Aulas começam no dia 11 de março. Curso tem carga horária de 1.800 h, com aulas teóricas, práticas e estágio/Marina Bendhack com entrevista de Paulo Henrique Sava
A unidade do SENAC de Irati possui um curso técnico em enfermagem, que forma profissionais para atuar em hospitais, postos de saúde e rede particular de vários municípios da região. As inscrições estão abertas, com desconto de 20% na mensalidade quando é paga até o dia 10 de todo mês. As aulas começam dia 11 de março. Para mais informações, é possível procurar o SENAC das 8h às 22h.
A técnica de Educação Profissional, Mari Eliane Blem da Silva, que é a coordenadora do curso, disse que a formação tem duração de três anos, período maior do que outros cursos técnicos. “Porque ele é aliado à teoria e à prática. Os alunos, eles fazem a parte teórica no período noturno e também os estágios. Então, quando ele vai pro campo de estágio, para a teoria no SENAC e ele faz somente os estágios. Então, por conta disso, é uma duração um pouquinho maior. Podemos dizer assim de algum outro curso técnico. Mais por essa situação que ele tem essa teoria”.
O curso tem carga horária de 1.800 h, sendo 1.200 de teoria e prática na unidade do SENAC. O período restante é destinado para os estágios obrigatórios nos setores da saúde. “Nós temos parcerias com a Santa Casa, que a instrutora Débora também é funcionária da Santa Casa e alguns outros enfermeiros também. Então, nós temos aí várias parcerias, tanto Santa Casa, UPA, as UBS, o consórcio intermunicipal. Então, todas as parcerias que é possível nós fazermos com essas instituições da saúde, o SENAC faz para que os alunos tenham essa vivência prática em todos os campos que eles também têm a teoria no SENAC”, continua a coordenadora.
A metodologia do curso é focada bastante na prática, conforme a instrutora Débora Correia. “E o modo com que a gente faz isso, que a gente insere o aluno nesse campo, é aos poucos, é com cuidado. Então, primeiramente, a teoria na sala de aula, como a Mari falou, a gente mostra todas as técnicas no laboratório, pra aí, então, a gente ir pro campo de estágio. Então, eu costumo sempre falar pros alunos que a gente insere ele aos poucos, que primeiro o instrutor mostra como que faz, depois o instrutor faz junto, e aí, ao final do estágio, a gente espera que o aluno seja fazendo sozinho, pra aí, então, ele tá capacitado, de fato, pro mercado de trabalho. Então, por isso que é um curso de longa duração, é por isso que tem várias etapas, porque a gente tem que dar garantia de que esse aluno vai sair e que a instituição vai ter segurança pra contratar esse aluno e que os pacientes também vão ter segurança pra ser atendidos por esse aluno formado pelo SENAC”.
Primeiro o aluno é apresentado à teoria e depois à prática, sempre acompanhado pelos instrutores. “Os alunos, eles têm primeiro a teoria, primeiro a gente dá o conteúdo teórico, e aí a gente associa a prática. Tem muitas coisas que, às vezes, não tem prática, mas a gente tenta demonstrar. Por exemplo, eu quero explicar sobre a fisiologia, a anatomia do coração, do rim, vou dar uma aula sobre pressão arterial, vou querer explicar a anatomia do rim, do coração, não vai ter, de fato, como a gente fazer uma aula prática, mas a gente tem vários bonecos, a gente tem vários moldes lá no laboratório que a gente consegue abrir, consegue desmontar, consegue mostrar o que é uma veia, o que é uma artéria, o que é uma válvula, então todos esses material de apoio a gente tem pra oferecer pro aluno Então, as aulas que demandam realmente uma aula prática, por exemplo, uma aspiração, uma reanimação, aí a gente tem boneco também, a gente consegue fazer a aula prática no laboratório., tudo dentro do Senac, pra aí depois o aluno ir, de fato, pro campo de estágio. Eles passam por avaliação, também tem avaliação da teoria, tem avaliação da prática, pra aí então a gente vê que ele realmente tem segurança pra ir pro estágio, aí os alunos vão pro estágio”, diz Débora.
