Paróquias São João Batista, São Miguel e Nossa Senhora da Luz, de Irati, e Imaculada Conceição, de Teixeira Soares, terão novos párocos/Paulo Sava, com informações da Pastoral da Comunicação da Diocese de Ponta Grossa e da Rádio Santana
Quatro paróquias da região de Irati terão mudanças de sacerdotes. As alterações foram divulgadas nas redes sociais da Diocese de Ponta Grossa em dezembro. As paróquias Nossa Senhora da Luz, São Miguel e São João Batista, de Irati, e Imaculada Conceição de Teixeira Soares, terão novos párocos a partir de fevereiro.
Na Paróquia São Miguel, o novo pároco será o padre Antônio Ivan de Campos, que comandou a Catedral Santana, em Ponta Grossa. Ao seu lado, como vigário, estará o Padre Jorge Augusto Schereda Chuchene, transferido da Paróquia São José, de Ponta Grossa. O Padre Álvaro Luiz Martins Nortok, que vinha atuando como pároco na São Miguel, vai para a Paróquia Santo Antônio de Ponta Grossa.
Já o Padre Martinho Luiz Hartmann, diretor espiritual do Seminário Menor Mãe de Deus, assumirá também a função de pároco na Paróquia São João Batista, na Vila São João. O padre Ezequiel Hul, que comandou a paróquia até o final de 2024, será transferido para a Paróquia Nossa Senhora do Pilar, no bairro Palmeirinha, em Ponta Grossa.
A Paróquia Nossa Senhora da Luz terá o comando do padre Wellington de Almeida Marcondes, transferido da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, de Ponta Grossa. O padre Jorge Casimirski, que comandou a igreja Matriz Nossa Senhora da Luz nos últimos anos, vai para a Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, de Carambeí.
Teixeira Soares – Em Teixeira Soares, a Paróquia Imaculada Conceição terá como pároco o Padre Mansuetto Pontarolo. Ele assume o lugar do Padre Janescleo Guimarães Souza, que vai para a Paróquia Menino Jesus, de Reserva.
Em entrevista à Rádio Santana, de Ponta Grossa, o bispo Dom Bruno Eliseu Versari afirmou que as mudanças foram definidas após um encontro com o Colégio de Consultores da Diocese. O bispo também publicou uma carta falando sobre as transferências. O documento foi enviado para os padres transferidos. O bispo ressaltou que as definições foram tomadas de acordo com os preceitos da Igreja e as necessidades de cada comunidade.
“Foi um caminho bem sinodal, bem no estilo como o Papa Francisco diz aos bispos e também aos padres e aos conselhos. É tempo de a igreja ser sinodal, e o que significa isto? Viver a sinodalidade, ouvir os fiéis, as pessoas, o máximo de participação possível, e nós tentamos percorrer este caminho”, frisou.
Em um trecho da carta, o bispo destacou que a decisão pelas transferências depende de outros fatores e não cabe somente a ele. “As decisões e transferências são pensadas e construídas num Conselho de Padres, demandam longas conversas e às vezes várias reuniões. Não estamos brincando com pessoas, os padres são colaboradores indispensáveis e preciosos do bispo, que não tem de cuidar desta ou daquela paróquia, mas de todas ao mesmo tempo. Todas as transferências foram conversadas e construídas com cada padre. A experiência sinodal foi decisiva nas decisões. Ninguém foi transferido a ferro e fogo, acorrentado ou arrastado: aos transferidos, houve uma proposta, justificativas, diálogos, um convite e uma decisão”, afirmou.
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Dom Bruno conta que encontrou fiéis “presos ao passado”, contestando as mudanças nas paróquias.
“Eu digo assim que elas têm um pensamento fechado para o mundo de hoje, e dizem que a paróquia não será mais a mesma se o padre sair. Eu digo que nem a paróquia e nem ninguém é o mesmo nunca, pois cada dia, pessoa ou situação põe acréscimos novos, bons ou ruins. Como eu posso saber que o outro que vem, por antecipação, será incapaz de continuar a fazer avançar o processo iniciado? Não será preconceito? Todos nós somos convidados a mudar o tempo todo. A vida pastoral é muito dinâmica e não admite ninguém parado, cada um faz o seu melhor. O projeto de evangelização não é pessoal, não é do padre, é da Igreja. Nós levamos em frente uma missão que é da Igreja”, comentou Dom Bruno.
Aceitação – O bispo ficou emocionado ao ter como resposta a aceitação das mudanças pelos padres. “Estou certo de que fizemos um bom caminho, uma experiência sinodal, e acredito que não faltarão as luzes do Espírito Santo para a nova missão que é confiada a cada um. Então, sou imensamente grato a todos os padres envolvidos em transferências e aos que colaboraram no processo sinodal. Que Nossa Senhora Mãe da Divina Graça interceda a todos por graças e bênçãos do céu”, ressaltou.
Acolhida – Dom Bruno pede que cada comunidade acolha o seu padre com carinho. “Ele vem como mensageiro, como aquele que vem para anunciar a boa-nova. Juntos, nós vamos construindo aquilo que é a nossa missão: evangelizar, anunciar ao povo a mensagem de fé, o Evangelho, o ensinamento da Igreja, a mensagem de fé, esperança e paz. Assim, vamos construindo uma Igreja sinodal, vivendo a experiência da sinodalidade. Para isto, é muito importante ouvir sem se cansar e, no final, fazer o encaminhamento. Foi o que buscamos fazer, ouvir, fruto de muito diálogo e participação. Depois, no final, tem a decisão”, finalizou.