Professor formado na Unicentro lança livro de literatura infantil

Livro é voltado para crianças de 1 a 8 anos e aborda a importância de…

22 de dezembro de 2021 às 00h15m

Livro é voltado para crianças de 1 a 8 anos e aborda a importância de uma horta sem agrotóxicos/Karin Franco, com reportagem de Paulo Sava e Rodrigo Zub

Livro foi lançado na semana passada e está à venda pelas plataformas digitais. Foto: Divulgação

O professor de História, Luiz Cezar Soares, lançou na semana passada o livro infantil “Tita – A lagarta da folha de couve”. Indicado para crianças de 1 a 8 anos, a publicação aborda a história de uma lagarta que vive em cima de uma folha de couve para chamar a atenção sobre a importância de uma horta sem agrotóxicos.

Em uma linguagem simples e lúdica, o enredo mostra a convivência da lagarta com várias espécies. “É a história de uma lagarta que vive numa folha de couve. A couve é uma hortaliça um pouco mais alta e lá do alto da couve ela enxerga as alfaces, as beterrabas, os rabanetes, as demais hortaliças, a lagarta enxerga lá de cima da couve. De lá, ela vê que tem coleguinhas, tem pulgão, tem joaninhas, abelhas, esse mundo que povoa o universo de uma horta orgânica. Ela fala das brincadeiras. Claro, é um mundo lúdico e ela diz que pode brincar com as coleguinhas, claro que usando de imaginação. E por fim, pode-se transformar em borboleta”, explicou o autor durante entrevista à Najuá.

Segundo Luiz Cezar, o objetivo é mostrar para a criança que é possível um mundo sem agrotóxicos, a partir de técnicas da cultura orgânica. “Para mim, este mundo sem veneno é um mundo mais saudável. Eu penso que todas as formas de vida podem subsistir e existir umas com as outras, sem que necessariamente a gente precise eliminar. Sabemos que na biologia, todo mundo tem seu predador naquela cadeia alimentar e se isso se mantém equilibrado, todas as forças se mantêm equilibradas e o universo segue melhor”, analisa.

A inspiração para o livro surgiu a partir do nascimento de seu neto, há cinco anos. “Essa história começou há um pouco mais de cinco anos quando eu descobri que seria avô. A partir deste momento, nós começamos a nos preocupar com o mundo que vamos deixar para o neto”, conta.

Com o livro, o autor disse que também quer mostrar a capacidade de transformação das coisas. “E a lagarta surgiu justamente porque a lagarta se transforma numa borboleta. Mas para que isso seja possível, a lagarta tem que ter um ambiente livre de venenos. Porque se um agrotóxico mata a lagarta, não teremos uma borboleta. E também essa transformação é uma transformação que diz respeito a cada um de nós. Nós vivemos nos transformando com o passar do tempo, vamos mudando de opinião, mudando de ideias, enfim. A gente foi mudando para melhor, eu espero”, explica Luiz Cezar.

A inspiração para o tema também está ligada à sua infância que foi passada na região. Nascido em Palmas, Luiz foi registrado em General Carneiro, mas começou no mundo das letras no interior de Irati, em uma escola rural do Pinho de Cima, onde foi alfabetizado pela professora Sofia Cardoso.

É nessa infância que viu sua mãe e vizinhos cultivarem hortas em seus quintais. “Eu sou um homem do interior. E naquele tempo, naquela região, ainda funcionava um sistema de faxinal onde se criava animais soltos. Todo mundo tinha uma horta, tinha um quintal no fundo de casa. É desse universo que eu venho. É desse universo que eu bebo”, conta.

O livro é a sua primeira publicação. Luiz conta que já escrevia contos e histórias há algum tempo, mas nunca havia publicado. “Eu mandei esse material para uma série de editoras, algumas respondiam. Uma levou um ano e meio para responder. É um processo é mais difícil do que escrever. Mas consegui uma editora, que é a BrasilPublishing, que é daqui de Curitiba que topou o desafio e estamos começando a trabalhar de uma maneira mais individual. Embora a editora já tenha colocado esse material nas plataformas de venda de livro, na Amazon e etc. Eu estou fazendo isso também por conta”, disse.

A publicação foi realizada por conta própria e a obra já está disponível à venda nas redes sociais do autor por R$ 37. O contato pode ser feito pelo perfil no Instagram, @elecesoares, ou pelo telefone (41) 9-97361302 (WhatsApp). Também é possível adquirir na página da editora. O livro físico está R$ 35 e o e-book está R$ 20. O link é este: https://aeditora.com.br/produto/tita-a-lagarta-na-folha-de-couve/.

Além do livro infantil, o autor lançará no próximo ano um livro de poesias voltados a um público mais adulto. A previsão é que o livro seja lançado entre janeiro e fevereiro.

Chamado “Crescente”, o livro de poesias foi escrito durante a pandemia e trará questionamentos sobre velhice, amadurecimento e memória. “São questionamentos sobre a idade, sobre o tempo que passa, as angústias de estar ficando velho, qual o sentimento que isso traz para a gente. Aquela sensação de acordar com uma dor aqui, uma dor ali. Eu trabalho essas questões do tempo, das angústias, das depressões, das ansiedades. E alguma coisa de memória, como historiador. Memória de um bolo de minha avó, um bolo de chocolate da minha avó, memórias de uma infância, memórias de sonhos que queria ter e não pude realizar. São escritos que eu coloco nesse livro e que na sua maioria desses escritos tem muito a ver comigo”, conta.

O autor: Luiz Cezar Soares morou em Rebouças, Irati e Inácio Martins. Atualmente, reside em Curitiba. Formado em História pela Unicentro, Luiz também é advogado, tendo cursado Direito pela Unicuritiba, com especializações em Educação de Jovens e Adultos, Arte e Educação e Direito Matrimonial e Processo Canônico. Ele ainda atua na área da cultura como escritor, contador de histórias e compositor.

Luiz Cezar Soares é pai de Any Soarez, que lançou recentemente o single “Dona da Festa”. Luiz é um dos autores da música, sendo sua primeira composição. “Um dia estava no meu escritório e resolvi fazer uma música. Eu nunca tinha feito uma música. Essa música veio em minutos. Uns 15 minutos ou 20 minutos. E eu não ouço funk. Não é o meu hábito ouvir o funk, mas sei, por conta dos alunos e amigos mais jovens que a gente tem, que é o que eles gostam de ouvir. Então, imaginei uma batida de ritmo e fui fazendo”, disse.

Depois de terminar ele mostrou para sua filha que levou para um produtor de música para poder gravar a canção. “Ela levou essa letra para um produtor e ele falou: ‘A letra é boa, mas já a melodia, o ritmo, é muito antigo, não serve mais. A gente tem que refazer’. E refizeram e está o resultado que está aí”, conta.

Luiz comenta que a família possui muito afinidades para as artes. “Eu sei que a gente gosta de tocar violão, gostar de cantar. Nós três tocamos violão, meu filho toca violão, minha filha toca violão, eu toco violão, minha esposa canta muito bem, a filha canta muito bem. Gostamos desse lado artístico e quero crer que exista algum talento também, não é só gosto”, explica.

Professor Luiz Cezar Soares contou detalhes do livro “Tita – A lagarta da folha de couve” durante entrevista à Najuá. Foto: Divulgação
Este site usa cookies para proporcionar a você a melhor experiência possível. Esses cookies são utilizados para análise e aprimoramento contínuo. Clique em "Entendi e aceito" se concorda com nossos termos.