Secretaria de Agricultura realiza curso de produção de abelhas sem ferrão em Irati

Curso, que tem como público-alvo pessoas interessadas na criação de abelhas sem ferrão, teve atividade…

02 de maio de 2025 às 21h11m

Curso, que tem como público-alvo pessoas interessadas na criação de abelhas sem ferrão, teve atividade prática de fabricação de iscas para abelhas na última terça-feira, 29/Paulo Sava

A Secretaria Municipal de Agropecuária, Abastecimento e Segurança Alimentar de Irati está realizando um curso de produção e criação de abelhas sem ferrão. O curso tem como público-alvo pessoas interessadas na criação de determinadas espécies de abelhas para o comércio dos enxames e a produção de mel.

Uma atividade prática de fabricação de iscas para abelhas foi realizada na última terça-feira, 29, na residência do fiscal da Secretaria de Agricultura, Cristiano Fritzen. Ele cria cinco espécies de abelhas no quintal de casa: tubuna, jataí, mirim, mandaçaia e manduri. Cristiano ressalta que cada abelha tem suas características, porém todas elas são sem ferrão. De acordo com ele, a produção de mel é menor que a das abelhas com ferrão, porém o valor agregado do produto é muito maior.

“Quando você consegue cumprir todas as normas para a produção do mel de abelha sem ferrão, o valor agregado é bem maior. Geralmente o pessoal procura outras fontes de renda, como a própria venda, a troca de enxames, que o pessoal procura bastante, para ter em casa para entretenimento, produção de mel, vender mais enxames, polinização, questão ambiental, tem várias alternativas com as quais você pode trabalhar”, frisou.

Cristiano avalia que o curso é importante para pessoas com ou sem experiência com apicultura. “O curso é muito importante porque tem tantas pessoas que já trabalham, mas às vezes falta aprender e sempre tem alguma coisa a mais que podem pegar, quanto pessoas bem inexperientes, que começam do zero e saem encantadas com este tipo de negócio. Eu acho que, tanto para um quanto para outro, serve muito, e tanto as pessoas que estão na área rural quanto as que moram na área urbana podem ser englobados neste tipo de criação”, enfatizou.

O instrutor da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Joel Schmidt, é o responsável por ministrar o curso. Ele ressaltou que a fabricação da própria isca é o jeito mais fácil de iniciar uma criação de abelhas. “É o método mais fácil de iniciarmos uma criação, que seria esparramar as iscas nos locais onde encontramos as abelhas, por exemplo, as jataís, as mandaçaias e as manduris. É um começo bem legal para fazermos, a baixo custo, mas a nossa ideia é profissionalizar mais este produtor e conseguirmos uma renda melhor”, comentou Joel.

Dificuldade de comercialização do mel

No Paraná, existem muitos pequenos criadores de abelhas sem ferrão. No entanto, eles enfrentam grandes dificuldades na hora de colocar o mel à venda no mercado interno brasileiro. Isto fez com que os produtores procurassem o mercado internacional para comercializar o produto. “Estamos tentando o mercado externo para colocarmos este material e aumentar consequentemente a produção. Temos a certeza de que, se conseguirmos abrir um comércio, seja interno ou externo, conseguiremos melhorar bastante a capacidade dos produtores de produzirem”, pontuou Joel.

Associação será fundada em Irati em maio

Está marcado para o próximo dia 25 de maio, às 19 horas, no auditório da Faculdade São Vicente, o evento inaugural da Associação de Meliponicultores e Apicultores de Irati. Na oportunidade, serão feitas a fundação da associação e a eleição da diretoria provisória. O produtor Johainess Kames conta que a ideia da criação da entidade surgiu por conta da quantidade de criadores de abelhas na região de Irati.

“Quando eu comecei a lidar com estas abelhas sem ferrão, eu percebi que tem pessoas mais espertas e mais avançadas do que eu que já estão lidando com estas abelhas com e sem ferrão. Assim, nasceu a ideia de nos associarmos para trabalharmos juntos e trocarmos conhecimentos. Algumas coisas são mais fáceis se as fazemos em grupo”, pontuou.

Para Joel, a reunião dos produtores em uma associação é muito importante para a divulgação e a venda do mel. “A força que tem um grupo é bem maior, com as verbas e projetos que podem ser montados. Facilita muito a chegada de verbas e a possibilidade de conseguir alguma coisa a mais, é sempre em grupo”, finalizou.

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