Em nota, entidade esclarece que decisão por descontinuidade de algumas unidades ainda está em análise e pode ser revista caso sejam encontradas soluções de sustentabilidade para as escolas
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Colégio Sesi Irati |
Depois da notícia sobre fechamento de unidades, pais e alunos do Colégio Sesi expressaram uma reação contra a medida. Abaixo-assinados foram constituídos nas cidades envolvidas, reuniões com representantes políticos e também através dos meios de comunicação. A sociedade ficou entristecida e o presidente da Federação das Indústrias do Paraná – FIEP, Carlos Valter Martins Pedro, já sinalizou que a medida pode ser revista. Em Irati, a Rádio Najuá entrevistou pais e recebeu depoimentos de alunos. A estudante do ensino médio, Maria Clara Teodoro, deixou evidente a formação crítica que recebeu do próprio colégio. “O Sesi nos ensinou que se a gente quer alguma coisa, a gente não pode desistir e tem que correr atrás; e nós não vamos desistir de tentar manter as portas do nosso colégio abertas”. Ex-alunos também se manifestaram em favor da escola. “O Sesi transformou a minha vida; me deu conhecimentos também para a vida. Então eu quero salvar o colégio e acredito que todos também querem isso”, disse Gabriela Dreminski, que atualmente é universitária. Ela quer que mais pessoas tenham a mesma oportunidade.
A nota da Federação das Indústrias do Paraná – FIEP, levou em conta a repercussão e imprimiu um tom conciliatório, informando que a medida ainda está em análise e o processo pode ser revertido. A interpretação da legislação de 2017, que amplia a carga horária do Ensino Médio e integra a formação técnica foi considerada com o aumento de qualidade que essa mudança exigirá, verificou-se que algumas unidades de menor porte e que possuem altos custos operacionais não teriam a sustentabilidade necessária para seguir em atividade a partir de 2021.
Confira a nota na íntegra:
Diante da repercussão gerada pela possibilidade de encerramento das atividades de algumas unidades do Colégio Sesi no Paraná, o Sistema Fiep esclarece que a medida, ainda em análise, faz parte de um amplo processo de reformulação da instituição de ensino para o ano que vem.
A entidade explica que a Lei nº 13.415/2017, que introduz o novo Ensino Médio no país a partir de 2021, amplia a carga horária dessa etapa educacional e potencializa a integração do ensino regular com a formação técnica.
“Essa obrigação legal nos traz grandes oportunidades, vindo ao encontro da missão de Sesi e Senai, que é qualificar profissionais para a indústria”, afirma o presidente do Sistema Fiep, Carlos Valter Martins Pedro. “Como a razão da existência do Sistema Fiep é prestar serviços que agreguem valor à indústria, foi formulada uma nova proposta de ação para o Colégio Sesi no Paraná, que trará um currículo muito mais direcionando para a formação dos alunos de acordo com as reais necessidades do setor industrial”, acrescenta.
O Sistema Fiep ressalta que, com o aumento de qualidade que essa mudança exigirá, verificou-se que algumas unidades de menor porte e que possuem altos custos operacionais não teriam a sustentabilidade necessária para seguir em atividade a partir de 2021. Cumprindo uma exigência legal, a descontinuidade dessas escolas precisou ser comunicada oficialmente à Secretaria de Estado da Educação até 31 de julho. Posteriormente, para que pudessem se planejar, gerentes, colaboradores e pais de alunos dessas unidades também foram comunicados, ressaltando-se que o serviço será preservado até o fim de 2020. A entidade destaca, ainda, que essas unidades respondem por apenas 19,4% do total de alunos do Colégio Sesi em todo o Paraná.
“Porém, pela qualidade e diferenciação do ensino que o Colégio Sesi sempre ofertou no Paraná, tal notícia gerou grande mobilização da sociedade na tentativa de encontrar alternativas para a preservação dessas unidades que atualmente têm custos operacionais inadequados”, afirma Carlos Valter. “Vemos com bons olhos essa movimentação e, diante disso, estamos buscando, caso a caso, junto com as comunidades que estão nos procurando, soluções de sustentabilidade para a continuidade dessas unidades”, esclarece o presidente do Sistema Fiep.