Presidente do Sintropas-PG diz que salários relativos ao mês de março, que deveriam ser depositados até o dia 05 de abril, ainda não foram pagos/Paulo Sava

O Sindicato dos Motoristas, Cobradores e Trabalhadores em Empresas de Transporte Coletivo em Veículos Rodoviários de Passageiros Urbanos, Municipais, Metropolitanos, Intermunicipais, Interestaduais, Internacionais e de Fretamento de Ponta Grossa e região (Sintropas) está sinalizando com a possibilidade da realização de uma nova greve no transporte coletivo de Irati.
Em contato com nossa reportagem na manhã desta quarta-feira, 23, o presidente do Sindicato, Luiz Carlos de Oliveira (Luizão) contou que os salários dos funcionários relativos ao mês de março, que deveriam ter sido depositados até o último dia 05, ainda não foram pagos. Ele afirma ainda que a greve deflagrada no início do ano foi apenas suspensa, mas não terminou.
“Nós entramos com um pedido de liminar na Justiça, porque esta greve foi suspensa e não finalizada, e talvez, a qualquer momento, poderá paralisar todo o sistema novamente. Infelizmente, nem a empresa e nem a Prefeitura fazem nada sobre o assunto, e a população precisa saber que poderá ocorrer uma greve a qualquer momento”, frisou.
Segundo Luiz, depois que o Sindicato entra em contato, a empresa promete efetuar os pagamentos, mas isto não acontece. “Eles dizem que de tarde pagarão, aí eu cobro amanhã e dizem que daqui a pouco vão pagar. Sempre foi assim, inclusive naqueles dias de greve. A empresa não respeita nada nem ninguém. Eu acho que eles deveriam, no mínimo, ter falado com os trabalhadores, explicado a situação, para ver o que eles acham, mas simplesmente se negam a pagar os salários dos motoristas e cobradores, e isto é constrangedor”, comentou.
O Sindicato afirma que está negociando com a empresa para resolver este conflito, dentro do que é chamado de “dissídio coletivo, de acordo com Luizão. “Nós estamos dentro de um dissídio coletivo que eles abriram e se comprometeram judicialmente dentro do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) que iriam pagar corretamente os salários, dentro da data, e não pagaram. Nós tivemos audiência depois disso, e mesmo assim eles não pagaram. Entramos com um pedido de liminar e estamos aguardando para paralisar tudo de novo”, finalizou.
Posicionamentos da Prefeitura e da Transiratiense
Nossa reportagem entrou em contato com o procurador do município, Hermano Faustino. Ele ressaltou que a Prefeitura está atenta ao caso. “Estamos bem atentos com essa questão e estamos agindo, ainda essa semana teremos novidades”, frisou.
Nós procuramos o empresário Sérgio Ricardo Zwar, proprietário da Transiratiense, para um posicionamento. Ele disse que vai se manifestar mais tarde.
Na primeira greve, deflagrada no fim de janeiro, os funcionários da Transiratiense também reivindicavam pagamento de salários e vales-alimentação atrasados, além da quitação do 13º salário. Os valores foram quitados no começo de fevereiro e os motoristas e cobradores retornaram ao trabalho.