Procissão não foi realizada em 2020 e 2021 por conta da pandemia de Covid-19. Celebração começará às 15 horas com a celebração da Missa na Paróquia São Miguel e terminará em frente à Igreja Matriz Nossa Senhora da Luz/Paulo Henrique Sava
Grupo de Jovens Da Luz participa da confecção do tapete de Corpus Christi. Foto: Paulo Henrique Sava |
Neste ano, a celebração terá início às 15 horas com a missa, que acontecerá no pátio da Paróquia São Miguel. Depois, a procissão sairá do pátio da igreja e passará pela rua Barão do Rio Branco (em frente às igrejas Luterana e Ucraniana), seguirá pela Rua Alfredo Bufrem até a Praça Etelvina Andrade Gomes e terminará com a bênção do Santíssimo Sacramento em frente à Igreja Matriz Nossa Senhora da Luz. Toda a celebração será transmitida pela Super Najuá FM 92,5.
Em entrevista à Najuá, o vigário da Paróquia Nossa Senhora da Luz, Padre Marcelo Melo, destacou que a celebração de Corpus Christi teve início no século 13, na Bélgica. Em seguida, o Papa Urbano IV fez com que ela se tornasse uma solenidade universal.
“Quer dizer, toda a Igreja, em qualquer parte do mundo, celebrava Corpus Christi, a qual foi ganhando, com o tempo, aquelas particularidades que estão mais dentro do espírito devocional da comunidade, como, por exemplo, os tapetes coloridos nas ruas, uma forma de expressar de maneira visível, artística, o carinho, o respeito e a devoção profunda ao mistério de Jesus Cristo na Eucaristia”, frisou.
A confecção do tapete para a procissão de Corpus Christi é uma forma de integrar a comunidade em torno da fé, assim como as demais ações realizadas em conjunto, segundo o Padre Marcelo. “Toda ação que faz com que se torne conjunta a participação é uma forma de integração da comunidade. Cada paróquia tem um espaço, no caso de Irati, e nelas o espaço é dividido entre as pastorais, para que elas trabalhem com temas específicos, normalmente relacionados à Campanha da Fraternidade ou com os últimos elementos em voga no sentido pastoral da Diocese de Ponta Grossa. É tudo focado nesta forma para despertar na comunidade uma espécie de atualização”, comentou.
O sacerdote falou sobre algumas peculiaridades desta celebração. “Desta vez, este Corpus Christi que nós celebramos como solenidade do Senhor dentro do tempo comum, é diferente. O foco está mais no âmbito da fome de pão, de saciar esta fome. Nós vamos ouvir no Evangelho de hoje sobre os pães e peixes que são distribuídos e que alimentam uma multidão. É para mostrar a questão da partilha e de juntos, minimizarmos as dificuldades”, pontuou.
A pandemia de Covid-19 impediu a realização da procissão nos últimos dois anos. Para o Padre Marcelo, retomar o evento neste ano será muito interessante. “É muito interessante porque eu dizia, em certos momentos, quando eu via tantas pessoas próximas “indo”, sem mesmo podermos nos despedir, em prece, que eu queria estar aqui quando tudo isto passasse. Então, poder voltar à normalidade é uma coisa bárbara, podermos celebrar novamente sem tanto protocolo, cuidados exagerados, medo, nos aproximar de novo e celebrar aquilo que nós acreditamos em multidão é sem palavras, sem comentários”, comentou.
Fotos: Paulo Henrique Sava