Débora salienta que a profissão de técnico de enfermagem está sendo cada vez mais essencial no mercado de trabalho, que está precisando de profissionais, pois é uma área que sempre tem demanda. O Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (COREN) tem dificuldades em encontrar profissionais em todas as regiões do Estado. O piso salarial para o técnico de enfermagem é de R$ 3.300.
A função do técnico de enfermagem traz um contato direto com o paciente realizando curativos, banhos de leito, aplicação de injeção e atendimento na UTI. O técnico pode trabalhar em diversos ambientes como em hospital, domicílio, medicina do trabalho, prontos atendimentos, medicina privada, entre outros. “Eu costumo falar muito que o enfermeiro, basicamente, o enfermeiro prescreve os cuidados, o enfermeiro avalia o paciente, o enfermeiro prescreve esses cuidados e o técnico de enfermagem executa. Não que o enfermeiro não possa executar, o enfermeiro também tem que estar apto para executar, mas quem de fato tá ali executando aquela função diariamente é o técnico de enfermagem, então o enfermeiro faz essa função de avaliação e de orientação e o técnico executa. O enfermeiro é o responsável técnico por toda a equipe de técnicos de enfermagem, então a gente precisa muito, às vezes a demanda é muito maior de técnicos de enfermagem do que de enfermeiros”, diz Débora.
Mari Eliane conta que são disponibilizadas 25 vagas no curso técnico em enfermagem. Esse número é pensado para que os instrutores possam conseguir dar uma boa atenção ao aluno, pois o curso envolve muita técnica e procedimento que são trabalhados minuciosamente com cada um.
No SENAC há um vasto material para o aluno praticar, explica Débora. “Então, por exemplo, quando a gente vai puncionar, vai pegar uma veia, isso tem que ser feito de maneira estéreo. Então, até o jeito pra abrir a embalagem tem que ser do jeito certo. Então, a gente vai ensinar o aluno a abrir a embalagem. Errou uma vez, pega outro, abre de novo, pega outro, abre de novo. E nisso, a gente tem material pra isso, tem material disponível. Precisa fazer tal técnica de expiração, tem que ser estéreo. A gente vai ensinar o aluno a abrir e fazer essa técnica de maneira estéreo, e para isso os materiais têm que estar fechados. Então, a gente tem disponibilidade desses materiais para ensinar o aluno até ele aprender”, explica a instrutora.
Mari Eliane conta que sempre há turmas de técnicos em enfermagem, porém, nesse ano, a procura está um pouco menor. O SENAC possui duas vagas com bolsa de 100%. Porém, para concorrer é necessário preencher alguns critérios como, por exemplo, ter renda de no máximo dois salários mínimos por morador.
A empregabilidade do técnico de enfermagem é muito alta. Dos alunos formados pelo SENAC, são praticamente 100% dos alunos que saem empregados. Após o primeiro estágio, os alunos já podem ser contratados como estagiários. A procura é bem grande por técnicos e estagiários em técnico de enfermagem.
O objetivo do curso é de que o aluno consiga desenvolver competências na área, conforme Mari Eliane. “Então, ele não é assim ‘ah, vou fazer uma prova ali de 0 a 10’. Não. É uma competência que o aluno precisa desenvolver, por exemplo, pulsionar. Ele precisa saber fazer aquilo. Então, o modelo pedagógico do Senac, ele tem uma preocupação muito grande em desenvolver esse aluno pro mercado de trabalho. Por isso todo esse cuidado com as práticas, por isso todo esse cuidado com toda essa questão de desenvolver esse aluno e de preparar ele realmente da melhor forma”, explica Mari Eliane.
As aulas são realizadas das 19 às 22h. São três horas por noite de segunda à sexta, sendo todas presenciais. Ao terminar a parte teórica e prática no SENAC, os alunos vão para os estágios em outros locais que podem ser realizados de manhã, tarde ou noite.
O Senac fica na Avenida Vicente Machado, nº 24, em frente a câmara municipal. O interessado deve comparecer presencialmente das 8h às 22h, pode ligar no telefone 3421-6400, ou até pode procurar no site pr.senac.br que irá encontrar todas as informações do curso técnico em enfermagem.