Sistema Fiep cogita rever fechamento de colégios depois de repercussão na sociedade

Em nota, entidade esclarece que decisão por descontinuidade de algumas unidades ainda está em análise…

18 de agosto de 2020 às 14h03m

Em nota, entidade esclarece que decisão por descontinuidade de algumas unidades ainda está em análise e pode ser revista caso sejam encontradas soluções de sustentabilidade para as escolas

Colégio Sesi Irati

Depois da notícia sobre fechamento de unidades, pais e alunos do Colégio Sesi expressaram uma reação contra a medida. Abaixo-assinados foram constituídos nas cidades envolvidas, reuniões com representantes políticos e também através dos meios de comunicação. A sociedade ficou entristecida e o presidente da Federação das Indústrias do Paraná – FIEP, Carlos Valter Martins Pedro, já sinalizou que a medida pode ser revista. Em Irati, a Rádio Najuá entrevistou pais e recebeu depoimentos de alunos. A estudante do ensino médio, Maria Clara Teodoro, deixou evidente a formação crítica que recebeu do próprio colégio. “O Sesi nos ensinou que se a gente quer alguma coisa, a gente não pode desistir e tem que correr atrás; e nós não vamos desistir de tentar manter as portas do nosso colégio abertas”. Ex-alunos também se manifestaram em favor da escola. “O Sesi transformou a minha vida; me deu conhecimentos também para a vida. Então eu quero salvar o colégio e acredito que todos também querem isso”, disse Gabriela Dreminski, que atualmente é universitária. Ela quer que mais pessoas tenham a mesma oportunidade.

A nota da Federação das Indústrias do Paraná – FIEP, levou em conta a repercussão e imprimiu um tom conciliatório, informando que a medida ainda está em análise e o processo pode ser revertido. A interpretação da legislação de 2017, que amplia a carga  horária do Ensino Médio e integra a formação técnica foi considerada  com o aumento de qualidade que essa mudança exigirá, verificou-se que algumas unidades de menor porte e que possuem altos custos operacionais não teriam a sustentabilidade necessária para seguir em atividade a partir de 2021.

Confira a nota  na íntegra:
Diante da repercussão gerada pela possibilidade de encerramento das atividades de algumas unidades do Colégio Sesi no Paraná, o Sistema Fiep esclarece que a medida, ainda em análise, faz parte de um amplo processo de reformulação da instituição de ensino para o ano que vem.

A entidade explica que a Lei nº 13.415/2017, que introduz o novo Ensino Médio no país a partir de 2021, amplia a carga horária dessa etapa educacional e potencializa a integração do ensino regular com a formação técnica

“Essa obrigação legal nos traz grandes oportunidades, vindo ao encontro da missão de Sesi e Senai, que é qualificar profissionais para a indústria”, afirma o presidente do Sistema Fiep, Carlos Valter Martins Pedro. “Como a razão da existência do Sistema Fiep é prestar serviços que agreguem valor à indústria, foi formulada uma nova proposta de ação para o Colégio Sesi no Paraná, que trará um currículo muito mais direcionando para a formação dos alunos de acordo com as reais necessidades do setor industrial”, acrescenta.

O Sistema Fiep ressalta que, com o aumento de qualidade que essa mudança exigirá, verificou-se que algumas unidades de menor porte e que possuem altos custos operacionais não teriam a sustentabilidade necessária para seguir em atividade a partir de 2021. Cumprindo uma exigência legal, a descontinuidade dessas escolas precisou ser comunicada oficialmente à Secretaria de Estado da Educação até 31 de julho. Posteriormente, para que pudessem se planejar, gerentes, colaboradores e pais de alunos dessas unidades também foram comunicados, ressaltando-se que o serviço será preservado até o fim de 2020. A entidade destaca, ainda, que essas unidades respondem por apenas 19,4% do total de alunos do Colégio Sesi em todo o Paraná.

“Porém, pela qualidade e diferenciação do ensino que o Colégio Sesi sempre ofertou no Paraná, tal notícia gerou grande mobilização da sociedade na tentativa de encontrar alternativas para a preservação dessas unidades que atualmente têm custos operacionais inadequados”, afirma Carlos Valter. “Vemos com bons olhos essa movimentação e, diante disso, estamos buscando, caso a caso, junto com as comunidades que estão nos procurando, soluções de sustentabilidade para a continuidade dessas unidades”,
esclarece o presidente do Sistema Fiep.

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