Polícia Civil investiga crimes ocorridos em Irati

Em entrevista à reportagem da Najuá, Delegada Eliete Kovalhuk revelou detalhes das investigações de dois…

06 de junho de 2015 às 12h17m

Em entrevista à reportagem da Najuá, Delegada Eliete Kovalhuk revelou detalhes das investigações de dois homicídios registrados no município, no mês de maio

Da Redação, com reportagem de Tadeu Stefaniak

Em entrevista ao repórter Tadeu Stefaniak, na semana passada, a Delegada da Polícia Civil de Irati, Eliete Kovalhuk, revelou detalhes das investigações de dois crimes ocorridos recentemente no município. Ela também falou sobre a prisão de um estelionatário e sobre o caso envolvendo o desaparecimento de Marcos Aurélio Laroca.

 
Morte de chacareiro

O iratiense Aloise Holtman, de 52 anos, foi encontrado morto em uma chácara, entre a Colônia Lourenço e a localidade de Assungui, no dia 6 de maio. Um mês depois do homicídio, Eliete indica que as investigações preliminares revelam que o crime teria ocorrido em virtude de um desentendimento. Entretanto, ela não descarta outras possibilidades. “Foi instaurado inquérito policial para averiguar a motivação desse crime. Estão sendo chamadas as pessoas referidas e as que estavam no local para prestar depoimentos. Estamos montando o quebra cabeças para tentar solucionar esse caso. Já foram ouvidas umas cinco pessoas nos últimos dias”, revela.

Aloise trabalhava como chacareiro e foi encontrado sem vida pelo dono da propriedade. Na oportunidade, Aloise apresentava ferimentos no pescoço e na cabeça, provavelmente ocasionados por uma foice. “Extraoficialmente verificamos que foi usada uma foice pelo tipo de ferimento que era, mas o laudo ainda não chegou para gente”, salienta Eliete.

De acordo com o relatório da PM, que foi registrado no dia do homicídio, a porta da frente da casa do chacareiro estava arrombada, e da geladeira teria sido roubada certa quantia de carne.

Jovem acusado de matar a ex-namorada
No dia 10 de maio, uma mulher foi morta com um tiro no olho esquerdo na região do bairro DER, em Irati. Danielly Fernandes Domingues, de 24 anos, mais conhecida como Dani, chegou a ser atendida pelo Corpo de Bombeiros, deu entrada na Santa Casa de Irati, mas não resistiu aos ferimentos.

O principal suspeito do homicídio é o ex-namorado da jovem, que seria morador de Teixeira Soares. Alguns dias após o crime, o próprio suspeito postou mensagens nas redes sociais supostamente confessando ser o responsável pela morte de Danielly. As publicações davam conta que o jovem estaria arrependido do fato. “As primeiras informações teriam sido que foi o ex-namorado dela. O advogado [do suspeito] esteve aqui na Delegacia alguns dias depois do fato, falou que ia apresentá-lo, mas até agora não o fez. Estamos averiguando todas as possibilidades, não descartando formalmente porque ele não foi ouvido”, afirma Eliete.

De acordo com a Delegada, a Polícia Civil pretende ouvir o suspeito antes de verificar a veracidade das postagens realizadas pelo jovem. “Ele não está mais em flagrante. Se foi ele pode chegar se apresentar e será ouvido. Ainda não existe uma acusação formal contra ele. A gente precisa ouvi-lo para averiguar a veracidade dessas postagens”, reitera.

Estelionatário preso em Irati

O setor de Inteligência da Polícia Militar cumpriu um mandado de prisão contra um homem acusado de diversos crimes de estelionato em Irati, Imbituva, Ponta Grossa e Guarapuava, no dia 15 de maio. Luciano Padilha, de 40 anos, foi abordado e detido na rua José Augusto da Silva, em Irati. Na ocasião, o suspeito estava deixando sua residência conduzindo um veículo GM/Celta e pretendia se deslocar para comprar pão em um supermercado na Vila São João.

Eliete explica que as investigações envolvendo o estelionatário são de responsabilidade da Polícia Civil de Ponta Grossa. “O [Luciano] Padilha estava em prisão domiciliar determinada pelo juiz de Irati. Ele é condenado do regime semi-aberto, então houve a vaga na PIG [Penitenciária Industrial de Guarapuava] de Guarapuava e ele foi encaminhado para lá. O que a gente fez foi dar um auxílio para a Polícia Civil de Ponta Grossa num caso de possível estelionato que ele teria praticado, mas as investigações estão sendo procedidas pela Polícia Civil de Ponta Grossa”, revelou a Delegada.

Luciano possui diversos registros de ocorrências anteriores relacionadas aos crimes de estelionato, receptação, falsificação de documento pessoal e documento público, falsa identidade, formação de quadrilha e corrupção ativa. O estelionatário teria se aposentado com o nome de Walmir Ribeiro e aplicava golpes utilizando uma carteira de identidade falsa. Conforme informações da Polícia Civil de Guarapuava, Luciano aplicou diversos golpes em estabelecimentos comerciais de Guarapuava. Somente em um estabelecimento, Luciano teria causado prejuízo de R$ 16 mil.

Desaparecimento de Marcos Laroca

Sobre o desaparecimento do iratiense Marcos Aurélio Laroca, que completa 18 dias neste sábado, 6, Eliete pede a colaboração da população e diz que as informações do possível paradeiro do rapaz podem ser repassadas de forma anônima. “Estamos à disposição na Delegacia. Não precisam se identificar. As pessoas podem conversar com a equipe de investigadores daqui porque todas as informações são importantes até porque de início não descartamos nada para começar a investigar. Da mesma forma estamos ouvindo os familiares e iniciando as investigações para ver o que poderia ter acontecido. Ele não apareceu e não mandou notícias”.

O carro de Marcos, um Fiat Strada, foi localizado em uma estrada rural nas proximidades do Rio Imbituvão, em Fernandes Pinheiro, no dia do desaparecimento (19 de maio). Eliete justifica porque o veículo não foi periciado naquela oportunidade. “A gente não entendeu porque nós não fomos notificados dessa localização e a própria família foi lá e retirou o carro. Se havia algum indício ou não, ele se perdeu com várias pessoas tendo manipulado o veículo. A Polícia Civil não foi comunicada que o veículo estava lá e ele foi retirado do local”.

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