Policiais são denunciados por tortura e série de execuções

Cinco PMs são acusados de terem executado três suspeitos. Outros sete policiais foram denunciados por…

02 de agosto de 2014 às 11h42m

Cinco PMs são acusados de terem executado três suspeitos. Outros sete policiais foram denunciados por tortura e morte de ajudante de pedreiro

Diego Ribeiro e Felippe Anibal – Gazeta do Povo 


O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), vinculado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), denunciou 12 policiais militares por uma série de crimes, como homicídio, tortura e ocultação de cadáver. As denúncias se referem a dois casos distintos, ocorridos no ano passado, na capital e na região metropolitana. O Gaeco pediu à Justiça a prisão preventiva de todos os acusados.

Uma das denúncias diz respeito a um triplo homicídio, registrado em outubro do ano passado, no bairro Umbará. De acordo com o Gaeco, pouco depois de uma casa ter sido assaltada, três suspeitos foram detidos por cinco policiais militares. Mas, ao invés de serem conduzidos à delegacia, os PMs teriam os levado a um matagal, onde os três foram executados, com tiros disparados a curtíssima distância, na cabeça ou no peito.

Em seguida, os agentes teriam adulterado a cena do crime e colocado armas de fogo ao lado dos suspeitos, a fim de simular que houve um confronto. Oficialmente, um dos policiais preencheu o boletim de ocorrência, afirmando que houve tiroteio com os assaltantes. Os cinco PMs foram denunciados por triplo homicídio qualificado e falsidade processual (esta, na tentativa de maquiar a “cena do crime”).


Caso Edenilson

A outra denúncia está relacionada ao desaparecimento do ajudante de pedreiro Edenilson Murillo Rodrigues. Segundo a apuração do Gaeco, sete policiais invadiram a chácara em que ele morava, em Piraquara, na região metropolitana, o algemaram e o torturaram, com chutes, tapas, asfixias e afogamentos. Edenilson não resistiu e morreu durante as agressões consecutivas. Em seguida, os policiais teriam enrolado o corpo da vítima em um cobertor, colocado em uma viatura e “levando-o a um local ignorado, ocultando-o”.

A Gazeta do Povo pediu à PM um posicionamento sobre ambos os casos, mas ainda não houve resposta da corporação.





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