A primeira etapa da obra está sendo realizada na comunidade do Rio do Couro- Texto de Karin Franco, com reportagem de Paulo Sava
As obras de pavimentação da estrada que liga as localidades de Gonçalves Júnior e Itapará já iniciaram. A empresa começou os trabalhos em novembro. A pavimentação será feita por etapas, iniciando com obras na comunidade do Rio do Couro.
Os trabalhos estavam previstos para serem iniciados em 2023, mas a secretária de Arquitetura, Engenharia e Urbanismo, Jéssica Custódio, explicou que as obras foram adiantadas após consulta com a empresa ganhadora da licitação, a RMP Projetos e Execuções. “Nós fizemos um adiantamento do nosso cronograma para que antecipamos algumas frentes de serviço. Nenhuma pessoa gosta de ter um pó dentro de casa, gosta de manter sua casa limpa, assim como os moradores do interior também tem o direito e dignidade de ter um asfalto em frente à sua casa. Pensando nisso, nós conversamos com o pessoal da licitação, sempre concordando com os prazos, nós temos prazos por lei previstos da licitação. Neste último momento, quando foi possível dar ordem de serviço, nós entramos em contato com a empresa e a empresa viu a viabilidade de já iniciarmos”, explica a secretária.
O presidente da Câmara, Hélio de Mello, comentou que a obra é esperada pela comunidade do interior. “É um sonho muito grande dos moradores da comunidade, dos moradores daquela região, é essa pavimentação”, disse.
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Ao todo, a primeira etapa da pavimentação terá investimento de R$ 2 milhões, sendo que já foram depositados R$ 1,3 milhão. Os recursos foram obtidos por meio de emenda do deputado federal Evandro Roman. O município também dará uma contrapartida de cerca de R$ 400 mil nesta primeira etapa.
O presidente da Câmara explica que o processo eleitoral atrasou a liberação do recurso e outros problemas dificultaram o repasse imediato. Por isso, a previsão inicial era que o trabalho iniciasse no próximo ano. “Tivemos alguns problemas devido ao travamento do site do sistema, atrasou um pouco. Depois as empresas que concorreram também tiveram algumas delas problemas na documentação, teve a comissão de volta que se reuniu, até que pudesse ser encontrado a empresa que ganhou este espaço para ser pavimentado. Após isso, em conversa com quem foi vencedora, também com o pessoal da própria administração, com a Jéssica, eu e a comunidade sabíamos que ela vai iniciaria o ano que vem”, disse Hélio.
Contudo, o vereador se surpreendeu ao ver o começo dos trabalhos na comunidade do Rio do Couro no dia 15 de novembro. Em conversa com os trabalhadores, o presidente da Câmara verificou que a intenção é tentar adiantar as obras neste fim do ano. “Nós vamos começar essa pavimentação e queremos até o final do ano fazer um bom trabalho aqui, para ficar pouca coisa para o início do ano que vem”, disse.
Hélio ainda explicou que os recursos serão liberados aos poucos para a empresa que realiza a pavimentação. “É realizado o serviço, é feito o pagamento, depois desse pagamento efetuado dessa parte da obra, é enviado o restante do recurso. Neste primeiro trecho, em torno de 1.300 metros a 1.500 metros que dará para fazer este recurso, até para poder reutilizar o que foi ganho na licitação do recurso para ser relocado neste mesmo espaço”, conta.
São mais de 30 quilômetros para fazer a pavimentação entre Gonçalves Júnior e Itapará. Por isso, a obra foi dividida em etapas e os trechos próximos às residências estão sendo prioritários para receber a pavimentação. “Os trechos que estão sendo pavimentados por primeiro, são trechos próximos à moradores, onde tem residência”, explica o vereador.
A secretária destaca que a obra realizada em etapas segue o cronograma realizado em outras comunidades. “Nós trabalhamos com fases. Assim como começou em outras comunidades, no Pinho de Baixo, no Pirapó. Hoje o Pinho de Baixo está praticamente totalmente asfaltado, aquele primeiro círculo de mais concentração de moradores. O Pirapó já estamos fazendo esse trabalho e também já foi feito em outros pontos também lá no Rio do Couro, no Cerro da Ponte Alta, em frente às escolas, nos prédios públicos. Hoje essa pavimentação vai beneficiar vários moradores, essa que estamos falando do Rio do Couro, assim como a igreja da comunidade, o posto de saúde, o pessoal que vai até a escola”, disse.
As obras foram adiantadas, mas ainda não há uma previsão final do término desta primeira etapa. Segundo Jéssica, a regularização já foi feita e agora o foco está na construção da base da pavimentação. “O que importa na obra, seja edificação ou uma pavimentação, é a parte da fundação. E nessa fazemos um reforço bem-feito. Tem pontos até que fizemos um reforço a mais do que está nos vídeos porque tem ponto de água, ponto que o solo não permite compactação, que não tem suporte. Pensamos em tudo isso. Nós gostaríamos que, no máximo, no prazo de 60 dias concluir a obra, que os pontos mais graves já estão regularizando, tem algumas questões de drenagem, ainda algumas coisas pontuais”, conta.
Para as pavimentações no interior, a Prefeitura de Irati também está analisando a possibilidade de realizar a pavimentação com concreto. “É um projeto inédito que ele está tentando fazer na nossa cidade e ele quer fazer um quilômetro como experiência. Esse um quilômetro seria em torno de quatro metros de largura, tendo mais dois metros nas suas laterais de cascalho para ver como que fica, para entender a durabilidade, para ver como vai ser aceitação dos moradores. Já de primeiro momento, o prefeito, no dia que tivemos, podemos indicar e colocar esse um quilômetro dessa pavimentação, que vai ser modelo para esse começo, na estrada que liga Cerro da Ponte Alta ao Palmital, porque o prefeito quer fazer nessas estradas secundárias, não nas estradas principais, para ver como que vai funcionar, para poder atender uma demanda maior, porque, segundo ele e os estudos, esse tipo de pavimentação é muito mais barata para ser realizada e que pode ser feito no nosso município”, conta o presidente da Câmara.
De acordo com a secretária, esse tipo de pavimentação tem um custo menor. “Essa pavimentação em concreto é o futuro. Além do que o insumo do concreto está cada vez mais barato em relação ao aumento que está tendo na parte do petróleo. O futuro é o concreto. A parte da manutenção é bem menor do que o asfalto, a durabilidade dela. É um pavimento diferente. O asfalto é um pavimento não é um pavimento rígido sendo que o concreto é”, explica.
Jéssica ainda revelou que o prefeito Jorge Derbli está realizando experiências para entender a resistência do asfalto de concreto. “Ele já está fazendo as suas experiências ele mesmo. Ele já fez uma área lá e está fazendo a trafegabilidade de caminhões por cima para ver a resistência. Claro que não é feito de qualquer forma. É feito todo um cálculo, um dimensionamento, ver qual a estrutura que vai ser colocada, mas ainda estamos nessa fase de testes, mas o quanto antes queremos já tocar para frente essa licitação dessa pavimentação também”, conta.
Como o asfalto de concreto ainda está em fase de testes, não há um valor orçado para o projeto.