Prefeita de Fernandes Pinheiro sanciona lei que cria o Dia da Oração no município

Objetivo da lei é “reconhecer os trabalhos desenvolvidos pelas igrejas no município, bem como ser…

04 de maio de 2021 às 10h14m

Objetivo da lei é “reconhecer os trabalhos desenvolvidos pelas igrejas no município, bem como ser uma plataforma de sustentação para igreja com a oração e ajuda espiritual”/Paulo Henrique Sava

Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Fernandes Pinheiro. Foto: Pastor Daniel Serpe
A prefeita de Fernandes Pinheiro, Cleonice Schuck, sancionou recentemente a Lei nº 753/2021, que institui o dia 06 de março como “Dia da Oração”, a ser comemorado anualmente nos templos de todas as igrejas cristãs do município. Conforme a justificativa do Projeto de Lei nº 002/2021, de autoria da vereadora Wanderleia Pires Joner (PSL), a lei tem o objetivo de “reconhecer os trabalhos desenvolvidos pelas igrejas no município, bem como ser uma plataforma de sustentação para igreja com a oração e ajuda espiritual”.

A instituição da data também visa homenagear as mulheres que se dedicam às comunidades carentes do município. Cleonice diz que a data foi oficializada em respeito às igrejas pentecostais (evangélicas) e a todos que queiram celebrar o Dia da Oração. “Lembramos que todos os dias são dias de orarmos, agradecendo e pedindo, nos fortalecendo na fé, principalmente neste momento crítico de doença que estamos vivendo em nosso país e em todo o mundo. Precisamos cada vez mais nos unir em oração, unir as nossas forças para que possamos superar este momento e esta fase difícil em nossas vidas”, comentou.

O Pastor Daniel Serpe, da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, ressaltou a importância de haver um dia específico para celebrar o contato com Deus através da oração. “Sabemos que a nossa oração deve ser constante, realmente é isto, mas hoje temos este dia, em especial em Fernandes Pinheiro, no qual nós, cristãos, podemos reunir nossa família, refletirmos e orarmos buscando a presença de Deus, o que é gratificante”, pontuou.

Já o padre Leonel Stanski, pároco da Paróquia São Sebastião, acredita que a referida lei diz respeito mais à caminhada histórica de uma das comunidades evangélicas presentes no município que de outras igrejas. Por isso, ele diz que, apesar de respeitar a decisão, os católicos não precisarão segui-la.

“Nós vivemos num país democrático, temos uma liberdade religiosa e a respeitamos. Nossa posição sempre é de diálogo e respeito, mesmo porque defendemos, desde a proclamação da República, esta separação entre igreja e estado. Temos os dias que para nós são importantes, que chamamos de dias santos, como é o caso do domingo, da festa da Páscoa e de outras que celebramos ao longo do ano. Este projeto de lei que foi aprovado diz respeito à história da caminhada de uma comunidade evangélica. Cada comunidade tem sua história e tem datas que para eles são importantes, sendo o dia do seu fundador, o nascimento daquela igreja ou alguma outra data que queiram comemorar. Para a nossa comunidade católica e a nossa caminhada de fé, esta data não tem um significado, então nós respeitamos, mas não é uma coisa que seguimos”, comentou.

No dia 06 de março de 1942, foi fundado o Círculo de Oração, considerado uma das maiores reuniões de igrejas e templos no Brasil. Esta prática se tornou comum em quase todas as igrejas evangélicas brasileiras.

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