Rio-azulenses lançam grupo de música nativista

Grupo Tertúlia Nativista irá realizar primeira apresentação neste domingo, 3, no Centro de Eventos MartinsRodrigo…

02 de agosto de 2014 às 11h44m

Grupo Tertúlia Nativista irá realizar primeira apresentação neste domingo, 3, no Centro de Eventos Martins

Rodrigo Zub

Inspirados em Teixeirinha, José Mendes e Gildo de Freitas, quatro amigos de Rio Azul lançaram um projeto com o objetivo de tornar a música nativista conhecida em nossa região. A primeira apresentação do grupo denominado “Tertúlia Nativista” acontece neste domingo, às 15 h, no Centro de Eventos Martins. A entrada terá o valor simbólico de R$ 5. O dinheiro arrecadado será revertido para o Lar dos Velhinhos.

Ivan Gapinski, um dos integrantes do grupo rio-azulense, diz que a música nativista é diferente de outros gêneros musicais que caracterizam a “música gaúcha”, que cultua o amor pelo campo, cavalo, valores, culinária regional e a mulher. Em entrevista à reportagem da Najuá, Ivan explicou como surgiu o movimento nativista no Brasil.  

“Nós vamos tocar a música gaúcha, mas não necessariamente de baile e sim nativista, a música acústica. Com violão, baixo e acordeom. O nativismo faz parte da cultura gaúcha, mas surge no ano de 1971 no Rio Grande do Sul. O nativismo possui um contexto histórico, político e cultural. Ela pega a época da ditadura militar, guerra fria e tem a característica de tentar criar uma cultura diferente daquela que vinha do exterior, principalmente da cultura americana, que tinha grande influência no Brasil“. 

A música nativista é construída em cima de um andamento mais lento e intimista, com letras em geral conotativas e metafóricas.  “É um movimento que faz parte de um contexto nacional e que surge os novos baianos, tropicália, os festivais Brasil afora no contexto da ditadura militar e pode ser entendido como um movimento de contra cultura. Ela se distingue da música de baile justamente por ser mais acústica. A temática é um pouco diferente também. Trata-se de campo, mulher, da vida, questões mais cotidianas, numa linguagem mais metafórica”, afirma Ivan. 

O grupo rio-azulense é formado por Ivan Gapinski, Laércio Soares da Silva, Bruno Schroeder e Vinicius Surmacz. 

Em sua primeira apresentação, o grupo pretende trabalhar com composições que fazem parte dos clássicos do nativismo. Ivan afirma que a produção de músicas próprias irá depender da evolução do grupo. “Nessa apresentação iremos tocar clássicos do nativismo gaúcho. Ao todo são 18 canções. É um projeto experimental e estamos ensaiando há pouco tempo. É um projeto alternativo que se difere da música de baile, visamos um público diferente, público que goste e que vá para ouvir a melodia, interagir com a banda”, enfatiza Ivan.

Os grupos folclóricos ucranianos de Rio Azul (Dunai) e de Mallet (Spomen) também irão se apresentar neste domingo, 3, no Centro de Eventos Martins.

Por isso, Ivan convida a população para que prestigie o evento. “Será uma tarde de domingo diferente. Venha apreciar a música nativista, a apresentação dos grupos folclóricos e ao mesmo tempo colaborar com uma causa nobre para ajudar o Lar dos Velhinhos”, finaliza. 

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