Padre iratiense fala sobre retiro no Oriente Médio

Leonel Stanski viajou com um grupo de brasileiros para a Terra Santa e Itália. Retiro…

18 de fevereiro de 2016 às 11h51m

Leonel Stanski viajou com um grupo de brasileiros para a Terra Santa e Itália. Retiro durou 14 dias

Paulo Henrique Sava

No dia 12 de outubro de 2015, dia de Nossa Senhora Aparecida, um grupo de brasileiros saiu do país para participar de uma peregrinação de sete dias para a Terra Santa, em Israel, e mais sete dias na Itália, visitando o Vaticano. 

Quatro iratienses fizeram parte do grupo que participou da peregrinação. Entre eles, estava o Padre Leonel Stanski, que atualmente é pároco da Paróquia São Sebastião, de Fernandes Pinheiro e apresenta a Oração à Ave Maria, de segunda a sábado, às 18 horas, pela Najuá FM. Além deles, uma pessoa de Rio Azul e outra de Imbituva também participaram da peregrinação.

Em entrevista a Najuá, o padre comentou que a experiência desta peregrinação de 14 dias foi muito rica. Ele comentou que, além de visitar os pontos turísticos da Terra Santa e da Itália, o principal objetivo da viagem foi realizar um “retiro sobre rodas”. 

“Em todos os lugares por onde nós passamos, vendo os lugares onde Jesus viveu, por onde Ele passou, todos foram marcados por um espírito de oração. Nós sempre chegávamos, líamos o Evangelho que ocorreu naquele lugar, e isso é muito bonito. Todos os nossos dias foram marcados pela oração, pela leitura e reflexão da Palavra de Deus, todos os dias tínhamos a celebração da Santa Missa, a oração do terço, e todo o grupo de 24 pessoas é muito envolvido com a Igreja e de uma espiritualidade muito profunda, por isso, foi uma experiência muito rica”, comentou. 

Padre Leonel comenta que o grupo retornou da peregrinação encantado e com a intenção de retornar em uma outra oportunidade. “Imagina você hoje lendo o Evangelho, dizendo que Jesus estava no Mar da Galiléia: nós fomos ao Mar da Galiléia. Jesus andou sobre as águas, e nestas, nós locamos um barco e celebramos a Missa dentro deste lago. Hoje, a experiência de quando você lê o Evangelho é uma coisa completamente diferente, porque nós estivemos lá onde estes fatos todos que Jesus realizou, os milagres que Ele fez, nós pisamos naquele mesmo lugar onde Ele esteve”, comentou.

Custo da viagem

Apesar de ter um custo relativamente elevado, Padre Leonel considera este tipo de viagem como um investimento na fé do ser humano. “Você volta daquele lugar completamente renovado”, frisou. 

De acordo com o padre, a Diocese de Ponta Grossa não fez nenhum investimento nesta viagem dos fiéis iratienses. Leonel comenta que a viagem foi promovida por uma empresa, que tinha como principal objetivo promover a espiritualidade e o encontro das pessoas com Deus. “Como tem várias possibilidades das pessoas visitarem este lugar santo, cada pessoa vai por si. No meu caso, eu  fui como diretor espiritual, e então eu tive a graça de ganhar esta viagem”, comentou.

Locais visitados encantaram o grupo

Para o padre, todos os lugares por onde o grupo passou foram marcantes. Entre eles, Leonel citou o Mar da Galiléia, onde foi celebrada uma missa dentro de um barco. “Eu tive a oportunidade de, numa tarde, nadar com meu amigo Mauro no Mar da Galiléia”, afirmou.

Leonel comenta que o ministério de Jesus se desenvolveu muito nas proximidades do Mar da Galiléia. “Ali visitamos o lugar onde aconteceu a pesca milagrosa, a multiplicação dos pães, onde Jesus disse as bem-aventuranças, tudo isto é uma coisa fantástica. Em um almoço, nós paramos no restaurante e comemos o ‘peixe de Pedro’, que é um pescado do Mar da Galiléia, e nós tivemos a oportunidade de viver isso”, frisou.

O padre comenta ainda que, na realidade, o Mar da Galiléia é um lago de água doce. Além disso, o grupo visitou também Nazaré, cidade onde aconteceu a anunciação do arcanjo Gabriel a Maria, e onde Jesus viveu até iniciar sua missão apostólica pelo mundo. Na cidade, Padre Leonel teve a oportunidade de celebrar uma missa na casa onde São José residiu. Depois, os peregrinos seguiram para Jerusalém, cidade que mais marcou a viagem, na visão do padre.

“Em Jerusalém, nós entramos no sepulcro de Jesus (Santo Sepulcro), lugar onde as pessoas entram e existe uma fila muito grande, uma aglomeração de pessoas. Elas ficam alguns segundos dentro do túmulo e já têm que sair. Nós conseguimos um horário para celebrar a Missa dentro do Santo Sepulcro, no lugar onde Jesus foi colocado. Ali, nós celebramos a Missa e permanecemos por 25 minutos. Este, para mim, foi o lugar mais marcante”, comentou.

Fotos: Padre Leonel Stanski

Visita a Belém e à Itália

O grupo também visitou Belém, cidade natal de Jesus. No chão do local onde Jesus nasceu, foi colocada uma estrela ao lado da manjedoura. Padre Leonel conta que ficou impressionado com a beleza do lugar. Depois disso, o grupo viajou até Roma, na Itália, onde foi celebrada uma missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano. “Celebrei a missa sobre o túmulo do Papa São João XXIII, celebrei de costas sobre o túmulo dele, onde tem um vidro e é possível ver o corpo do Papa ali sepultado, e isso me marcou bastante”, comentou.

Depois, os peregrinos se dirigiram para Assis, cidade natal de São Francisco. Lá, o grupo encontrou um local onde está exposto o manto que o santo usava. Os peregrinos visitaram também o local onde São Francisco nasceu, a Igreja onde ele fundou a Ordem dos Franciscanos e a capela que o santo reformou com as próprias mãos. “Neste lugar, existe uma imagem de São Francisco, que está com as mãos juntas, e nelas existe um ninho de pombas, e sempre tem aves por ali. Elas fazem o ninho, os filhotinhos saem e se criam, mas sempre o casalzinho de pombas está naquele lugar. Uma pessoa que frequenta o lugar há 20 anos disse que, na época em que iniciou as visitas, já havia um casal de pombas no local”, comentou.

Depois de Assis, o grupo visitou também a cidade de Milão, onde Santo Ambrósio batizou Santo Agostinho. “Aí você percorre toda a história bíblica, de Jesus e também a história da Igreja. Sem dúvida, são todos lugares impressionantes, mas um dos que mais me marcou foi celebrar a missa no Santo Sepulcro”, frisou.

Para o padre, foi gratificante poder conhecer mais de dois mil anos de história da Igreja Católica no mundo. “Imagina você estar na Basílica de São Pedro: foi ali que morreu São Pedro. Imaginar que você está ali, onde Pedro entregou a vida por causa da fé que defendia, visitar o Coliseu, onde tantos mártires cristãos deram testemunho de sua fé, isto é toda uma história que passa pela sua cabeça e que vai durar para sempre no coração e você volta com a fé renovada, com toda certeza”, finalizou.
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