limitações no sistema, mas que mesmo assim, a mudança irá trazer grandes benefícios a todas as 75 famílias que serão atendidas”, conta Rios.

A preocupação com a qualidade da água do poço já foi motivo de reclamação da comunidade de Gonçalves Junior, segundo infroma o site da Prefeitura Municipal de Irati. A obra está sendo desenvolvida pela Sanepar e prefeitura e atenderá o distrito de Gonçalves Júnior e as comunidades de Barra Mansa, Linha Velha de Gonçalves Júnior e Mato Queimado.

A prefeitura informou no ano passado que destinou cerca de R$ 460 mil em recursos para parceria com a sanepar através de serviços executados na área urbana e interior do município. O montante foi dividido em três projetos: Programa de Despoluição Ambiental (PDA), recuperação da Bacia do Nhapindazal e ampliação dos sistemas de abastecimento de água tratada na área rural de Irati. Algumas obras incluídas no projeto são nas localidades de: Governador Ribas, Campina do Guamirim, São Miguel do Pinho de Baixo e Caratuva. Ainda a expansão de rede em Itapará. O prazo para conclusão destas ampliações seria até novembro 2010.

Colaborou, Jussara Harmuch Bendhack

Confira no áudio abaixo, outras explicações do Supervisor da Sanepar sobre a interrupção de água em alguns locais em Irati.

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