Primeira fase de projeto contra alagamentos é concluída

25 de agosto de 2016 às 10h09m

Com as chuvas da última semana, obras na região onde o Arroio dos Pereiras desemboca no Rio das Antas deram vazão a enxurrada

Da Redação
O secretário de Arquitetura, Engenharia e Urbanismo da Prefeitura de Irati, Sandro Podgurski, participou ao vivo do programa Meio Dia em Notícias desta quarta-feira, 24. Ele falou sobre o andamento das obras do projeto que visa acabar com o problema dos alagamentos nas ruas centrais e nas proximidades do Rio das Antas.
Segundo Sandro, somente na última semana, o acumulado da precipitação chegou a 144,3mm em Irati. Somente no último sábado, em uma hora o acumulado chegou a 43mm. No entanto, ele ressalta que, apesar de ter sido registrado um pequeno alagamento em ruas da área central da cidade, a primeira fase do projeto, na qual foi realizado o alargamento do rio e a criação de vórtices hidráulicos que “sugam” as águas para o Rio das Antas, em caso de alagamentos, está concluída e funcionou de maneira satisfatória, aumentando a velocidade de vazão da água do Arroio dos Pereira sem afogar o rio.  
“Foi a primeira vez, desde que foi feita a obra, que se pode ver a eficiência da questão da saída da água, e funcionou como o esperado”, comentou. 
De acordo com Sandro, o problema será resolvido definitivamente quando toda a obra estiver pronta, em suas oito etapas. Na próxima delas, será feita uma intervenção em uma ponte localizada antes do prolongamento da Rua Coronel Sabóia, no bairro Canisianas. O secretário explicou que todas as obras a serem realizadas nas proximidades das pontes localizadas nas ruas da Liberdade, Alfredo Bufrem e Coronel Emílio Gomes, e do entroncamento das ruas 7 de setembro e dos Operários já estão com projetos de engenharia concluídos.  
Sandro explica ainda que, nesta fase, foi feito um estudo em parceria com a Sanepar devido ao grande número de tubulações que passam no trecho do Arroio dos Pereiras entre a Congregação Mariana, na Rua Carlos Thoms, e a Rua Dr. Munhoz da Rocha. Além disso, no local existem duas galerias. “Toda esta situação tem que ser equacionada pela engenharia, que precisa fazer com que os planos apareçam, mas este trecho já está certo”, frisou. 

Dificuldades

Ainda de acordo com o secretário, os engenheiros da prefeitura estão encontrando grandes dificuldades para realizar obras no trecho localizado entre as ruas Carlos Thoms e Conselheiro Zacarias, onde estão galerias de grande proporção. “Ali, nós tivemos uma demonstração do laudo de sondagem de que a camada de terra é muito rasa. Logo abaixo, há uma camada de laje de pedra, e todos nós sabemos que não é possível assentar tubos ou galerias diretamente sobre a pedra. As galerias que serão colocadas lá terão que ser feitas especialmente para este trecho”, frisou.
Logo que estejam concluídos, os projetos devem ser enviados para o Ministério das Cidades, em Brasília, com todas as intercorrências de licenciamento ambiental, memoriais descritivos de engenharia, comprovando as vazões de cada local e se o projeto é viável ou não. “Hoje, dois engenheiros, o Rodolfo e o Vitor, estão trabalhando especificamente neste trecho”, comentou. 
No entanto, Sandro destacou que não há possibilidade de a galeria ser colocada no leito do Arroio dos Pereira, pois existe uma pequena ponte que passa debaixo da estrada de ferro, que margeia a Rua Conselheiro Zacarias. “Teremos que interceptar o arroio um pouco antes, bem na esquina da Praça da Bandeira, onde vai chegar a galeria e interceptar no rio”, frisou. 
Segundo Sandro, os recursos necessários para a realização de todas as etapas da obra estão na casa de R$1, 408 milhão, valor que já está empenhado. Deste valor, R$990mil são oriundos de emendas parlamentares e o restante sairá dos cofres públicos municipais. “Estando empenhado, quando conseguirmos incluir os projetos e que tenhamos todos eles aprovados pelo Ministério das Cidades e pelo corpo técnico da Caixa Econômica Federal, partiremos para a contratação e poderemos licitar a obra, mas o dinheiro não é problema neste momento”, frisou.  
De acordo com Sandro, o aporte financeiro do município para esta obra está incluso na revisão do Plano Diretor, que está sendo elaborada. Ele explicou que, para a conclusão de cada etapa, há a necessidade de que o trecho anterior tenha capacidade de drenagem para suportar a vazão da água. Segundo a estimativa do secretário, assim que possam ser retomadas (após o período eleitoral), as obras deverão estar concluídas em um ano. “Anteriormente, não havia um prazo definido porque não tínhamos um estudo de engenharia mais avançado. Com isso, chegamos a conclusão de que as fases dois e três deverão demorar um mês e meio cada uma. A fase quatro irá consumir seis meses, depois as outras fases também serão rápidas. Torcemos para que não tenhamos surpresas, porque para a água, precisamos ter garantia de nível para que haja escoamento. Se tudo correr bem, se não tivermos nenhuma intercorrência ou dificuldade, concluiremos em um ano”, finalizou.  

Carnaval cancelado 

No início do ano, o carnaval de Irati foi cancelado e o orçamento de R$ 100 mil que seria destinado para as festividades foi redirecionado para a primeira de oito etapas de um amplo projeto que visa impedir alagamentos na região do Rio das Antas e de seus afluentes.  
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