Derbli cogitou a possibilidade de a Unidade Avançada de Irati funcionar naquele espaço até que se consolide o projeto de um novo hospital oncológico no Riozinho
Da Redação, com reportagem de Paulo Henrique Sava
O prefeito Jorge Derbli (PSDB) falou sobre a não-cessão da UPA da Vila São João para o funcionamento da Unidade Avançada do Erasto Gaertner. Ele cogitava ceder o local até que se consolide o projeto de um novo hospital oncológico no Riozinho, por considerar que a antiga sede da Associação do Núcleo de Apoio ao Portador de Câncer de Irati (ANAPCI), onde funciona o braço do Erasto em Irati já não comporta mais adequadamente a quantidade de pacientes que o local demanda.
“Temos o projeto de um grande hospital no Riozinho. Já foi feita a doação de um terreno para o Erasto e estamos trabalhando para que o projeto aconteça. Ali [na UPA] seria um intermediário entre o hospital e onde hoje funciona. O [pessoal do] Erasto veio aqui e visitou, se prontificou a vir se instalar ali. Porém, hoje recebe do Governo do Estado R$ 200 mil por mês para se manter e, ali, precisaria de R$ 400 mil. Precisaria aumentar em R$ 200 mil, porque ali aumentaria o atendimento, com mais médicos, em uma estrutura maior. Em segundo lugar, precisaríamos que a Prefeitura desembolsasse mais R$ 5 milhões de seu caixa para colocar na UPA os equipamentos necessários para o Erasto se instalar”, justifica. Dessa forma, a Secretaria de Saúde decidiu manter a UPA como Pronto Atendimento.
O prefeito ressalta a importância da presença da Unidade Avançada em Irati e a benfeitoria proporcionada aos pacientes em tratamento, que não dependem mais de longas viagens a Curitiba, madrugada afora, para sessões de quimioterapia. O tratamento com radioterapia ainda é feito no Hospital Erasto Gaertner da capital. “Foi uma grande obra e muita gente trabalhou para que ela acontecesse e estivesse funcionando como hoje. Mas precisamos conscientizar as pessoas a ajudar esses projetos de arrecadação de recursos para se finalizar o projeto principal, do Hospital [Oncológico] no Riozinho. Só o projeto custa R$ 300 mil. A obra em si custa em torno de R$ 30 milhões, mas é uma obra que, finalizando o projeto, pode ser iniciada imediatamente”, enfatiza.
Segundo ele, é possível construir esse grande projeto em blocos, que se complementam, até que haja toda a estrutura. A instalação da Unidade Avançada na UPA seria uma alternativa que viria a suprir a demanda de espaço para o atendimento.
“O Hospital Erasto nos fez uma planilha para mudar onde seria a Unidade de Pronto Atendimento. Custaria em torno de R$ 2,5 milhões em adequações físicas no prédio e mais R$ 2,5 milhões em equipamentos. Esses R$ 2,5 milhões em adequações serviriam a algo provisório, intermediário. Então, em vez de gastarmos em um prédio intermediário, por que não fazemos um esforço para [construir] um prédio futuro, que será definitivo?”, acrescenta o secretário de Planejamento e Coordenação, João Almeida Júnior.
Nesse espaço, conforme o secretário, além do atendimento já prestado, com infusão de quimioterapia, seriam adicionados procedimentos com maior grau de complexidade, como cirurgias de câncer de pele e tratamentos mais invasivos. “Em vez de sairmos de um local provisório para outro, vamos encampar esse projeto, em toda a nossa Amcespar, e partir direto para algo definitivo”, salienta.
Derbli pretende aguardar o novo governo estadual se estabilizar e, eventualmente, aumentar o repasse para a Unidade Avançada do Erasto. Por ora, a UPA será inaugurada em fevereiro e vai funcionar como Pronto Atendimento Municipal de Irati.“Lá teremos o Pronto Atendimento e, assim, deixaremos de pagar alguns aluguéis. É um mini-hospital. No máximo, em fevereiro ou março estará funcionando esse mini-hospital na Vila São João”, assegura.
No local onde hoje funciona, provisoriamente, o Pronto Atendimento, será estruturada uma clínica pediátrica. “Onde era a antiga Secretaria está sendo reformado e acredito que ali, em pouco tempo, teremos uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e uma Farmácia.