Evento beneficente comemora, também, os 102 anos do Clube Polonês e terá animação de Thainá e Thairine e Família Azzolini/Texto de Edilson Kernicki, com entrevista de Juarez Oliveira e Rodrigo Zub
Um show-baile beneficente em prol da Cidade da Criança de Irati será realizado na próxima sexta-feira (25), a partir das 22h, no Clube Polonês de Irati. O evento terá animação de Thainá e Thairine e Família Azzolini. Na ocasião, também será comemorado os 102 anos do Clube Polonês de Irati. Não serão vendidos ingressos avulsos. Haverá apenas reserva de mesas de quatro lugares, a R$ 400. Segundo a organização, ainda há entre dez e 15 mesas disponíveis. O traje recomendado deve ser esporte fino.
De acordo com Tatiane Maria Horst, funcionária da administração da Cidade da Criança, não estava nos planos da entidade promover um baile neste ano, em função de já ter sido estabelecido um calendário com vários outros eventos de arrecadação de fundos. Porém, a direção do Polonês procurou a instituição e falou sobre sua intenção em fazer o baile comemorativo aos 102 anos do clube e que, se a entidade aceitasse, o evento seria beneficente, em prol da Cidade da Criança.
Tatiane relembra que já foram feitos dois bailes beneficentes, anteriormente, por ocasião dos 30 anos da entidade. Os eventos foram organizados e promovidos por Celso Specht, que se encarrega também da venda de mesas na edição deste ano. “Neste ano, como veio essa proposta de fazer e o pessoal gosta muito da banda e estava pedindo novamente, conversamos com o Celso e o presidente do Clube Polonês, que foram até a Cidade da Criança e ‘nos abraçamos’ e estamos aí. Agora, só falta fazer acontecer o evento”, diz.
Celso Specht indica que cada mesa reservada deve receber um vale chopp, fornecido pelo patrocinador do baile. A Cidade da Criança também deve oferecer petiscos para as mesas. “O valor ficou um pouco alto, mas isso tudo devido ao valor da banda. Hoje, uma banda dessa, numa sexta-feira, custa R$ 24 mil. No sábado, seria R$ 28 mil. Outra questão: hoje, nosso dinheiro está desvalorizado e, por ser um evento beneficente, claro que você visa lucro para a instituição. A instituição não vive ‘de vento’ ou de boas intenções, ela precisa de dinheiro para custear todas as suas atividades. E é por isso que optamos por, mesmo sendo meio ‘atropelado’, devido ao processo político e não queríamos misturar as coisas, vai acontecer, desta vez, em parceria com o Clube Polonês”, justifica. A data foi definida para evitar concorrência com eventos paralelos, como o Baile dos Engenheiros Agrônomos e o Baile do Chopp e da Linguiça.
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Ingressos avulsos podem ser vendidos, desde que o interessado já tenha algum conhecido, amigo, familiar que tenha reservado mesa. Cada cadeira extra custa R$ 100, restrito a venda antecipada. O intuito é evitar que fiquem pessoas em pé atrapalhando a visão do show-baile. “Se você tiver uma pessoa que já comprou a mesa, vendemos o ingresso avulso e você vai naquela mesa. Mas ficar em pé, atrapalhar quem quer assistir, [não]. Porque é um show-baile, muitas músicas não são para dançar, mas para curtir mesmo. Eles tocam todos os ritmos: o gauchesco, que é marca forte da nossa região; sertanejão raiz; música de Oktoberfest; Abba; Roupa Nova. Todos os estilos. Quem já foi vai participar de novo porque gostou e quem nunca foi, com certeza, vai gostar”, explica Specht.
A organização destaca que o horário do baile foi pensado, inclusive, para aqueles que trabalham aos sábados. O local do evento abre as 22h e o show-baile começa, pontualmente, às 22h30. “Quem trabalha no sábado, 2h30 da manhã está saindo do clube, quem aproveitar até o final”, garante. Specht recomenda que ninguém se atrase, para não perder a abertura do show, que promete ser surpreendente.
