Somente quatro vereadores permaneceram nos partidos que foram eleitos nas eleições de 2016. Confira como ficou a composição da Câmara
Rodrigo Zub
Vereadores iratienses: Alberto Schereda, Soldado Elias, Hélio de Mello, José Bodnar, Marcelinho Rodrigues, Rogério Kuhn, Roni Surek, Nei Cabral, Wilson Karas e Nivaldo Bartoski |
Foi finalizado na sexta-feira, 3, o período para os vereadores mudarem de partido sem perder o mandato eletivo. Durante a chamada janela partidária apenas quatro parlamentares permaneceram nas legendas que foram eleitos no pleito de 2016. Rogério Kuhn e José Bodnar (Zequinha) continuam no Partido Verde (PV). Já Edson Luiz Elias (Soldado Elias) e Alberto Schereda seguem filiados ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
Os demais vereadores migraram para outras legendas. Nivaldo Bartoski, o “Tucho”, saiu do PSDB e ingressou no Partido Social Democrático (PSD). Wilson Karas fez o caminho inverso. Ele deixou o PSD e se filiou ao PSDB. Hélio de Mello deixou o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e ingressou no PV. Essa legenda ainda passa a contar com o presidente da Câmara, Nei Cabral, que saiu do PDT. Nei diz que permaneceu 17 anos filiado ao PDT. Nesse período foi eleito vereador três vezes e também exerceu os cargos de presidente e vice-presidente da legenda no município. “Escrevi uma história no partido. Agora achei por bem sair e estou desde o dia 25 no PV a convite de alguns vereadores da cidade, do presidente municipal do partido e também a convite da deputada Leandre Dal Ponte”, disse Nei.
Já Marcelo Rodrigues deixou o Partido Progressista (PP) depois de 17 anos atuando na presidência da legenda e se filiou ao PSDB. Marcelinho como é conhecido relatou a nossa reportagem que resolveu aceitar o convite do presidente do PSDB em Irati, Ico Andreassa, e do prefeito Jorge Derbli, pois já exerce o cargo de líder do governo na Câmara. “Pela mudança da regra eleitoral acredito será uma das eleições mais difíceis porque na coligação você teria 20 candidatos agora na chapa pura são 15 candidatos para chegar no quociente eleitoral. O partido tem que estar com candidatos em condições de votos para chegar nesse quociente eleitoral que a justiça pede. A minha ida ao PSDB é pelo bom relacionamento que eu tenho com os vereadores do PSDB, por ser líder do prefeito na Câmara e por ter um bom relacionamento com todos do PSDB. Esse partido tem história no País e nossa cidade. Espero fazer um bom trabalho nesse novo caminho que escolhi seguir pelo PSDB”, afirma Marcelinho.
Roni Surek saiu do Partido Republicano da Ordem Social (PROS) e migrou para o Partido Democrático Trabalhista (PDT). Ele relata que mudou de partido depois que passou a não ter mais contato com os representantes paranaenses do PROS, o deputado federal Toninho Wandscheer, e seu filho Alisson, que é atual presidente do diretório estadual, além dos seus assessores. “Tentei por algumas vezes contatos através de mensagem, a gente tinha marcado um encontro aqui em Irati mais precisamente na minha casa, infelizmente o deputado [Toninho] não pôde comparecer. De lá para cá não consegui ter um contato direto com o deputado e seus assessores. Ano passado, o cargo de presidente foi passado para o seu filho, Alisson Wandscheer, mas mesmo assim, não fui procurado para uma conversa. Com isso, não consegui fazer um trabalho de militância para trazer novos filiados para o PROS e o PROS poder concorrer com uma chapa pura com candidatos a vereança e na disputa de prefeito e vice”, relatou Roni.
O vereador ainda observa que foi bem recebido pelo partido, que deu respaldo para desenvolver o seu trabalho. “Estou saindo do partido com um dor no coração porque no começo ele me acolheu muito bem dando total liberdade, me elegi pelo PROS com o número 90123 número que muitos tem na memória até pelo trabalho que eu venho desenvolvendo como parlamentar. Adoro o nome do partido, Partido Republicano da Ordem Social. Até alguns amigos brincavam e dizia que era o ‘Partido do Roni Organizações Surek’. Amo as cores do PROS, laranja, azul e branco. Cores que usei na campanha de 1996 quando me faltou alguns votos para me eleger [vereador] naquela época”, comentou.
Roni também agradeceu o convite que recebeu de outros partidos, mas disse que decidiu retornar ao PDT pela proximidade e amizade com o ex-prefeito Odilon Burgath e o ex-vice Renato Berger, que são filiados à legenda. “Objetivo é de fortalecer o grupo, de trabalhar em grupo e até por ser companheiro. Eu fui secretário de Esportes do prefeito Odilon por dois anos e meio e secretário de Saúde no final do mandato por 50 dias. Me deram essa oportunidade procurei honrar e deixei uma marca naquela secretaria”, agradece.
Câmara representada por apenas quatro partidos
Com as mudanças, a Câmara de Irati passa a ser representada somente por quatro partidos. PV e PSDB passam a contar com quatro cadeiras. Já PSD e PDT serão representados por um vereador. PP, PROS e MDB que tinham uma vaga agora não terão representação no legislativo. O PV teve aumento de duas vagas. Já o PSDB ganhou uma cadeira. PSD e PDT permanecem com um representante na Casa.
Janela partidária
A janela partidária foi iniciada no dia 5 de março. Esse período que autoriza a mudança de partidos foi regulamentado pela Reforma Eleitoral de 2015 (Lei nº 13.165/2015), que garantiu aos detentores de mandato eletivo a possibilidade de trocar de partido nos 30 dias anteriores ao último dia do prazo para filiação.
Confira a composição da Câmara
Alberto Schereda eleito pelo PSDB- permanece no PSDB;
Edson Luiz Elias eleito pelo PSDB- permanece no PSDB;
José Bodnar (Zequinha) eleito pelo PV permanece no PV;
Marcelo Rodrigues (Marcelinho) deixou o PP e ingressou no PSDB;
Nivaldo Bartoski (Tucho) saiu do PSDB e migrou para o PSD;
Hélio de Mello deixou o MDB e ingressou no PV;
Rogério Luiz Kuhn eleito pelo PV- permanece no PV;
Ronildo Antonio Pampuch Surek (Roni) eleito pelo PROS migrou para o PDT;
Valdenei Cabral da Silva (Nei Cabral) eleito pelo PDT ingressou no PV;
Wilson Karas saiu do PSD e migrou para o PSDB