Livro “Um diálogo inesperado” foi escrito pela iratiense Trycia Mello, em parceria com Renato Dutra e será lançado amanhã, 13, das 11h às 20 horas em São Paulo/Paulo Sava, com reportagem de Rodrigo Zub

Oito histórias horripilantes marcam o enredo do livro “Um diálogo inesperado”, que será lançado amanhã, 13, das 11h às 20 horas na Associação Aishi do Brasil, em São Paulo, pela editora Andrus. No evento, serão lançados 21 livros de autores diferentes.

A obra, escrita pela professora iratiense Patrícia Padilha de Mello, conhecida no meio artístico como Trycia Mello, em parceria com Renato Dutra, é composta por contos de terror marcados não somente por cenas com sangue, vísceras, fantasmas, mas por conter o que ela chama de “terror social”.

“Este livro tem um narrador que dialoga com o ser invisível da nossa sociedade, que é o morador de rua. Então, durante o livro, você pode ler os contos isolados, que farão sentido porque cada um tem uma história. Se você ler o livro todo, o nosso narrador convida o leitor a fazer uma reflexão sobre quem é o verdadeiro monstro, o homem ou a criatura”, comentou.

Este é o segundo livro de autoria de Trycia. Ele poderá ser adquirido com a própria autora, por meio de pedidos através de sua página no Instagram ou pelo WhatsApp (12) 99741-4293.

Anteriormente, ela havia lançado um livro de microcontos denominado “Sob medida”. Nesta modalidade, o leitor pode participar quase que ativamente da história, por se tratar de uma narrativa extremamente curta. Cada história contém, no máximo, 140 caracteres, incluindo pontuação e espaços. “É uma forma de leitura muito gostosa porque o leitor participa da história e fica imaginando como aconteceu. Este livro eu escrevi com o Renato Dutra e a Geane Lima, uma poetisa e um escritor especialista em terror. Os microcontos têm várias temáticas”, frisou.

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Atualmente, Trycia, que é professora de História, de Escrita Criativa e de Educação Empreendedora formada pela Unicentro, dá aulas em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, e já atuou em Taubaté. Ela está na região há cerca de 3 anos.

No dia do lançamento do livro, às 18 horas, está marcada a entrega do prêmio “Stricks de Literatura”, no qual os autores da própria editora votam entre si em três fases. Trycia também participa desta premiação. “Na 1ª fase, são os autores que votam entre si e nas próprias coletâneas, mas não nos livros solos, mas nas próprias coletâneas da editora. Eu sou organizadora de uma coletânea de memórias e participo como escritora convidada de uma outra de terror”, pontuou.

Na 2ª fase, a votação é feita com os organizadores das coletâneas, sem que os votantes saibam quem escreveu os textos. Já na fase final, para a qual são classificados 5 finalistas em cada coletânea, a votação é feita por um júri externo, sem vínculo com a editora. Isto serve para dar lisura ao processo de escolha do vencedor de cada categoria, que recebe uma coruja dourada como prêmio, segundo Trycia. “É uma cerimônia alusiva ao Oscar, mas da literatura”, frisou.

Trycia é natural de Irati e residiu no município até 2003, quando se mudou para Curitiba, onde casou e constituiu família. Depois, ela e a família foram para o Vale do Paraíba, onde, segundo ela, a fomentação da literatura e das artes em geral é mais dinâmica. “Aqui tem-se uma política de reconhecimento e incentivo à cultura muito grande. Neste período, eu também me tornei cineasta, com área de atuação no roteiro e na direção. Em 2021, eu lancei um curta-metragem chamado “A Cabeça”, que foi exibido em 5 países e, em breve, estará disponível no YouTube”, pontuou.

Mesmo tendo todo o incentivo para a sua carreira no Vale do Paraíba, Trycia tem planos de retornar à Irati. “Eu tenho planos de voltar para Irati sim. Meu coração e toda a minha família moram aí e, se tudo der certo, em breve estarei voltando para minha terra amada”, afirmou.

Até o final de 2023, Trycia deve lançar outros três filmes, “Toque”, “Perdido” e “Bons tempos”. “No ‘Toque’, eu serei diretora, no ‘Perdido’, serei assistente de direção, e no “Bons tempos”, que fala sobre a época da Ditadura Militar, eu serei assistente de direção também”, finalizou.