IFPR incentiva mulheres nas áreas de tecnologia e ciências

Projeto, encabeçado pela professora Talita Rodrigues Pimenta, é voltado para as áreas de tecnologia da…

11 de setembro de 2024 às 19h24m

Projeto, encabeçado pela professora Talita Rodrigues Pimenta, é voltado para as áreas de tecnologia da informação, engenharias e ciências, e recebeu recursos na ordem de R$ 300 mil/Paulo Sava

Professora Talita Rodrigues Pimenta, coordenadora do projeto, e Patrícia Tiumann, diretora-geral do campus Irati do IFPR. Foto: Paulo Sava

Um projeto de incentivo à permanência de mulheres nas áreas de tecnologia da informação, engenharias e ciências, criado por uma professora do campus Irati do Instituto Federal do Paraná (IFPR) foi contemplado com bolsas oferecidas pelo Governo Federal

No total, o projeto recebeu um investimento no valor de R$ 300 mil. Serão distribuídas 20 bolsas que variam de R$ 400 a R$ 1500 para incentivar a permanência das estudantes, especialmente em cursos de graduação na área de informática e também nas ciências e engenharias.

Em entrevista à Najuá, a professora Talita Rodrigues Pimenta, do departamento de informática do campus Irati do IFPR, contou que a maior quantidade de desistências de estudantes mulheres acontece justamente nas graduações das áreas citadas.

“O que percebemos, não somente em Irati, mas no Brasil inteiro e no mundo, o pessoal do Ensino Médio, as meninas permanecem o curso inteiro e se formam. Já na graduação, tem uma evasão, uma desistência muito grande. Esta chamada pública do governo é para manter e ter êxito das mulheres nas áreas de tecnologia, ciências e engenharias. Aí, fomos contemplados com este valor. Vão ser mais de 20 bolsas para professoras das redes estadual e municipal que dão aula na área de informática e para nossas alunas também”, frisou.

Incentivo – Para Talita, o projeto serve como forma de incentivo para a permanência das estudantes, além de criar um ambiente de acolhimento e de troca de experiências entre os participantes. “É também para ter um ambiente de acolhimento e troca de experiências entre professores do Brasil inteiro para tentar motivar estas alunas a permanecerem”, pontuou.

Número de mulheres baixo – O número de mulheres que participam das graduações no setor de ciências exatas é baixo, segundo a professora. “Se você tem 40 alunos por turma, na graduação temos em torno de cinco mulheres no máximo, e infelizmente se formam menos ainda, isto por causa de maternidade, preconceito, por acharem que é um curso mais masculino, de não se adaptarem e não se sentirem pertencendo àquela área. Então, é este o objetivo do projeto: tentar mudar esta mentalidade e a realidade”, frisou.

O projeto é voltado para alunas e professoras da rede municipal e estadual, além de estudantes do Ensino Médio e da graduação do próprio IFPR. Os editais ainda não foram divulgados. Serão oferecidos cursos de programação, desenvolvimento web e outras áreas, em cursos gratuitos.

Mulheres – Patrícia Tiumann, diretora geral do campus Irati do IFPR, destacou que a unidade procura atender as mulheres de forma especial, uma vez que a instituição possui várias delas em cargos de chefia. Entre elas, a própria Patrícia, que é a terceira diretora do sexo feminino a comandar o campus.
“Isto traz uma visibilidade para as nossas alunas, para que elas percebam que a mulher possa estar onde ela quiser, embora seja meio clichê dizer isto, mas é algo que precisamos ir reafirmando o tempo todo”, comentou.

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Curso de Libras – Outro projeto que está sendo oferecido pelo IFPR para a comunidade é o curso de formação inicial e continuada em Libras (Linguagem Brasileira de Sinais). Este projeto é voltado para pessoas em situação de vulnerabilidade social. As aulas são realizadas às segundas e terças-feiras, das 13h15min às 16h30min. O projeto faz parte de um programa do Governo Federal, denominado “Mulheres Mil”. Patrícia contou como o projeto funciona.

“Nós fizemos uma parceria com os CRAS (Centros de Referência em Assistência Social) aqui do município de Irati e temos hoje 25 mulheres que vêm duas tardes na semana para estudar conosco. Elas têm um incentivo financeiro porque entendemos que elas estão numa situação de vulnerabilidade e complicada. Nós precisamos que estas mulheres aprendam e conheçam seus direitos. Elas estudam Libras e também outros conteúdos dentro do curso, estão se formando cada vez mais como cidadãs participativas, o que acaba muitas vezes sendo deixado em segundo plano, e vão sair daqui com uma formação em Libras básico. Nesta área, observamos que há um mercado de trabalho muito grande. Nós temos dificuldade para contratar intérprete de Libras, precisamos formar mais profissionais e começamos através do programa Mulheres Mil”, contou.

O projeto é coordenado pela professora Sara, de Libras. Professores de outras disciplinas também ministram aulas neste curso, que é presencial.

As aulas dos dois projetos acontecem no campus do IFPR, na Vila Matilde. Mais informações podem ser obtidas na secretaria do campus Irati, na rua Pedro Koppe, 100, na Vila Matilde, pelo telefone 0800 727 8062, no portal e nas redes sociais do IFPR.

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