Primeira etapa será finalizada nos próximos dias; ao todo, serão asfaltados mais de sete quilômetros
Karin Franco, com reportagem de Rodrigo Zub e Paulo Sava
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Obra de pavimentação do Pinho de Baixo compreende trecho de 6,2 quilômetros. Com ampliação, trecho total que será pavimentado é de 7,3 quilômetros. Foto: Jussara Harmuch |
A obra de pavimentação que está sendo realizada na comunidade do Pinho de Baixo, no interior de Irati, será ampliada em cerca de 1 quilômetro e 100 metros, totalizando 7,3 quilômetros. A informação foi confirmada pelo secretário municipal de Planejamento e Coordenação, João Almeida Junior.
Segundo o secretário, a ampliação utilizará recursos que restaram da verba original destinada para a obra. O recurso em sua maior parte é do governo federal, por meio de emenda parlamentar do deputado federal Evandro Rogério Roman. Inicialmente, foi autorizado o repasse de R$ 4.743.295,02 para a pavimentação. Após o processo licitatório, o valor diminuiu para R$ 3.972.422,92, sendo R$ 3.916.830,18 do governo federal e R$ 55.592,76, de contrapartida da Prefeitura de Irati.
Como houve a diferença, o município pediu a autorização para usar o restante do recurso na ampliação da pavimentação. “Para nossa felicidade, o governo federal liberou esse dinheiro. Nós entramos em contato com a empresa vencedora e nós estamos em um processo de trâmite de papéis, burocrático, para fazermos um aditivo de meta”, disse.
De acordo com o secretário, não será necessário realizar uma nova licitação para a ampliação. “Como a empresa [Triunfo] é a ganhadora, ela vai fazer esse asfalto pelo mesmo valor que ganhou no contrato. Nós estamos apenas fazendo um aditivo de meta. Nós vamos acrescentar mais 25% do contrato que dá esse um quilômetro e cem metros, aproximadamente”, disse.
Atualmente, a primeira etapa do asfalto está em processo de finalização e deve terminar nos próximos dias. A expectativa é que o processo burocrático seja finalizado em 60 dias e que a obra ampliada seja entregue totalmente entre setembro e outubro.
Correção
Recentemente, a fiscalização da Prefeitura de Irati encontrou alguns problemas em determinados locais do asfalto. “Nós notificamos a empresa que não receberíamos daquela maneira. A empresa refez esse trecho de asfalto, pra daí sim agora, nós vamos rever”, conta.
O secretário explica que o problema encontrado foi que uma camada inferior cedeu e que a empresa retirou todas as camadas, refazendo o processo novamente. Ele explica o processo no qual é feito o asfalto na localidade. “A camada de asfalto que vemos ali em cima é apenas uma das camadas quando fazemos uma pavimentação dessas. A camada inteira de asfalto no Pinho ela tem quase 50 centímetros de espessura. Temos cerca de 30 centímetros em cima do leito da estrada que já existia. Uma estrada de 50, 100 anos de caminhões passando e compactando aquela terra. Em cima disso, foi colocado 35 centímetros de pedra, que é o rachão. Em cima disso, uma brita fininha para fazer o leito da estrada, e aí sim, o asfalto”.
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Trecho final da pavimentação se encerra na ponte do Rio Caratuva. Foto: Jussara Harmuch |
Entrada
Uma das dificuldades durante o projeto foi a entrada para a comunidade de Pinho de Baixo, ligando com a BR 277. Segundo o secretário, foi preciso iniciar o projeto 100 metros depois da rodovia porque para ligar o asfalto da comunidade com a rodovia federal era necessário mais uma obra.
“Nós não poderíamos fazer a intersecção direta da BR 277 à estrada pelo risco de acidente. Teríamos que fazer um viaduto, fazer um trevo modificado, via de desaceleração, via de aceleração. Por esse motivo optamos por perder esses 100 metros, mas fazer um asfalto o mais longo possível que podemos, do que recuarmos e usarmos quase metade ou a totalidade desse recurso para fazer essa intersecção entre a BR e a estrada”, conta.
Construção de travessias elevadas
Após a pavimentação da estrada rural, moradores já apresentaram dez pedidos para construção de travessias elevadas em alguns trechos para diminuir a velocidade dos motoristas e evitar acidentes. As solicitações foram enviadas para a Comissão de Trânsito averiguar a possibilidade de construção dos dispositivos de retenção de velocidade.
João Almeida indica que o planejamento da prefeitura é construir duas travessias elevadas em locais com grande circulação de pessoas. Mesmo assim, o secretário solicita a conscientização da população para respeitar os limites de velocidade em função da estrada ser em uma área rural, já que animais podem invadir a pista e provocarem um acidente, por exemplo.
“Não é porque ficou bonito e bom de trafegar que nós podemos exceder o limite de velocidade. Lembrando que ali é uma estrada rural pode entrar um animal na via não é só acidente de batidas. Para diminuir risco de acidentes, de atropelamentos, principalmente nas áreas mais povoadas está prevista a construção de duas travessias elevadas”, relata o secretário.