Passageira de moto morreu na hora após se enroscar em uma corrente.
Piloto disse a PRF que pedágio não é cobrado em algumas rodovias de SP.
Luciane Cordeiro Do G1 PR
O piloto da moto que ficou ferido ao tentar furar um pedágio em Jacarezinho, no norte do Paraná, Eduardo Braga, disse a Polícia Rodoviária Federal (PRF) que passou pela lateral da praça porque acreditava que no Paraná motos não pagavam pedágio, assim como em algumas rodovias de São Paulo. O piloto viajava com a esposa, Gisele Particelli Alves Braga, que era passageira da moto. Com o impacto do acidente, Gisele ficou enroscada em uma corrente que bloqueava a passagem de veículos e morreu na hora. Eduardo teve ferimentos graves e permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Casa de Jacarezinho.
O casal morava em Campinas, em São Paulo, e seguia para um encontro de motos em Ourinhos quando houve o acidente. O corpo de Gisele Braga será sepultado às 16h no Cemitério Municipal de Paulínia, em São Paulo.
“Na hora do acidente o motociclista disse que passou por esse bloqueio, pois acreditava que motos não pagavam pedágio no Paraná. Ele [piloto] acreditava que essa cabine era destinada para este fim”, explicou o inspetor da Polícia Rodoviária Federal Sérgio Oliveira. A cabine por onde o piloto passou é utilizada exclusivamente por carretas com cargas superdimensionadas, como por exemplo, transformadores e peças de usinas. A sinalização é feita através de cones e uma corrente.
A concessionária Econorte, responsável pela praça de pedágio, está investigando as causas do acidente e reforçou que o local por onde Eduardo passou é sinalizado e possui diversos objetos que bloqueiam a via, impossibilitando a passagem de qualquer veículo. Não há câmeras de segurança voltadas para a cabine, por isso o acidente não foi registrado.
A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) informou que motos não pagam pedágio apenas na rodovias estaduais que participaram da primeira etapa do programa de concessão de rodovias. Já nas rodovias federais que cortam o estado de São Paulo e nos trechos estaduais que participaram da segunda etapa de concessões a cobrança é realizada. A ABCR não informou a quantidade de rodovias que fazem parte desse plano.