Arrecadação beneficente: Segundo Tatiane, sempre que a Cidade da Criança realiza eventos beneficentes – bailes, feiras, chás, bingos, almoços – os recursos são aplicados na manutenção da instituição, principalmente em recursos humanos (RH). “Como é de conhecimento da comunidade, conseguimos, por três, quatro anos consecutivos, doações da Receita Federal, de mercadorias, que são recursos que vêm, especificamente, para o investimento na instituição. Então, não podemos usar para pagar um funcionário, para fazer uma compra do mês, para pagar uma luz. Aproveitamos quando tem esses subsídios específicos para fazermos investimentos, melhoras no patrimônio, reformas. Até, na última, fizemos a troca de 80% dos telhados dos espaços onde as crianças fazem as atividades”, diz.
A instituição recebe um subsídio mensal de R$ 10 mil da Prefeitura de Irati, para custeio – alimentação, luz, água e material pedagógico. Esse valor não pode ser utilizado no pagamento de funcionários e, para isso, são realizados os eventos mensais, reitera Tatiane. Esses valores cobrem o pagamento das pedagogas e dos professores que dão aulas de música e de ballet, por exemplo.
A Cidade da Criança hoje atende 123 crianças e adolescentes, entre três a 15, 16 anos, que passam o dia na instituição, de segunda a sexta. “Além das atividades, eles fazem todas as refeições – café da manhã, almoço, lanche da tarde – e têm apoio pedagógico, aula de canto, oficina de ballet, prática de yoga, inclusão digital/informática, dança gaúcha, eles vão para a horta”, conta Tatiane.
“O projeto, graças a Deus, ganhou uma visibilidade muito grande desde que nós paramos com o acolhimento. Tínhamos um número pequeno de crianças. As pessoas até comentam ‘que pena [que fechou]’. Eu digo ‘que pena, não. Que bom que fechou uma casa-lar, que bom que fechou um presídio. Não é uma pena’. Vamos fazer esse trabalho preventivo, efetivo, porque evitamos que [crianças] vão para uma casa-lar, que vão para o sistema prisional. Mas as atividades estão a todo vapor”, diz.
Tatiane explica que a instituição atende em dois turnos – manhã e tarde – e salienta que não se trata de um “reforço escolar”. “Nosso registro não é no MEC (Ministério da Educação), é no MDS (Ministério do Desenvolvimento Social). Nosso objetivo não é educacional, ele é social. Por isso que temos várias atividades. Tem o apoio pedagógico, mas nosso objetivo não é ficar batendo num reforço escolar, porque vemos os índices de evasão escolar, principalmente entre adolescentes”, acrescenta.
A Cidade da Criança possui sete funcionários que, além das atividades pedagógicas, se encarregam das atividades diversas do cotidiano da instituição. Além disso, uma assistente social, cedida pelo município, vai até lá nas terças e quintas – nas segundas e quartas, ela atua junto à ANAPCI. Os professores de algumas oficinas são voluntários, como o instrutor de yoga Vinícius, que já presta esse serviço há pelo menos oito anos, desde quando havia acolhimento no abrigo, e o pessoal do CTG que faz as oficinas de danças gaúchas. A parte de informática funciona como um projeto de extensão do Instituto Federal (IFPR). Já os instrutores de música e de ballet cobram uma ajuda de custo, mas não são remunerados.
A funcionária do setor administrativo da Cidade da Criança ressalta que há, sempre, espaço para novos voluntários que desejem atuar junto à instituição. Ela explica que há muito trabalho a ser feito por lá, como os de serviços gerais. Hoje, há apenas um rapaz para dar conta de tudo, mas ele também é auxiliado pelo pessoal que vem através do Conselho da Comunidade, para o cumprimento de penas alternativas com a prestação de serviço comunitário. Quem quiser agendar uma visita e se voluntariar para prestar algum serviço para a entidade pode combinar pelo WhatsApp (42) 99927-8640. Mais informações pelas redes sociais: Instagram (@cidadedacrianca.irati) e Facebook (facebook.com/asi105).
Serviço
Baile Comemorativo dos 102 anos do Clube Polonês
Sexta-feira, 25 de outubro, às 22h
Sociedade Beneficente Cultural Iratiense (SBCI)
Rua Cel. Grácia, 176 – Centro – Irati
Traje esporte fino
Reserva de mesas: (42) 99947-6878 (Celso) ou (42) 99927-8640 (Tati)