Célia Cristina Soares de Oliveira, que produz o chá em sua propriedade na localidade de São Miguel, conheceu o produto através de sua irmã e foi aprendendo a produzir a bebida através da internet/Paulo Sava
Com fermentação parecida com a da cerveja caseira, o Kombucha, chá produzido a partir de bactérias ácido-láticas e ácido acéticas ou de leveduras, vem se tornando cada vez mais popular. A fermentação forma uma espécie de película na superfície do líquido.
Célia Cristina Soares de Oliveira, que produz o chá. Ela contou que conheceu o Kombucha através de sua irmã. “Foi ela quem me apresentou o Kombucha, ganhou uma colônia e me deu para cultivá-la. Desde este dia eu comecei e não parei mais”, afirmou.
Célia produz o chá há 3 anos. Ela detalhou a forma como o produto é feito. “Você faz o chá, coloca a colônia e um pouco do chá fermentado da outra produção. Aí, deixa uns 14 dias no vidro, ele fermenta, você retira dali e vai para a segunda fermentação. Depois, você coloca o sabor que quiser”, frisou ela, que enfatizou também que, no inverno, a fermentação demora um pouco mais por conta do clima.
O chá para fermentação pode ser feito da planta Camelia Sinensis, encontrada em lojas de produtos naturais. É possível também utilizar o chá preto, açúcar, agar, mel, chá verde, chá de hibisco, chá mate, suco de frutas e gengibre na produção. A kombucha pode levar outros sabores, como maracujá, morango, uva, maçã e canela, entre outros.
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Depois da fermentação e da embalagem, as garrafinhas com o produto precisam ser armazenadas na geladeira até o consumo. Célia produz a kombucha de forma totalmente artesanal e faz a fermentação em potes de vidro. “Elas são artesanais, eu faço tudo com os meus utensílios de casa, não comprei nada de diferente. A única coisa que eu compro são as embalagens. Algumas frutas eu uso de casa, mas outras tenho que comprar”, pontuou.
Depois da fermentação, é necessário colocar a colônia de bactérias em um novo chá de camélia, pois elas se alimentam do açúcar presente no líquido. Caso contrário, a colônia morre. Célia produz a kombucha em pequenas quantidades e vende o produto para familiares e amigos e também disponibiliza na Feira do Produtor, na barraca da Nilaine Koltun, que é sua cunhada. Por semana, são vendidos cerca de 12 frascos de 300 ml do chá, a um preço de R$ 9 cada.
A produtora recomenda que a pessoa consuma de 100 até 300 ml de kombucha por dia. “Para quem nunca tomou e vai consumir a bebida pela 1ª vez, o certo é começar aos poucos, com 100 ml por dia, e vai aumentando. O recomendado é de até 300 ml, mais do que isto, não”, frisou.
Nilaine Koltun, cunhada de Célia que revende a Kombucha na Feira do Produtor, disse que, em semanas de calor, vende até mais que 12 frascos do produto por semana. “Dependendo da semana, quando está calor, eu vendo até mais. A de uva é bem parecida com uma sidra. Nesta semana eu tenho de uva, morango, maracujá e um sabor novo, de hibisco com cranberry, que está saindo bastante e é uma delícia”, contou.
Quem quiser saber mais informações ou adquirir o produto, pode entrar em contato com Célia via WhatsApp pelo número (42) 98411-8732 ou pelo Instagram @kombuchacamelis.
Propriedades – Entre as principais propriedades, o Kombucha é fonte de vitamina C e polifenóis, que desintoxicam o fígado, eliminando toxinas através da urina e das fezes. Além disso, o chá previne contra o câncer, protege contra doenças neurodegenerativas, melhora o sistema imunológico e as funções do fígado e do intestino, regula o açúcar no sangue, promove a saúde do coração, ajuda a melhorar o humor e alivia doenças inflamatórias.
Contra-indicações – Entretanto, o consumo do chá não é recomendado para crianças, mulheres grávidas ou que estejam amamentando. Pessoas que estejam com problemas graves nos rins, pulmões e fígado também não podem consumir o produto. Já os diabéticos devem consultar um médico ou nutricionista antes de ingerir o Kombucha. As colônias podem ser encontradas em sites ou fóruns de produtos naturais na internet.