Polícias Civil e Militar incineram 643 quilos de drogas em Irati

24 de setembro de 2016 às 11h12m

Conforme o Major Joas, o material incinerado faz parte da maior apreensão realizada em Irati desde a criação da 8ª Companhia

Da Redação, com reportagem de Paulo Henrique Sava
As Polícias Civil e Militar de Irati foram mobilizadas na manhã desta sexta (23) para o transporte de drogas que estavam apreendidas na 41ª Delegacia Regional de Polícia Civil até o local onde foram incineradas, na empresa Agostinho Zarpellon e Filhos S.A. Indústria e Comércio, no Centro de Irati.  Esta foi a segunda incineração de drogas apreendidas ocorrida na cidade em poucos meses.
Foram incinerados aproximadamente 626 quilos de drogas referentes a um inquérito policial que corre na Delegacia de Polícia Civil de Irati e outros 17 quilos relacionados a um inquérito da Delegacia de Rebouças.
De acordo com o delegado Paulo César Eugênio Ribeiro, a autorização para a incineração do material – concedida apenas com o encerramento dos processos relacionados à apreensão dos entorpecentes – ocorreu num breve intervalo de tempo graças ao empenho do Ministério Público e do Poder Judiciário.
Ribeiro salienta que não é o ideal manter um montante dessa proporção de drogas apreendidas dentro de uma Delegacia; daí a urgência em correr atrás da autorização para a queima. “Nós mantemos o sigilo quanto à apreensão e quanto à guarda dessas drogas justamente para evitar tentativa de resgate dessa droga. Graças a Deus, conseguimos manter. Não é recomendável manter droga na delegacia e é isso que procuramos fazer, de uma maneira rápida e efetuar a incineração das drogas apreendidas”, explica o delegado.
O Major Joas Marcos Carneiro Lins, Comandante da 8ª Companhia Independente da Polícia Militar, frisa que esta foi a maior apreensão de drogas na cidade desde que a antiga 2ª Companhia do 1º BPM foi elevada a 8ª CIPM, em 2010. O montante total é de 643 quilos de maconha. “É um trabalho de Inteligência, com o Serviço Reservado, junto com a Polícia Civil. Então é feito esse monitoramento e obtivemos êxito, no sentido de tirar de circulação esse volume grande de drogas que estava passando por Irati. Pelo que levantamos, não estaria vindo para a cidade, mas estaria indo para a capital do Estado e para outros estados da Federação”, salienta.
A rapidez do MP-PR e do Judiciário também foram enaltecidas pelo Major, quanto ao atendimento da solicitação para que fosse realizada a incineração, a fim de evitar que o material ficasse depositado na Delegacia. “O importante é que tiramos um grande volume de drogas de circulação e acabamos enfraquecendo as quadrilhas do tráfico de drogas”, afirma Joas.
“O levantamento inicial é o de eles [os traficantes] vinham pela BR-277, desviando o Posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Guará, Góes Artigas, sentido Inácio Martins e, depois, caíram aqui na BR-153”, comenta. O Major acredita que, com a retirada de circulação dessas drogas, através do Serviço de Inteligência, numa ação integrada entre as polícias, é provável que os traficantes adotem uma nova rota. “Estamos monitorando a área. Temos um eixo muito grande, que é a BR-277, que liga o Porto de Paranaguá até Foz do Iguaçu; então passa quase tudo por essa rodovia, e eles acabam tentando desviar por cidades menores, por caminhos mais fáceis, em tese. Mas aqui não levaram sorte e acabaram caindo, através da fiscalização.
Na avaliação do Major, o tráfico de drogas não é exclusividade da região de Irati, pois ocorre em todas as cidades. “Se nós não conseguimos acabar com essas quadrilhas, vamos enfraquecê-las, para que eles [os traficantes] efetivamente saibam que a Polícia, o Ministério Público e o Judiciário estão atentos a essas situações. Irati não é diferente de outras cidades do Estado do Paraná, nem de outras cidades do Brasil. O consumo de drogas hoje sabemos que é muito alto, tendo em vista até a facilidade que se tem hoje pelo acesso, as questões sociais, que já partem dentro de casa, da família, a educação dos filhos. Sempre falo que o pai que não educa o seu filho, o traficante irá adotá-lo”, analisa o comandante da 8ª CIPM.
Joas também agradeceu à família Zarpellon por ceder o forno para a incineração das drogas. Os locais para esse procedimento são escolhidos por não emitirem resíduos após a queima (como a fumaça). “Devemos salientar que o transporte da droga é sensível e, por isso, é feito de forma técnica, para que não seja tomada essa droga ou que se entre em confronto armado com quadrilhas que tentam resgatar o material que está sendo incinerado”, conclui. 


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