Evento foi realizado no último final de semana no Parque Aquático e reuniu apresentações artísticas, encontro de carros antigos, brinquedos para a criançada e praça de alimentação. No total, foram vendidas mais de 15 toneladas de frutas/Paulo Henrique Sava

Centenas de pessoas que passaram pelo Parque Aquático de Irati no último final de semana puderam conferir as atrações da 42ª Festa do Pêssego. O evento reuniu apresentações artísticas locais, encontro de carros antigos, brinquedos para a criançada e praça de alimentação nos dois dias. Durante o evento, os visitantes puderam também adquirir pêssegos e ameixas produzidos pelos 14 fruticultores que participaram da festa. Segundo a Secretaria de Comunicação (SECOM), foram vendidas mais de 15 toneladas das frutas.

O produtor Natálio Wnuk, do Guamirim, participa da festa há mais de 20 anos. Ele contou que neste ano produziu somente o pêssego para o evento. “São mais de 20 anos participando, trazendo o melhor da gente. Agora tenho somente o pêssego”, destacou.

Outro produtor que também participou da festa foi Eugênio Demczuk, que vende seus frutos durante o evento há aproximadamente 20 anos. Para ele, a festa sem os atrativos como o borrego no rolete, shows e o salão de negócios não ficou completa. “É uma pena não estar completa a festa, porque falta o borrego no rolete, praça de alimentação, um show, enfim, mas vamos participar. Eu participo já há muitos anos da Festa do Pêssego, então é mais um ano que estamos expondo”, comentou.

Eugênio ressaltou que a qualidade dos pêssegos produzidos neste ano está boa. “Temos pessoas competentes na área, e tudo depende do tempo, da poda, de passar os produtos certos, mas não muito veneno. Tem que proteger dos bichos porque chegar e vender bicho na festa não dá. Meus pêssegos são lavados e escovados, não tem aqueles pelinhos nem nada, é pêssego liso. Podem ter certeza de que o produto é bom”, pontuou.

O produtor Natalino Mascarello afirmou que, mesmo com a situação climática (com a geada tardia de agosto e setembro e o excesso de chuvas em outubro) tendo prejudicado um pouco a qualidade dos frutos, a produção foi relativamente boa. “A produção foi relativamente boa, apesar do tempo muito ruim, pois tivemos um mês de outubro somente de chuva, frio e sem sol, então ele (pêssego) não transformou a substância dele em açúcar para ficar mais gostoso. Mesmo assim ele está muito bom, muito gostoso, a qualidade dele está boa. A produção foi um pouco menor, mas dá para faturar uns ‘pila’ para continuarmos na atividade. Dá para cobrir os custos e a mão de obra, que hoje em dia é bastante cara, mas vai tranquilo”, afirmou.

Produção – Eugênio acredita que não conseguirá produzir uma grande quantidade de pêssegos e ameixas nesta safra. “Eu não vou produzir muito, até porque eu tenho pêssego de três anos que entrou em produção boa agora. Até 15 dias atrás eu estava trazendo pêssego de fora porque aqui não tinha. Eu trazia do norte do Paraná e de Santa Catarina, mas hoje tenho produto próprio, as ameixas e pêssegos são produtos meus, tanto da minha propriedade em Fernandes Pinheiro quanto do Pirapó”, contou Eugênio.

Assim como Eugênio, Natalino também não acredita em uma boa produção neste ano. Com as perdas que teve, ele estima que irá colher cerca de 5 toneladas de pêssegos nesta safra. O prejuízo maior dos produtores será com as variedades tardias, que deveriam ser colhidas no final de dezembro, mas foram totalmente perdidas. “Das mais tardias, que entrariam agora entre o final de dezembro e o começo de janeiro, eu não vou ter nada”, comentou.

Preço – Em média, cada produtor está comercializando o pêssego a R$ 7 o quilo. “É um preço razoável, não é caro e também não é dado de graça, porque tudo tem custo. No ano passado, eu pagava por um saco de adubo cerca de R$ 70 a R$ 80. Neste ano, pelo mesmo adubo eu paguei R$ 200, então quase triplicou o preço. Os inseticidas e fungicidas para controlar as moscas do fruto e a podridão, tudo subiu, e o preço mantivemos o mesmo do ano passado”, frisou.

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Simulador de corridas – Outro atrativo da Festa do Pêssego foi um simulador de corridas de automóvel, que foi instalado de graça para as crianças dentro do Pavilhão de Exposições João Wasilewski. Nela, os baixinhos tiveram a oportunidade de simular corridas de Stock Car e de Fórmula 1, segundo contou o empresário Sérgio Gomes. “Você pode andar desde o Kart até uma categoria que a criançada brinca que é o Fórmula 1. É um simulador para eventos que tem dentro do sistema uma condição para pilotos profissionais, que hoje é muito utilizada por vários pilotos que fazem treinos antes de ir para uma prova com carros de verdade. Você pode mexer em todo o ajuste de qualquer carro, seja na asa, suspensão, carga de mola, pressão de freio, é um simulador bem completo que hoje está configurado para a criançada”, pontuou.

No equipamento, é possível simular corridas com carros de Stock Car, Fórmula 1 e até mesmo o Fusca. Veículos utilizados por pilotos que marcaram história no automobilismo, como Nicki Lauda, também podem ser acessados no simulador. “Tem do Nicki Lauda, aquela Ferrari vermelha dele, a Lotus do Emerson Fittipaldi, então você pode escolher qualquer tipo de carro, tem até fusquinha para andar. Dá para mudar, você pode escolher, eu mudo dentro do sistema e troco de jogo”, comentou.

Algumas empresas de Irati patrocinaram a montagem do simulador na Festa do Pêssego. Sérgio ressaltou que a manutenção deste equipamento tem um custo muito elevado. “O custo hoje é muito caro, e é uma vertente no mundo. Hoje temos vários campeonatos, várias ligas de simulador que dão até vagas para campeonatos em carros de verdade, com premiações em dinheiro e tudo o mais”, afirmou.

Além da Festa do Pêssego, o simulador de corridas já foi levado para outros eventos, como a 1ª Expo Irati, em agosto, e no evento “Down Brothers”, ambos realizados no CT Willy Laars.

Fotos: Paulo Henrique Sava

Agradecimento – Em seu discurso, o prefeito Jorge Derbli agradeceu às secretarias de Cultura e Turismo e de Agropecuária, Abastecimento e Segurança Alimentar pela organização do evento. “Quero fazer um agradecimento à Samantha (Regina dos Santos Ferreira, secretária de Cultura e Turismo) pelo trabalho que vem fazendo na organização junto com os demais secretários e secretárias que vieram prestigiar este evento da nossa gestão. Agradeço ao secretário Mundio (Raimundo Gnatcoski), empenhado na questão da agricultura e da fruticultura, do crescimento e desenvolvimento de coisas boas para os nossos agricultores, como estamos com projetos de uva e maracujá e tantas outras coisas que estão acontecendo. A secretaria de Agricultura está em evidência porque está trabalhando sempre em prol dos agricultores”, pontuou.

Fotos: Paulo Henrique Sava e SECOM