Projeto “Irati UniverCidade Olímpica” completa 27 anos em 2024

Diversas atividades esportivas são oferecidas gratuitamente à comunidade iratiense em parceria entre a Unicentro e…

06 de julho de 2024 às 10h48m

Diversas atividades esportivas são oferecidas gratuitamente à comunidade iratiense em parceria entre a Unicentro e a Prefeitura de Irati/Paulo Sava

Professor Paulo Roberto Machinski, coordenador do projeto “Irati UniverCidade Olímpica”, que completa 27 anos em 2024. Foto: Paulo Sava

O projeto “Irati UniverCidade Olímpica” completa 27 anos em 2024. Através dele, diversas atividades esportivas são oferecidas gratuitamente em parceria entre a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer e o Departamento de Educação Física da Unicentro.

O projeto, criado em 1997, tinha o nome de “Desporto e recreação”. Na época, eram oferecidas 12 modalidades esportivas e uma recreativa. Depois, em 2005, atendendo a diretrizes do Ministério do Esporte, o nome foi modificado para “Irati UniverCidade Olímpica”.

Em entrevista à Najuá, o professor Paulo Roberto Machinski, que coordena o projeto desde o início, destacou que o projeto sempre teve diversas modalidades esportivas, mas algumas cresceram mais que outras.

“Temos o voleibol, que é o projeto que tem o maior número de participantes, mas entre outros temos o basquete, que Irati sempre teve tradição, o futebol, o atletismo, a ginástica artística, projeto que desenvolvemos há bastante tempo, entre outros. Em todos eles, nós realizamos competições e os alunos se sentem motivados, pois todo aquele que treina quer participar de alguma competição. Todos os esportes têm várias competições durante o ano”, pontuou.

Equipe de voleibol sub-14 vice-campeã do 1º GP da Liga de Voleibol do Paraná, realizado entre os dias 31 de maio e 02 de junho em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Foto: Paulo Roberto Machinski

Atletas revelados – Vários atletas que participaram do projeto partiram até para carreiras internacionais no esporte. Alguns deles atuaram no Parma Regiana, da Itália, no Murcia, da Espanha, e até na Liga Americana de Voleibol, como é o caso de Nicole Gartner, filha da professora Marileia (do Departamento de Letras da Unicentro), que está sempre entre as 10 melhores ranqueadas. Na opinião do professor, estes atletas se tornam exemplos para os que estão iniciando no projeto. “Isto se torna um espelho: cada vez que estes atletas visitam o projeto e contam suas histórias, motivam ainda mais os novos que estão começando”, frisou.

No cenário nacional, vários atletas estão atuando por equipes como o SESI, de São Paulo, como foi o caso de uma estudante do Colégio do Rio do Couro. Outros chegaram até às seleções brasileiras de base. “Tivemos atletas que jogaram no masculino, na seleção brasileira juvenil e júnior, e passagens por Taubaté, São Caetano, entre outros clubes. Todo ano tem algum atleta se revelando, e agora com a equipe adulta (de vôlei feminino) de Irati em destaque, temos algumas jogadoras atuando na equipe adulta aqui de Irati”, pontuou.

Alguns atletas foram vistos participando do projeto em Irati e chamados para atuar em equipes de outras cidades. Outros clubes, sabendo do trabalho de base feito em Irati, procuram o projeto solicitando atletas, segundo Paulo.

“É comum os clubes estarem sempre em contato com aqueles que formam. Hoje, não há muitos clubes formadores, a maioria procura pronto, só para dar uma lapidada e estar mais em condição de jogo. Ninguém gosta de fazer este trabalho de ensinar, que é trabalhoso e você não aproveita todos. Então, os clubes não querem fazer este trabalho, e aqueles que fazem são sempre procurados. Irati é sempre procurada em busca destes atletas. Nós também encaminhamos aqueles que se destacam e estão jogando em um nível que podem seguir carreira. Temos os contatos dos clubes e encaminhamos, mas depende da vontade do atleta e da família, que o apoia e quer que ele siga na carreira”, afirmou.

Projeto em Alagoas – Em 2006, atletas que faziam parte do projeto foram para Maceió-AL, onde havia um projeto do CRB para o voleibol. A partir daí, o projeto iratiense se expandiu e se tornou um incentivo para que os atletas possam seguir carreira, na visão do professor.

“Nós não seguramos, e isto é importante frisar. Tem muitas equipes formadoras que escondem o atleta, e isto é ruim para ele, que só joga ali e depois não tem continuidade. Se a cidade não tem uma equipe com a qual ele possa dar continuidade nos seus treinamentos e competições, ele não faz uma carreira. É importante saber até onde podemos ficar com o atleta e quando ele deve sair. Tivemos muitos atletas que saíram e depois voltaram, inclusive servindo a equipe adulta. Este é um ponto importante que trabalhamos: pensamos no atleta”, frisou.

