Padre suspeito de desviar dinheiro da Diocese de Guarapuava sai de prisão

Ele estava preso no Corpo de Bombeiros desde quarta (19), no Paraná.Gaeco investiga mais 3…

24 de novembro de 2014 às 14h12m

Ele estava preso no Corpo de Bombeiros desde quarta (19), no Paraná.
Gaeco investiga mais 3 funcionários da Diocese por desvio de dinheiro.



Do G1 PR, em Guarapuava
O padre da Mitra Diocesana de Guarapuava, suspeito de desvio de dinheiro, foi solto no fim da tarde desta sexta-feira (21). Ele estava preso temporariamente no Corpo de Bombeiros desde quarta-feira (19), data em que a Operação Sacrilégio foi deflagrada. Além do padre, mais três funcionários da Diocese estão sendo investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Segundo as investigações, o grupo se apropriou de recursos do setor de Obras da Mitra Diocesana, órgão responsável por construções para a Igreja Católica na cidade. Os suspeitos apresentaram notas frias e superfaturadas na prestação de contas. “Por exemplo: o serviço tinha um valor e a igreja estava pagando duas vezes a quantia por ordem de alguém de lá de dentro. Ainda não sabemos para quem ia o dinheiro desviado”, explica o promotor do Gaeco Vitor Hugo Honesko.

Ainda durante a Operação Sacrilégio, foram expedidos sete mandados de busca e apreensão, cumpridos nas casas dos investigados, no setor de documentação da Mitra e em uma empresa, que seria a responsável por emitir as notas fiscais frias. Outras pessoas também foram convocadas a prestar declarações na sede do Gaeco, em Guarapuava. As últimas testemunhas foram ouvidas durante esta sexta-feira. As investigações continuam.

O advogado da Mitra Diocesana, Arthur Bittencourt, declara que as investigações não comprovam as irregularidades apontadas pelo órgão. “As informações que foram levadas até o Ministério Público são um tanto quanto sem fundamento, sem provas concretas. Não existe nada palpável”, alega.

Apesar da declaração do advogado, a Mitra Diocesana de Guarapuava informa que vai colaborar com as investigações e espera que os fatos sejam totalmente elucidados. A Diocese ainda afirma que, se houver provas do desvio de dinheiro, os envolvidos devem ser responsabilizados, embora a Mitra acredite e espera que “os fatos não passem de denúncias caluniosas”.

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