Porteira Adentro será tema de 1ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Rural de Irati

Reunião acontece no dia 3 de março, às 9h, na Associação dos Servidores Públicos Municipais/Karin…

24 de fevereiro de 2021 às 23h13m

Reunião acontece no dia 3 de março, às 9h, na Associação dos Servidores Públicos Municipais/Karin Franco, com reportagem de Paulo Sava e Rodrigo Zub

Estrada que liga Campina do Rio do Couro e Rio do Couro recebeu melhorias recentemente. Foto: SECOM

O programa Porteira Adentro será uma das pautas da primeira reunião do ano do Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável de Irati. O encontro está marcado para o dia 3 de março, às 9h, na Associação dos Servidores Públicos Municipais, no bairro DER. 

Um dos motivos é que o programa passará por modificações. O conselho continuará coordenando o Porteira Adentro, mas a Secretaria de Agricultura deverá assumir a administração do programa. Segundo o secretário de Agricultura de Irati, Raimundo Gnatkowski (Mundio), o motivo da discussão deste assunto na reunião é que a pasta quer trazer um debate democrático sobre o programa. “Nós queremos ser bem democráticos com o nosso agricultor para que ele saiba do trabalho que pretendemos fazer, o trabalho que estamos executando e aonde nós queremos e podemos chegar”, disse Mundio durante entrevista à Najuá.

O programa Porteira Adentro possibilita a realização de alguns trabalhos, como bueiros, cascalho, patrolamento e aberturas de silo, dentro das propriedades rurais. “Aonde nós temos uma patrulha, com uma patrola, caminhões e retroescavadeira trabalhando com os pedidos dos agricultores para dentro da propriedade, ou seja, o Porteira Adentro”, explica o secretário. 

Mundio conta que para atender os pedidos neste ano, o município foi dividido em oito regiões. “Nós vamos trabalhar por comunidades. Das 83 comunidades, nós dividimos o município em oito regiões. Tem região com oito comunidades, outras de 15 comunidades e nós vamos trabalhar nessas regiões dentro de cada comunidade”, afirmou.

O secretário explica que os equipamentos são usados exclusivamente para o programa. “Até para agilizar o serviço. Se começar intercalar os serviços ao mesmo tempo, às vezes, você não cumpre aquela meta que temos”, relata o secretário. Por isso, a Secretaria de Agricultura busca ampliar o programa para atender mais agricultores. “Se nós conseguirmos mais uma patrulha, que venha do Estado, que venha do Governo Federal, a gente possa buscar para conseguir, nós já teremos cada patrulha atendendo quatro regiões, ao invés de uma atender oito, cada uma atende quatro”, conta. 

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Em pouco mais de um ano, foram atendidos 470 agricultores e realizados 700 serviços em diversas propriedades. Segundo o presidente do Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável, João Bonki, o objetivo é aumentar o atendimento. “A nossa meta é aumentar, triplicar esse atendimento porque estamos reajustando todas as pontas, o que deu errado. Queremos agora para frente que levem como lições, como exemplo, para que possamos fazer tudo certo”, analisa. 

Atualmente, para fazer o atendimento a todos, há um fila de espera de pedidos. De acordo com o secretário, faltam ainda 115 agricultores a serem atendidos. Os pedidos antigos serão atendidos, mas os novos poderão sofrer atrasos. O secretário explica que os pedidos estão sendo aceitos, mas o atraso pode ocorrer já que há um período de transição e ajustes burocráticos que impede uma agilidade maior. “Preencha o cadastro, mas nós teremos uma nova reestruturação do conselho e também do Porteira Adentro. Então, demora um pouquinho para a gente atender”, conta. São contemplados pelo programa os agricultores que possuem o Cadastro de Produtores Rurais (CAD/PRO), mais conhecido como bloco do produtor.

Reunião: Na reunião, outros temas também serão abordados como a reestruturação da direção do conselho. Bonki conta que a reestruturação é necessária porque houve a saída de um membro da direção. “O Bruno que é o nosso secretário, saiu da Emater e foi para a Iapar [Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná]. Então, terá que entrar outro no lugar dele e geralmente teremos que fazer reestruturação do conselho”, conta. O presidente disse que deverá colocar seu nome à disposição novamente para comandar o conselho. 

Mundio relembra que o conselho ganhou força desde o ano de 2017, quando houve a primeira reunião. O Conselho de Desenvolvimento Rural de Irati foi uma demanda gerada por lei que exigiu a implantação do conselho em cada município. “Dali reestruturamos toda a lei e tornou hoje o Conselho por lei. Antes era um decreto, hoje não. Ele é aprovado na Câmara Municipal, valendo por lei”, explica. 

Bonki destaca que o conselho ajudou o agricultor com várias demandas. “Nós tivemos muitas coisas boas que vieram junto do Conselho, como o asfalto do Pinho, passou pelo conselho, vários maquinários que vieram, também passou tudo pelo conselho e inclusive uma caminhonete para a Secretaria da Agricultura também passou pelo conselho, trabalhos. Também a Porteira Adentro. O Conselho de Desenvolvimento Rural assumiu a responsabilidade de administrar esse trabalho”, disse. 

No início do conselho, havia apenas dois conselheiros que compareceram à primeira reunião. Com uma campanha nas comunidades, o número de conselheiros cresceu. “Nós estamos hoje com 23 conselheiros que estão participando diretamente. Mas estamos fazendo um trabalho nesses 20 dias, junto com o secretário Mundio, com a equipe dele e a comissão do conselho também está trabalhando, e a gente está querendo chegar a todas as comunidades. Hoje temos, dentro do município de Irati, 83 comunidades”, explica o presidente. O objetivo é que cada comunidade possa ser representada nas reuniões.

O presidente explica que os conselheiros ajudam a levar para outras entidades, as demandas dos agricultores. Ele usa como exemplo uma parceria criada com o Banco do Brasil, que melhorou o atendimento e financiamento após pedidos dos conselheiros. “Nós levamos para dentro do Banco do Brasil e nos atenderem. Hoje o agricultor é atendido, é considerado um empresário dentro da agricultura, cada propriedade hoje, é uma empresa, não é mais uma propriedade. Por isso tivemos esse avanço que não é tão esperado como a gente tinha”, disse. 

Outro exemplo é a presença do conselho em eventos como o lançamento da semente de feijão Urutau, ocorrida em Ponta Grossa, no ano passado. Bonki explica que nessa presença, o conselho conseguiu conquistar sementes de feijão que ajudaram na produtividade dos agricultores. “Nos colocaram à disposição 46 sacas de sementes de feijão Tuiuiú que veio para Irati. Aonde distribuímos para os conselheiros, que levasse para as comunidades e aonde dali nasceu uma quantidade enorme de semente nova de feijão dentro do município de Irati”, relata. O resultado na produção foi positivo. “Nós chegamos a campo de semente que chegou a 150 sacas por alqueire”, conta. 

Para ser um conselheiro é preciso indicar o nome e o nome de um suplente. O pedido precisa ser apresentado em ata para o conselho “Fazer uma ata e trazer para nós, para eles terem direito a voto. Porque se não fizerem a ata, nós não podemos aceitar com direito a voto. Só como participação”, explica o presidente.

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