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AVI – Paulo considera a Associação de Voleibol Irati um ponto importante para as atletas da modalidade formadas pelo projeto. “Inclusive, no início do vôlei adulto aqui, principalmente, 50% eram atletas de Irati. Para ter uma equipe disputando a nível de confederação ou de federação, é exigido que haja pelo menos uma equipe de base. Irati já tinha uma estrutura boa pronta para dar continuidade ao trabalho. É importante que este trabalho da equipe adulta está se formando cada vez mais, já no quarto ano, que está indo muito bem e que serve de espelho para as meninas menores. Tem muitas que já estão fazendo um trabalho de transição, treinando na base e também no adulto, e algumas já estão jogando”, comentou.

Equipe de voleibol feminino sub-16 conquistou o 3º lugar na Liga de Voleibol do Paraná, em Pinhais. Foto: Paulo Roberto Machinski

Projeto – O projeto foi firmado através de um convênio de cooperação técnico-científica, que envolve as ações do esporte pela Unicentro e pela Prefeitura de Irati. No começo, a ideia era de oferecer atividades esportivas para as crianças, jovens e adolescentes de Irati utilizando as estruturas do município e de clubes, como campos de futebol, ginásios e piscinas, uma vez que a universidade dispunha de poucos espaços para o desenvolvimento das atividades, de acordo com Paulo.

“No começo, não tínhamos quase nada, apenas a pista de atletismo e o campo de futebol. As demais estruturas eram dos municípios, e algumas, como piscinas, tínhamos convênios com clubes, espaços que não tínhamos na Unicentro. Hoje, com o projeto bem alavancado e estruturado, todas as modalidades cresceram e muitas já têm até seus patrocinadores, o que é um facilitador”, comentou.

Além das estruturas, o material esportivo também é doado pela Prefeitura. Atletas que participam do projeto têm a oportunidade de participar de competições, como a Copinha de Voleibol de Irati, que em 2024 chega à sua 18ª edição.

Categorias – O projeto foi dividido em três categorias: esportes de quadra, de campo e ginástica. A qualquer momento, novas modalidades podem ser inseridas na estrutura do projeto. Nos esportes de quadra, tem o voleibol, o basquete e o handebol. Outros esportes são o atletismo e o futebol, além do projeto de ginástica artística, que vem sendo trabalhado no pavilhão didático do curso de Educação Física do campus Irati da Unicentro.

Novo ginásio – Além do pavilhão didático, em breve, a Unicentro passará também a contar com um novo ginásio, tido por Paulo como uma conquista importante para a sociedade iratiense. “Isto foi uma conquista importante que conseguimos com o professor Aldo (Nelson Bona, secretário de Ciência e Tecnologia do Paraná) junto ao Ministério do Esporte, e vários deputados nos ajudaram a trazer este recurso e dar continuidade. Hoje, ele está quase terminado e deve ser inaugurado este ano. Já era para ter sido inaugurado, mas o projeto foi adiado porque nós somos exigentes, queremos que eles façam o que precisa, um ginásio a nível internacional, como nós fizemos o projeto, para atender as modalidades e entidades que administram o esporte, para desenvolver qualquer competição”, pontuou.

Participantes – O número de participantes varia de acordo com as modalidades a cada ano. Somente no voleibol, cerca de 200 crianças atuam no período da manhã e outras 250 durante a tarde. Já na ginástica, aproximadamente 70 alunos participam do projeto. No basquete, orientado pelo professor Luciano Menon, há outros 50 atletas.

Não há limite de idade mínimo para participação nas atividades, segundo o professor. “Depende do desenvolvimento da criança e da adaptação dela aos grupos já existentes. Já tivemos crianças com 7 anos participando do voleibol, sendo que a maioria começa com nove ou dez anos. Tem também aqueles que vão e veem que a faixa etária é muito diferente. Nós não limitamos, podem mandar as crianças que nós aceitamos a partir do desenvolvimento dela, onde ela se encaixe e possa participar. Na ginástica artística, por exemplo, quanto mais novo melhor”, finalizou.

As inscrições estão abertas o ano todo, através da Secretaria Municipal de Esportes, no Departamento de Projetos Esportivos da Unicentro ou nos ginásios Agostinho Zarpellon Júnior (Batatão) e Fortunato Colaço Vaz, no Rio Bonito. O telefone da Divisão de Projetos Esportivos é (42) 3421-3072.

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