Alfredo Van Der Neut garantiu que município tem recursos suficientes para concluir a obra. Local deve abrigar um museu com a história das famílias iratienses
Paulo Henrique Sava
A retomada da restauração da Casa da Cultura, paralisada desde novembro de 2018, depende de uma nova licitação. A informação foi confirmada pelo secretário de Cultura, Patrimônio Histórico e Legado Étnico, Alfredo Van Der Neut, em entrevista à nossa reportagem.
A empreiteira ENG9 Construção Civil Eirelli Ltda. alega que não recebeu parte dos recursos para continuar a obra. O valor total do contrato é de R$455.392,35, conforme dados do Portal da Transparência do município. O secretário garantiu que existem recursos suficientes para terminar a restauração.
A Casa da Cultura também funcionava como sede da Secretaria de Cultura, Patrimônio Histórico e Legado Étnico, que provisoriamente está ocupando uma sala no Centro Cultural Clube do Comércio. Por isso, Alfredo diz que é preciso agilizar as obras no local. “Eu vou procurar, dentro do tempo mais rápido possível, fazer com que se destravem estes problemas e que possamos alocar alguém para fazer, terminar e deixar como era”, destacou.
Alfredo lembra que a casa foi doada para o município pela família Gomes, uma vez que o imóvel pertenceu ao prefeito Edgard Andrade Gomes, que ocupou a Prefeitura por quatro mandatos. “Agora, cabe ao município continuar o trabalho e fazê-la funcionar”, ressaltou.
Na opinião de Alfredo, assim que a restauração esteja concluída, a Casa da Cultura voltará a oferecer um pouco de conhecimento sobre a história do município para os iratienses. “Eles podem conhecer aquilo que o município oferece, algumas áreas de lazer, atividades e quer conhecer como Irati foi criada. Alí é o “cérebro”, o ponto de referência que dá oxigenação. Para que tudo isto funcione, é preciso que haja alguém ali dentro informando e trazendo condições de atendimento direto e aberto ali na Casa”, pontuou.
Museu das famílias iratienses
Depois da restauração, a Casa da Cultura deverá abrigar também um museu formado por objetos que representam a história cultural das famílias iratienses. O secretário afirma que muitas pessoas colecionam em suas casas objetos bem antigos e que eles podem ser guardados e expostos em um local adequado e específico para isto.
“São doações de muita gente que quer deixar o nome de sua família e pode oferecer peças de antiguidades que funcionavam como uma jorna, um debulhador de milho, uma vitrola, uma gaita, tudo o que é antigo e que funcionava, desde um ferro na brasa, para que a nossa população futura tenha um lugar para visitar e veja como os nossos antepassados viveram”, pontuou.
“Tinham lampiões bonitos que estão guardados em caixas, e tem histórias bonitas de famílias que precisamos registrar. Por isto, gostaria de colocar que a Casa da Cultura, assim que esteja restaurada, terá uma sala para iniciar e, se faltar espaço depois, vamos alocar um local para isto tudo”, finalizou.