Celulares, drogas e armas improvisadas foram encontradas no interior das celas
Da Redação
Determinação
As revistas nas cadeias públicas da região fazem parte de uma determinação da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Administração Penitenciária. O chefe da Pasta, Fernando Francischini, determinou que todas as cadeias e carceragens do Paraná passem por esse operação para localizar possíveis objetos irregulares no interior das celas, garantindo o cumprimento correto da pena aos detentos e maior segurança aos funcionários das unidades prisionais.
Policiais civis, militares e agentes penitenciários realizaram um “pente fino” na carceragem da Delegacia de Polícia Civil de Irati na manhã de terça-feira, 13. Durante o bate grade, os policiais encontraram dez aparelhos celulares, seis carregadores, seis baterias de celulares, 12 estoques (armas improvisadas), dez buchas e uma pequena porção de maconha.
Os objetos ilícitos foram retirados das celas e os presos responsáveis pelos materiais serão identificados. A cadeia de Irati, assim como a maioria das carceragens do Estado, enfrenta o problema de superlotação. A Delegacia abriga 60 presos em um espaço projetado para receber até 25 detentos.
Uma operação semelhante foi realizada em Imbituva, na manhã de terça-feira, 13. O bate grade contou com o apoio do Grupo de Diligencias Especiais (GDE) de Ponta Grossa. De acordo com a Polícia Civil de Imbituva foram apreendidos na carceragem: 37 celulares, 20 carregadores, 32 baterias, 16 chips telefônicos de diversas operadoras, 11 estoques e 36 gramas de maconha.
Conforme a Polícia Civil, a maioria dos objetos ilícitos encontrados na cadeia são arremessados pelo solário, que apesar de alto, é próximo da rua, o que facilita a ação de pessoas que fornecem, principalmente, droga aos detentos.
O delegado de Imbituva, Agostinho Mussilini Junior, diz que foram abertos dois inquéritos policiais. Um para investigar de quem é a maconha e outro para apurar quem favoreceu a entrada dos objetos no interior da cadeia.
A cadeia de Imbituva foi interditada pela justiça em novembro de 2014, em função da superlotação e falta de infraestrutura. Porém, nenhum preso foi transferido desde então. Atualmente, a carceragem conta com 52 presos, mas deveria receber apenas oito. Dezoito detentos continuam na unidade aguardando remoção para presídios mesmo depois de condenados.
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Presos foram retirados das celas durante a vistoria
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Objetos apreendidos no interior das celas da cadeia de Irati