Retomada da obra do Centro Cultural depende de finalização de projeto

SETI não detalha prazos, mas indica que a licitação para retomada deve ocorrer assim que…

27 de agosto de 2014 às 12h21m

SETI não detalha prazos, mas indica que a licitação para retomada deve ocorrer assim que finalizado o novo projeto
Da Redação, com reportagem de Rodrigo Zub

O secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), João Carlos Gomes, disse não ter detalhes a respeito dos problemas quanto à prestação de contas do projeto de construção do Centro Cultural Denise Stoklos, que o assunto vem gerando muita polêmica e que entende a expectativa da cidade de Irati em torno de sua conclusão.

Tendo assumido a pasta há cerca de um ano, o secretário não se considera capaz de opinar a respeito da questão que envolve as multas aplicadas pelo Tribunal de Contas do Estado referente a erros cometidos no passado.

Mesmo assim, como à época era reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), acompanhou os desdobramentos do momento em que a responsabilidade pela obra foi repassada à Unicentro. “A obra tinha um orçamento inicial e foi paralisada em função de atrasos e a empreiteira parou. Aí houve essa questão de Tribunal, que eu não tenho detalhes. O atual governo assumiu essa obra, inclusive repassando-a para a Unicentro, e o novo projeto que foi elaborado já não era mais com o valor de R$ 6 milhões ou R$ 7 milhões, foi de R$ 10 milhões”, relembra.

Segundo João Carlos Gomes, o projeto do Centro Cultural está sendo adequado e, no momento, ele busca junto à Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL) e à Secretaria de Obras Públicas (SEOP) finalizar o projeto para que as obras sejam reiniciadas dentro dos próximos meses ou, no mais tardar, no ano que vem.

Inicialmente, previa-se a necessidade de mais R$ 4 milhões para a conclusão do Centro Cultural. O secretário afirmou desconhecer se havia ou não possibilidade de destinação desse recurso através do Ministério da Cultura ou que este valor tenha sido transferido a outra pasta. O que ele assegura é que a SETI tem trabalhado junto ao governo para viabilizar esses recursos estaduais para a conclusão da obra.

Gomes admite que há a possibilidade de serem firmadas parcerias para a viabilização desses recursos. Ele cita que no período em que foi reitor da UEPG vinha sendo executada a reforma de um prédio através de parcerias com outras instituições.

“Hoje, a determinação do governador é que, finalizando o projeto, nós iniciemos, efetivamente, o novo processo licitatório para a conclusão das obras”, garante.

© Paulo Henrique Sava

Obra do Centro Cultural deveria ter sido concluída em 2010
© Paulo Henrique Sava

Segundo orçamento do governo estadual são necessários aproximadamente R$ 10 milhões para conclusão da obra

Requião fala sobre irregularidades em convênio

Em maio deste ano, a Primeira Câmara do Tribunal de Contas do Estado (TCE) julgou irregular a prestação de contas do convênio entre o Paranacidade e a secretaria de Cultura para construção do Centro Cultural.

Com isso, o TCE aplicou multas a ex-superintendentes do Paranacidade, durante a gestão do ex-governador Roberto Requião. “Nada foi mal planejado. O Tribunal de Contas criou um pequeno caso, inclusive multou o secretário da área em R$ 700”, rebateu Requião em entrevista à Najuá no dia 30 de julho durante o programa Café Com Notícias.

O senador acusou a existência de “maracutaia” para o fato de que o orçamento para a continuidade da obra ter se tornado superior ao que previa todo o projeto inicial. “Tem alguém querendo ganhar uma fortuna para fazer um acabamento que custa mais do que o teatro inteiro”, ironizou.

Perguntado sobre a origem da verba de R$ 4 milhões, inicialmente orçada pela secretaria da Cultura, Requião desconversou. “Estou há muito tempo afastado, não tenho a menor ideia de onde veio”.

A paralisação das obras do Centro Cultural ocorreu em outubro de 2010, quando estavam executados 47% dos trabalhos previstos, que consumiram aproximadamente R$ 920 mil.

Valor para conclusão da obra

Em março de 2014, o reitor da Unicentro, Aldo Bona, em entrevista à Najuá, informou que, de acordo com avaliação do Paranacidade, seriam necessários R$ 6 milhões para a conclusão da obra e que a Unicentro conseguiu R$ 6,5 milhões.

No entanto, uma nova avaliação orçamentária, desta vez realizada pela Paraná Edificações, implantada pelo governo do Estado em 2012, indicou a necessidade de R$ 9 milhões, sendo R$ 6 milhões para o acabamento e R$ 3 milhões para o mobiliário.

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