Colégios de Irati, Fernandes Pinheiro, Guamiranga, Rio Azul e Mallet passarão a adotar o sistema de ensino com 35 horas aula semanais no Ensino Fundamental/Paulo Sava

A partir de fevereiro, o Núcleo Regional de Educação (NRE) de Irati passará a contar com mais cinco colégios em tempo integral no Ensino Fundamental em municípios da região.

O colégio estadual João XXIII, de Irati e os colégios estaduais do campo Bituva das Campinas, de Fernandes Pinheiro, Professor Antônio Emílio Antonelli, de Guamiranga, Nossa Senhora Aparecida, de Rio Azul, e Adão Sobocinski, de Mallet, passarão a trabalhar no regime de 35 horas semanais.

No novo sistema de 35 horas semanais, o aluno poderá ficar na escola o dia todo apenas duas vezes por semana. Em entrevista à Najuá, o chefe do NRE de Irati, Marcelo Chociai Komar, disse acreditar que este tempo a mais pode despertar no aluno uma vontade maior de aprender. “Estas 35 horas já dão uma grande predisposição ao estudante de aprender mais, desenvolver outras artes, trabalhar com grades diferenciadas. Ou seja, é uma ótima aquisição, tendo em vista que é um comportamento do MEC (Ministério da Educação) do Governo Federal, para que seja fortalecida a questão das integrais”, comentou.

Além das disciplinas regulares, os estudantes terão também ensino de educação financeira, robótica e outras matérias voltadas à formação integral. Professores que trabalham em apenas um turno poderão ter suas jornadas de trabalho ampliadas para dar continuidade a outras ações importantes para o desenvolvimento cognitivo dos alunos, segundo Marcelo. “É um complemento dos estudos que vai fortalecer a questão da robótica, de tecnologia, noções de cidadania e outras situações bem importantes para desenvolver o aluno de maneira plena e confiante”, frisou.

A adesão das escolas do campo ao novo regime de 35 horas aula semanais ajudará a melhorar o ensino na região, segundo o chefe do NRE. “As escolas do campo estão aderindo, o que irá fortalecer muito mais a comunidade local e trazer ainda mais força e construção significativa para a aprendizagem”, destacou.

Quer receber notícias pelo WhatsApp?

A modalidade integral causa um pouco de espanto no começo, mas ela também traz pontos positivos, assim como as escolas regulares e cívico-militares, de acordo com Marcelo. “Este tempo integral é justamente para o estudante ficar afastado da rua, das questões da violência e estar na escola se desenvolvendo e aprendendo”, frisou.

Refeições – Cada escola oferece três refeições por turno para os alunos. Ou seja, aqueles que permanecerem em período integral nas escolas recebem seis refeições diárias, segundo Marcelo.
“Além de ter fortalecida a parte cognitiva e a psicológica, os alunos têm um alimento bem feito, composto por comidas de alto índice de vitaminas que são servidas e os complementos que o Governo tem viabilizado. Ou seja, é uma educação em tempo integral com alimentação e qualidade de vida”, comentou.

Benefícios do Ensino Integral – Em contato com nossa reportagem, a diretora auxiliar do Colégio Estadual João XXIII, Fabiana Godoy Rocha, destacou que a modalidade integral oferece uma formação mais completa para os alunos. No colégio, também serão oferecidas as disciplinas de Pensamento Computacional, Projeto de Vida e Pensamento Lógico. Para a professora, o ensino em tempo integral é essencial para preparar melhor os alunos para encararem os desafios do mundo moderno.

“Sem dúvida, esta iniciativa irá impactar positivamente a comunidade escolar e contribuir para a formação de cidadãos mais preparados e conscientes. Os alunos estudarão todos os dias no período da tarde e dois dias no período da manhã, para complementar a carga horária das novas disciplinas”, frisou.

Fernandes Pinheiro – O Colégio Estadual Presidente Getúlio Vargas, de Fernandes Pinheiro, adotou o sistema integral no Ensino Fundamental e no Ensino Médio há alguns anos. Para o professor Fábio Kruk, que leciona História na instituição, o ensino integral serve para fazer com que os estudantes se tornem protagonistas do processo de ensino aprendizagem. Ele explicou que, no Getúlio Vargas, o sistema é diferente das demais escolas que adotarão o tempo integral.

“No Getúlio Vargas, é a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a parte diversificada. No Bituva das Campinas também é a Base Nacional, mas a parte diversificada muda. Não são os mesmos componentes curriculares, as mesmas disciplinas”, frisou.

Novo colégio – Em breve, Prudentópolis também poderá contar com um novo colégio em tempo integral. Trata-se do Colégio Estadual Cristóvão Miski, que será construído. A obra custará em torno de R$ 8 milhões a R$ 10 milhões.