Em vídeo, funcionária aparece acessando aplicativo durante atendimento.
Caso será investigado pela Secretaria de Saúde de Foz do Iguaçu, no PR.
Do G1 PR, em Foz do Iguaçu
Duas servidoras da equipe de enfermagem da prefeitura de Foz do Iguaçu, foram afastados por 60 dias depois de aparecerem em um vídeo acessando jogos virtuais durante expediente na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim das Palmeiras. Por meio de nota, a Secretaria de Saúde afirmou que será aberta uma sindicância para apurar o caso.
Nas imagens publicadas na internet, uma das atendentes se diverte com o jogo no computador enquanto outra faz a triagem de uma criança. “O vídeo mostra o uso indevido do equipamento público pelos servidores e o descaso no atendimento à população”, descreve a nota ao orientar a população para que reclamações, elogios e sugestões sejam repassados à Ouvidoria do Município.
O vídeo foi feito em março pelo pai da criança atendida e só agora divulgado. “Ficamos esperando cerca de uma hora até chamarem meu filho. Na hora que ele foi para o atendimento, resolvi sair para fumar e quando olhei pela janela da sala vi a funcionária jogando no computador. Fiquei revoltado. Os funcionários públicos são pagos para atender a população, não para ficar na internet”, apontou Paulo César Pinheiro. “A outra enfermeira atendeu meu filho e saiu, mas ele continuou chorando e a outra não fez nada, ficou o tempo todo no computador”, lembra.
Segundo o secretário Charles Bortolo, depois de ter acesso ao vídeo, a primeira medida foi identificar os funcionários. “Pegamos as escalas de trabalho e conferimos as imagens. O equipamento deveria ser usado apenas para o registro no prontuário de tudo o que está sendo relatado às equipes de enfermagem no auxílio ao médico. Estes profissionais devem estar o tempo todo atentos”, observou.
Para evitar novos casos semelhantes, garantiu Bortolo, o acesso à internet nos computadores disponíveis nas unidades de saúde do município será bloqueado e apenas poderão ser consultados, por exemplo, os sistemas internos de controle como o “Saúde Foz” e o portal do Ministério da Saúde.
