Moradora de Inácio Martins ficou 23 dias desaparecida antes de trabalhadores encontrarem o cadáver na Mata do Gomes, em janeiro

Da Redação, com reportagem de Tadeu Stefaniak

A delegada Eliete Kovalhuk, da Delegacia de Polícia Civil de Irati, mantém sigilo sobre os próximos passos da investigação sobre a morte de Rosana Ferreira Aparecida dos Santos, de 40 anos, que foi encontrada morta na Mata do Gomes, em 14 de janeiro. Rosana era moradora de Inácio Martins e veio até Irati no dia 21 de dezembro para uma consulta médica. Desde então, não foi mais vista pela família.

Segundo a delegada, nesse caso o sigilo é crucial para o andamento das investigações, que ainda não elucidaram as circunstâncias do desaparecimento e da morte de Rosana. Conforme Eliete, as filhas da vítima já foram ouvidas, a fim de reconstituir os últimos passos da mãe no dia que saiu de casa para vir até Irati para supostamente realizar uma consulta médica. “Para relatarem justamente os últimos dias dela, os últimos contatos, algumas peculiaridades, de ela ter vindo a Irati e de a motivação não estar muito clara. E também de algumas pessoas que estariam junto com ela nesses últimos dias, que estamos levantando a identificação, para busca-las e questioná-las”, informa Eliete.

A Polícia Civil investiga o que teria ocorrido em Irati para que Rosana não voltasse para casa, em Inácio Martins. Consta que ela teria vindo até o município para uma consulta médica, mas ela não retornou com o ônibus da Secretaria Municipal de Inácio Martins. Na ocasião do desaparecimento, o motorista do ônibus disse que a mulher não estava no ponto combinado para o retorno.

A delegada ainda aguarda que o Instituto Médico Legal (IML) de Ponta Grossa encaminhe o laudo cadavérico para confirmar a suspeita de que Rosana tenha sido vítima de estupro antes de ser morta. A Polícia Civil também aguarda o encaminhamento de imagens de câmeras de segurança, pois há indícios de que Rosana teria ido a um banco antes de desaparecer.

O corpo foi encontrado na Mata do Gomes por trabalhadores que fariam a roçada do local. Ela estava seminua, vestindo apenas uma blusa azul e apresentava diversas lesões no crânio. Próximo ao corpo foram encontrados vários objetos da vítima, como uma sombrinha vermelha, uma blusa com estampa animal print, um estojo de pó compacto e um pente vermelho. O RG da vítima estava sob o corpo, o que facilitou a identificação. 

Imagens do dia em que o corpo de Rosana foi encontrado na Mata do Gomes

Fotos: Tadeu Stefaniak