Em 2018, foi recuperada a pavimentação da avenida principal e asfaltada a rodovia do Peixe
Edilson Kernicki, com reportagem de Rodrigo Zub. Fotos: Felipe Cheremeta
O segundo ano da gestão de Rodrigo Solda à frente da Prefeitura de Rio Azul foi marcado pela conclusão de importantes obras de pavimentação. Uma delas inclui o restauro da pavimentação do trevo de saída para o município de Mallet até a entrada do Bairro Beira Linha e, por extensão, o alargamento da Avenida Manoel Ribas.
A “espinha dorsal” do trânsito da área urbana do município de Rio Azul passou por alargamento a partir do acesso de entrada. A obra ainda compreende a construção de passeio padronizado e de um muro de arrimo no trecho do rio ao lado da antiga sede da Sanepar. O trecho que recebeu pavimentação asfáltica é de 4.318,10 metros quadrados.
“A obra na Avenida Manoel Ribas até se justifica. É uma avenida, nossa única avenida e precisa ser bem cuidada. Fazia 30 anos que não era feito um recape nesse trecho específico. Conseguimos fazer, com recursos próprios, com a economia do primeiro ano, e aplicá-los no segundo ano. Fizemos a parte industrial, no ano passado, e agora está sendo feito o restante do trecho”, ressalta o prefeito.
Parte da obra da avenida está sendo executada através de emenda, no trecho que compreende a primeira rotatória feita na cidade, com o propósito de ampliar a segurança no tráfego de carros e pedestres. “Ali no bairro que fica próximo ao portal, no sentido à saída para Mallet, tem muitas crianças, pois é um local de espera de ônibus escolar, e muitas casas ao redor. O entorno ali é bem denso, bem povoado. Fizemos essa rotatória para proteção”, justifica.
Solda afirma estar curioso sobre a adaptação do rio-azulense a esse novo aparato no trânsito e avalia que, para além do ganho em segurança, a rotatória representa também ganho em tempo de locomoção, que se torna mais ágil. “Hoje, nosso maior empecilho na vida, principalmente na profissional, é o tempo de locomoção. Se locomover entre as vias, entre as estradas. E a segurança é o que pauta isso. O foco ali foi em dar segurança. Vai ter uma lombada já na entrada do município para o pessoal diminuir a velocidade. A rotatória é para dar mais mobilidade e evitar criar ali um ‘gargalo’”, analisa.
“A rotatória é padrão. Não é exagerada nem muito pequena. Então é de fácil manobra e de grande visibilidade. Já estamos pensando no que vamos colocar no meio da rotatória. Vamos tentar criar um ornamento que não seja exagerado, mas que valorize esse local”, comenta Solda.
O projeto correspondia a um investimento de R$ 574.907,07, dos quais R$ 500 mil foram repassados pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano (SEDU), a fundo perdido, a partir de emenda do deputado estadual Alexandre Curi (PSB) e o restante – R$ 74.907,07 – seria a contrapartida municipal. Solda, no entanto, afirma que foi investido quase R$ 1 milhão no recape da avenida no setor industrial, no primeiro ano, e que, no segundo, foram aplicados mais R$ 700 mil no restante.
“[O valor] está próximo de R$ 1 milhão, o todo dele, que foi feito no primeiro ano, aqui na parte industrial. No segundo ano, são mais R$ 700 mil, aproximadamente, de recursos próprios que estão sendo investidos. Mais a rotatória, que foi uma emenda do deputado Alexandre Curi, são mais R$ 500 mil”, diz.
A diferença no custo teve a ver com a necessidade de resolver os problemas com a drenagem das chuvas. Conforme Solda, foi preciso rebaixar os pontos de captação da água das chuvas e melhorar o acabamento dos passeios, com meio-fio. “São 12 metros de pista, numa cidade pequena, é bem difícil de achar, e conseguimos colocar 12 metros ali”, fala o prefeito, sobre a nova largura da pista de rolamento da avenida.
O muro de arrimo foi construído ao lado da antiga estação de tratamento da Sanepar, que foi desativada. “Inauguramos a nova, que já está em atividade. Ali tem um córrego que passa e é perigoso para as crianças, pois fica na curva de entrada do município. Para que nós as protegêssemos, fizemos esse muro”, afirma.
O prefeito avalia que a conclusão desse recape representa um grande avanço para uma imagem positiva de Rio Azul na região. A obra era uma promessa de vários anos atrás que não se concretizava. O descaso, segundo ele, causava má impressão a quem vinha de outros municípios. “Era uma buraqueira. Um cartão de visitas que, na verdade, dizia ‘aqui você não é bem-vindo’ e revertemos essa história”, opina.
“Eles [a gestão anterior] tinham projetos de portais, um projeto do Ministério do Turismo. Um outro conceito que foi feito e, quando foram executar a obra, executaram errado. Então, isso causou demora, morosidade, ajustes, teve que acionar a Copel, porque tinha cabo de energia em cima do portal. Por isso essa demora. Fiz essas mudanças que eram necessárias e fizemos a conclusão do portal, que não tem nada a ver com esse dinheiro que conquistamos, através de emenda para fazer essa melhoria, esse recape completo da entrada. Como primeiro passo, tivemos que concluir o convênio, pois não podem existir dois convênios para o mesmo lugar. Então eu tinha que concluir aquilo para ter direito a uma nova parceria com o Governo do Estado ou com o Governo Federal”, esclarece.
Rodovia do Peixe
Outra importante obra de pavimentação foi a Rodovia do Peixe. A estrada, assim denominada devido à presença de rios, alagados e tanques no seu entorno, é a principal via de ligação entre a área urbana e sete localidades de Rio Azul. “Foram executados 2,6 km de pavimento novo e foi feito o recape de um bom trecho saindo do trecho urbano, a partir da Vila Cristo Rei, indo para a comunidade de Palmeirinha, onde já existia um asfalto, que estava precário. Fizemos esse recape em pontos específicos”, diz.
Além disso, houve melhora no escoamento de água na rodovia, para reduzir sua degradação com tempo a partir da ação da erosão. As antigas valetas nas margens foram substituídas por canaletas de concreto. “Quem passa por ali olha e até parece uma BR, de fato, porque, apesar de não ter acostamento, tem essas canaletas, como na BR-153. Não fiz acostamento porque, de fato, não é uma BR, é uma estrada rural. Mas ela foi feita com acabamento para que aumente a durabilidade”, compara.
A obra também foi executada a partir de investimento do Governo do Estado obtido via emenda parlamentar do deputado Alexandre Curi, na ordem de R$ 1,5 milhão, e mais cerca de R$ 200 mil de contrapartida municipal.
A pavimentação já foi concluída e liberada para trânsito. Contudo, ainda falta sinalização vertical, especialmente com placas que advertem para os limites de velocidade.