Pitanga alega estado de emergência após semana de rodovia bloqueada

Decisão foi tomada na tarde de quinta-feira (26), na região central do PR.Milhares de litros…

27 de fevereiro de 2015 às 17h27m

Decisão foi tomada na tarde de quinta-feira (26), na região central do PR.
Milhares de litros de leite são jogados fora por dia devido a não escoação.

Alana Fonseca Do G1 PR

A Prefeitura de Pitanga, decretou estado de emergência na tarde de quinta-feira (26). A decisão foi tomada devido ao bloqueio realizado pelos caminhoneiros na PR-466, que completa uma semana nesta sexta-feira (27). De acordo com a administração pública, a paralisação dos motoristas de caminhão na rodovia tem afetado vários setores da cidade.

Os protestos de caminhoneiros nas rodovias do Paraná completam 15 dias nesta sexta-feira. Desde o dia 13, foram vários pontos de bloqueio em rodovias estaduais e federais do estado. Na maioria dos trechos fechados, apenas os veículos de carga, com exceção dos com cargas vivas, são impedidos de seguir viagem. A categoria é contra os aumentos constantes do preço do litro do óleo diesel e o valor pago pelos fretes, que são considerados baixos.

Segundo a prefeitura, começam a faltar alimentos nas prateleiras dos supermercados de Pitanga. O estoque de gás de cozinha já chegou ao fim. A falta de combustíveis impossibilitou o abastecimento dos veículos, e as aulas foram suspensas. Também não há com o que abastecer os veículos da saúde. A administração pública teme que algum paciente precise de atendimento com urgência em outro município.

A produção agropecuária também tem sido prejudicada, conforme a prefeitura. Pitanga faz parte da terceira maior bacia leiteira do país. Os cerca de mil produtores do município estão tendo que jogar fora quase 200 mil litros de leite diariamente porque não conseguem escoar a produção. Por dia, o prejuízo tem sido de R$ 200 mil.

Na quinta-feira (26), os produtores se reuniram na cidade e, como protesto, jogaram 3 mil litros de leite no chão. Em apoio, o comércio fechou as portas durante a manifestação. Cerca de 300 pessoas participaram do ato.

Os produtores não podem parar de recolher a produção. “O pessoal tem que entender que as vacas não podem deixar de ser ordenhadas e alimentadas. É como se fosse uma indústria, que trabalha 365 dias por ano e não pode parar. Se eu deixar de alimentar, as minhas vacas vão ficar doentes”, explica o produtor de leite João Adilson Portugal Junior.

A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) informou que tentará a liberação da PR-466 em Pitanga e em Guarapuava, também na região central, na manhã desta sexta-feira.

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