Otoni Pires pode concorrer à prefeitura de Teixeira Soares

Pré-candidato pelo PV, Otoni Pires foi prefeito de Teixeira Soares entre 2001 e 2004/Texto de…

23 de julho de 2024 às 23h33m

Pré-candidato pelo PV, Otoni Pires foi prefeito de Teixeira Soares entre 2001 e 2004/Texto de Karin Franco, com entrevista realizada por Rodrigo Zub e Juarez Oliveira

Otoni Pires foi vereador e prefeito de Teixeira Soares. Agora, ele é pré-candidato a prefeito na eleição de 2024. Foto: João Geraldo Mitz (Mago)

O radialista Otoni Pires, que atua na rádio MZ, de Ponta Grossa, é pré-candidato a prefeito de Teixeira Soares. Filiado ao PV, Otoni Pires já foi vereador e prefeito do município entre os anos de 2001 e 2004.

Afastado da política, o pré-candidato conta que aceitou participar desta eleição na última hora, quando recebeu um convite para se filiar ao Partido Verde (PV) e concorrer à prefeitura. “No dia 5 de março, às 14 horas, procurado pelo vereador José Carlos Salapata, o popular Juca, e também o vereador Zé do Baratão e o Doutor Reinaldo, que estão na Federação PV e PT, me procuraram e fizeram a proposta: se eu aceitava ser filiado pelo PV, que hoje é a federação, e para ser candidato a prefeito apoiado por eles. Inclusive, eles achavam e acham que a votação que o presidente teve lá, como o presidente eleito hoje faz parte da federação, eles acham que esses votos podem somar para nós, que é possível. Se isso acontecer, nós temos a chance”, disse.

A convenção do Partido Verde (PV) acontece no dia 2 de agosto, onde será definida a chapa que concorrerá à eleição deste ano.

A pré-candidatura de Otoni ocorre após um tempo fora da política. Há oito anos, ele atua como radialista em Ponta Grossa, profissão que também atuou na região em programas na Rádio Najuá e na rádio Estilo, em Imbituva.

Em Teixeira Soares, atuou como despachante no Detran e representante do INSS, antes de se tornar prefeito. Aos 23 anos, se lançou candidato a vereador e foi o segundo mais votado naquela eleição. Foi reeleito para mais dois mandatos de vereador em Teixeira Soares. Em 2000, foi eleito prefeito, ficando até 2004 no mandato.

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O pré-candidato relembra como foi esse mandato à frente do município. “Eu peguei o hospital fechado. Foi uma luta árdua para reabrir o hospital. Era interditado pela 4ª Regional de Irati. Para nós, eu e o provedor da época, o enfermeiro Gelson, nós trabalhamos muito para nós conseguir reabrir as portas do hospital e readequar com todas as exigências que a 4ª Regional de Saúde impôs naquela entidade. Graças a Deus, com muita luta, nós conseguimos reabrir hospital”, disse.

Otoni destaca que sua gestão à frente do município auxiliou a equipar o hospital. “Quando entreguei o município, eu deixei o nosso hospital de Teixeira Soares com aparelho de Raio-X, que até hoje tem. Também um gerador de energia que, na época, caía muito, dava muito apagão, mas o hospital não tinha problema. Caía a luz, mas o gerador trazia a luz novamente. É uma das conquistas que ficou marcado porque na área da saúde, você tem que dar prioridade”, conta.

Após sua saída da prefeitura, ele chegou a ser processado por improbidade administrativa, que o fez ficar inelegível. “Quando eu terminei meu mandato em 2004, depois de seis meses, apareceu uma improbidade por causa de um ônibus que eu adquiri em Brasília, através do deputado Íris Simões e lá na frente foi me dar problema. Deu improbidade porque era aquela empresa de sanguessuga [esse processo ficou conhecido como máfia das sanguessuga onde uma pessoa confessou operar um sistema de licitações fraudulentas para compra de ambulâncias e ônibus usados no estado do Paraná]. Infelizmente, eu assinei a licitação e me causou um processo, porém, com as defesas, foi arquivado. Deu a improbidade, mas ficou arquivado. Em 2019 fizeram um pedido junto a Vara Federal, que publicasse aquela improbidade contra mim. O que aconteceu? Eu fiquei inelegível por oito anos. Em 2020, além de eu não votar, eu não trabalhei para ninguém. Não pedi voto nem para A, nem para B”, disse Otoni.

O pré-candidato destacou que o período de inelegibilidade terminou e que agora consegue concorrer a um cargo. Porém, recorda que antes disso, foi difícil voltar à política, mesmo nos bastidores. “A minha inelegibilidade terminou no dia 6 de fevereiro. Eu já estou livre, graças a Deus, mas até ali, ainda me sentia engessado, me sentia ainda inútil para formar um grupo”, explica.

Otoni Pires ainda destaca que sua pré-candidatura tem apoio do deputado federal Aliel Machado (PV).
Entre os projetos visando o desenvolvimento do município, o pré-candidato conta que quer auxiliar a agricultura familiar. “Nós temos várias coisas, por exemplo, o Juca e o Zé, eles são do assentamento, eles sabem muitas coisas da área de agricultura, inclusive da agricultura familiar, que nós temos uma pessoa formada dentro do São Joaquim, o Cleto, que ele tem um plano especial para nós colocar no plano do governo e para nós trabalhar na administração com a agricultura familiar, que hoje não tem Teixeira Soares. Nós já temos dentro lá. Agora, o plano do governo vai ter que ser elaborado”, conta.

O pré-candidato também ressaltou a necessidade de investimento em segurança, especialmente no distrito de Guaraúna, que fica distante da área urbana. “Guaraúna é um distrito de Teixeira Soares que não tem segurança. Guaraúna é uma vila que quando precisa de segurança, até a nossa polícia de Teixeira Soares se deslocar até lá, já aconteceu o fato. Nós temos que inventar, criar, planejar algo que nós tenhamos segurança em Guaraúna”, disse.

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