Incineração foi realizada em uma cerâmica de Rebouças. Entre os entorpecentes destruídos, estavam maconha e crack
Da Redação, com reportagem de Clayton Burgath
A Polícia Civil incinerou, nesta quinta-feira, 28, drogas apreendidas na Comarca de Rebouças, que atende Rio Azul, além do município sede. Entre os entorpecentes destruídos, estavam maconha e crack, que somados totalizaram 359 gramas.
O material foi apreendido nos últimos dez anos. O trabalho de incineração foi realizado em uma cerâmica de Rebouças.
Segundo a Polícia Civil de Rebouças, uma quantidade de semente de papoula também foi queimada. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o cultivo da papoula é proibido porque dá origem a entorpecentes, como heroína e ópio.
O delegado da Polícia Civil de Rebouças, Eduardo Mady Barbosa, comentou à reportagem do portal “Notícia da Região, que o procedimento de incineração faz parte de um processo natural após a conclusão do inquérito e da emissão do laudo definitivo sobre a posse da droga.
“Tem drogas que estava há mais de 10, 15 anos na Delegacia de Polícia. Os processos já foram exauridos, já foram concluídos, arquivados, a pessoa foi condenada ou não, mas o processo está arquivado. Haviam partes que foram encaminhadas ao Instituto de Criminalística ou setor toxicológico do IML, onde é feito um laudo definitivo”, afirma Eduardo.
De acordo com ele, a incineração é uma forma de demonstrar os malefícios sociais e de saúde que a droga ocasiona tanto ao depende químico, quanto aos familiares ou a sociedade de forma geral.
Eduardo explica que uma parte da droga apreendida é remetida pelo Instituto de Criminalística e outra retorna para o município de origem para ser incinerada.
Segundo o Delegado, a quantidade de crack incinerada poderia render em torno de R$ 8 mil, caso fosse negociada no comércio de entorpecentes. “Semana que vem vamos fazer mais uma incineração. Quase a totalidade dessa incineração é da Delegacia de Rio Azul. Semana que vem vamos fazer a incineração de toda a droga da Delegacia de Rebouças. Isso dá um total de quase 1 kg de cocaína”, comenta Eduardo.
Em entrevista ao portal Notícia da Região, o Delegado Rodrigo da Silva Cruz, que está respondendo interinamente pelos municípios de Rebouças e Rio Azul, disse que a incineração “é o fim dado a toda droga que é apreendida”. “Por ser um objeto ilícito por natureza não se pode dar nenhuma outra destinação a esse produto. A incineração é um fim lógico”, complementou.
Rodrigo relatou que a apreensão de drogas tem aumentado na região. Na avaliação do Delegado, o trabalho de combate ao tráfico está sendo feito de maneira eficaz pelas polícias civil, militar, rodoviária estadual e rodoviária federal.
A maconha continua liderando as estatísticas em termos de apreensão e quantidade, revela Rodrigo. “Todo o usuário de droga inicia o uso através da maconha e depois progride para drogas mais pesadas. O uso de drogas tem se acentuado e jovens tem passado a usar drogas com mais frequência”, finaliza.
A incineração das drogas foi acompanhada pelo setor de Vigilância Sanitária de Rebouças. O responsável pela pasta, Aguinaldo Hurbik, afirma que o órgão precisa acompanhar esse processo, pois funciona como “testemunha” de que o entorpecente apreendido foi destruído.
