Residências Inclusivas de Irati acolhem mulheres com deficiência e se destacam no Paraná

28 de julho de 2025 às 14h12m

Com duas unidades em funcionamento, serviço acolhe mulheres com deficiência em situação de vulnerabilidade e promove autonomia, vínculos sociais e reintegração familiar/ Texto de Diego Gauron; entrevista de Edson Luis

Acolhidas pela Casa Inclusiva de Irati visitam a Rádio Najuá. Foto: João Geraldo Mitz

Resumo
•Residências Inclusivas de Irati acolhem mulheres com deficiência em situação de vulnerabilidade, com foco na autonomia e reintegração social.
•Unidades funcionam como casas comuns, sem identificação externa, e oferecem ambiente acolhedor e atividades de socialização.
•Serviço é referência no Paraná e os encaminhamentos são feitos pelo Governo do Estado, via Departamento de Proteção Social Especial.

As Residências Inclusivas de Irati, conhecidas como Casa Rosa e Casa Amarela, oferecem acolhimento institucional para mulheres com deficiência que foram afastadas do convívio familiar por situações de violação de direitos. As unidades são mantidas em regime de cofinanciamento entre o Governo do Estado e o município, com capacidade total para atender até 20 pessoas, sendo 10 em cada casa.

Localizadas nos bairros Alto da Glória e Centro, as casas têm estrutura semelhante a de um lar comum e seguem as orientações do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Não há placas de identificação nas fachadas e o ambiente é pensado para oferecer conforto, afeto e uma rotina de vida o mais autônoma possível às acolhidas.

Atualmente, a Casa Rosa abriga até dez mulheres, enquanto a Casa Amarela acolhe outras oito. A coordenadora das unidades, Kelly Marques da Silva Wasilewski, explica que as residências funcionam como moradias comuns, com atividades diárias voltadas à socialização e desenvolvimento da autonomia.

As unidades são referência no estado e já foram citadas em congressos da área de assistência social como exemplo positivo de metodologia e estrutura. O trabalho realizado busca a reabilitação psicossocial de mulheres que vivenciaram situações graves de negligência, muitas sem vínculos familiares e com perspectivas limitadas de vida autônoma antes de chegarem às casas.

Na última quinta-feira (24), as acolhidas fizeram uma visita especial à Rádio Najuá, em Irati. Acompanhadas da equipe, elas conheceram o funcionamento da emissora, cantaram e participaram de um momento de descontração, mostrando o espírito alegre e participativo que é incentivado nas residências.

O acesso ao serviço é feito de forma regionalizada, por meio do Departamento de Proteção Social Especial do Estado (DPCE). Os encaminhamentos são analisados pelos escritórios regionais da assistência social e pela equipe técnica em Curitiba, responsável por avaliar se o perfil da pessoa é compatível com o serviço de Residência Inclusiva. Em caso positivo, é realizado o encaminhamento para uma das unidades de Irati.

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